9 de abr. de 2013

A SOCIEDADE DE CONSUMO NA PUBLICIDADE


Por: Jacqueline Sandra Nogueira Pereira
3º Período Publicidade e Propaganda – Faculdade Martha Falcão 
Publicidade e Meio Ambiente – Prof. Johanes Gonçalves

A abundância dos bens de consumo é considerada, frequentemente, um símbolo do sucesso das economias capitalistas modernas, esta abundância passou a receber uma conotação negativa, sendo objeto de críticas que consideram o consumismo um dos principais problemas das sociedades industriais modernas. Os bens, em todas as culturas, funcionam como manifestação concreta dos valores e da posição social de seus usuários. Na atividade de consumo se desenvolvem as identidades sociais e sentimos que pertencemos a um grupo que envolve coesão social, produção e reprodução de valores. Desta forma, não é uma atividade neutra, individual e despolitizada. Ao contrário, trata-se de uma atividade que envolve a tomada de decisões políticas e morais praticamente todos os dias. Quando consumimos, de certa forma manifestamos a forma como vemos o mundo. Há, portanto, uma conexão entre valores éticos, escolhas políticas, visões sobre a natureza e comportamentos relacionados às atividades de consumo.

Palavras Chave: Sociedade, Consumo, Sustentabilidade.

Com a expansão da sociedade, o consumo se transformou em uma compulsão e um vício, estimulados pelas forças do mercado, da moda e da propaganda. A sociedade de consumo produz carências e desejos incessantemente. Os indivíduos passam a ser reconhecidos, avaliados e julgados por aquilo que consomem aquilo, que vestem ou calçam, pelo carro e pelo telefone celular que exibem em público. O próprio indivíduo passa a se auto avaliar pelo que tem e pelo que consome. Mas é muito difícil estabelecer o limite entre consumo e consumismo, pois a definição de necessidades básicas está intimamente ligada às características culturais da sociedade e do grupo a que pertencemos. 

Em suas atividades de consumo, os indivíduos acabam agindo centrados em si mesmos, sem se preocupar com as consequências de suas escolhas. O cidadão é reduzido ao papel de consumidor, sendo cobrado por uma espécie de “obrigação moral e cívica de consumir”. O consumo é o lugar onde os conflitos entre as classes, originados pela participação desigual na estrutura produtiva, ganham continuidade, através da desigualdade na distribuição e apropriação dos bens. Assim, consumir é participar de um cenário de disputas pelo que a sociedade produz e pelos modos de usá-lo. 

Definitivamente foi-se o tempo em que consumir era algo despretensioso e que os desejos, por mais supérfluos que fossem, deveriam ser atendidos a qualquer preço. Hoje, a humanidade sente na pele as consequências de centenas de anos de consumo desenfreado e irresponsável, na forma de aquecimento global, poluição de águas, extinção de animais e outros desastres ecológicos.

Cresce em nível mundial o número de pessoas e empresas que se sentem responsáveis pela atual crise ambiental e que, de alguma forma, estão dispostas a mudar seus padrões de consumo e exigem cada vez mais das empresas práticas efetivas de responsabilidade socioambiental.

A humanidade já consome mais recursos naturais do que a capacidade de renovação da Terra. Se os padrões de consumo e produção se mantiverem no atual patamar, em menos de 50 anos serão necessários dois planetas Terra para atender nossas necessidades de água, energia e alimentos. Esta situação já é refletida, por exemplo, no acesso irregular à água de boa qualidade em várias partes do mundo e na poluição dos grandes centros urbanos.


O Consumo Consciente

Não é preciso dizer que esta situação pode dificultar a vida no planeta, inclusive da própria humanidade. A melhor maneira de mudar isso é a partir das escolhas de consumo. Todo consumo causa impacto (positivo ou negativo) na economia, nas relações sociais, na natureza e em nos mesmo. Ao ter consciência desses impactos na hora de escolher o que comprar, de quem comprar e definir a maneira de usar e como descartar o que não serve mais, o consumidor pode buscar maximizar os impactos positivos e minimizar os negativos, desta forma contribuindo com seu poder de consumo para construir um mundo melhor. Isso é Consumo Consciente. Em poucas palavras, é um consumo com consciência de seu impacto e voltado à sustentabilidade.

          O consumidor consciente busca o equilíbrio entre a sua satisfação pessoal e a  sustentabilidade, maximizando as consequências positivas deste ato não só para si mesmo, mas também para as relações sociais, a economia e a natureza; Busca também disseminar o conceito e a prática deste consumo, fazendo com que pequenos gestos realizados por um número muito grande de pessoas promovam grandes transformações.
         
 O consumo consciente pode ser praticado no dia-a-dia, por meio de gestos simples que levem em conta os impactos da compra, uso ou descarte de produtos ou serviços, ou pela escolha das empresas da qual comprar, em função de seu compromisso com o desenvolvimento socioambiental. Assim, é uma contribuição voluntária, cotidiana e solidária para garantir a sustentabilidade da vida no planeta.


O Consumo Sustentável 

A ideia de consumo sustentável é a de promover a reflexão dos hábitos de consumo da população, despertando a consciência ecológica. Nesse sentido, o consumidor deve adquirir somente o que for necessário para suprir suas necessidades básicas de sobrevivência, evitando, portanto, a aquisição de produtos supérfluos e o desperdício, contribuindo dessa forma para a preservação ambiental. Esse é um dos principais elementos para se atingir o desenvolvimento sustentável, proporcionando recursos naturais em quantidade e qualidade às futuras gerações. Portanto, é essencial que seja evitado o desperdício, havendo o controle no consumo de água e energia elétrica, sendo necessário colocar em prática a Política dos 3 R’s (Reduzir, Reutilizar e Reciclar), além de adquirir produtos de qualidade e que em sua produção não tenha ocorrido a destruição dos recursos naturais.


Consumo Consciente e Consumo Sustentável

Estas expressões surgiram como forma de incluir a preocupação com aspectos sociais, e não só ecológicos, nas atividades de consumo. Nestas propostas, os consumidores devem incluir, em suas escolhas de compra, um compromisso ético, uma consciência e uma responsabilidade quanto aos impactos sociais e ambientais que suas escolhas e
comportamentos podem causar em ecossistemas e outros grupos sociais, na maior parte das vezes geográfica e temporalmente distantes.


Referências

CONSUMO SUSTENTÁVEL: Manual de educação. Brasília: Consumers International/ MMA/ MEC/IDEC, 2005. 160 p. 
http://pt.scribd.com/doc/4957984/Consumo-sustentavel-livro.

Sites Consultados
Geo. Mundo: www.geomundo.com.br
Ambiente Brasil: www.ambientebrasil.com.br
Akatu: http://www.akatu.org.br
Mundo Educação: http://www.mundoeducacao.com.br

Manaus, 14 de Março de 2012.

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