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7 de nov. de 2023

MERCADO FINANCEIRO E CONFIABILIDADE DIGITAL

Sem se diferenciar dos demais setores mercadológicos, o “Mercado Financeiro”, de modo global sentiu-se obrigado a evoluir em meio as novas regras, “impostas”, por fatores externos que acometeram o mundo. Face ao estado pandêmico enfrentado, em principal no ano de 2020 até meados de 2022, quando foi possível ver a diminuição da curva, estabeleceram restrições de convivo severas, “obrigando” por assim dizer, novas dinâmicas para a continuidade da “roda da fortuna”.


Ora veja, o mercado financeiro, ainda que tenha sofrido variações de modernização ao longo dos anos, sempre se orgulhou por seu sistema ortodoxo de atuação. Gigantes do mercado, sempre mantiveram a tradicionalidade operacional, ditando regras tácitas para a funcionalidade do sistema, adequando o mercado a um “modus operandi” que dificilmente, sofria variações e/ou proporcionava qualquer alternativa diferenciada para um mesmo serviço. Porem, e toda revolução ou modernização sempre se inicia por um “porem”, o mundo ortodoxo passou a se tornar obsoleto em resposta a uma nova dinâmica social, imposta por uma epidemia que mudaria todos os conceitos de convívio social.

Ficava então, no começo de 2020, uma grande incerteza sobre como e por quanto tempo funcionariam os protocolos de distanciamento social, a princípio, esperava-se uma solução ágil que pudesse reacender o mercado, um pequeno “hiato” na normalidade, suposição que logo se mostrou errônea e o mundo passava por um pânico generalizado (ainda existente, em menores proporções), e o congelamento das atividades passou a se tronar perigoso ameaçando o mercado que nunca dorme. O sistema ortodoxo passou a se tornar cada vez menos “possível” uma vez que suas ferramentas não se tornavam capazes de suprir as necessidades do novo “novo”, deixando assim seus serviços morosos, ainda mais difíceis e totalmente contraproducentes.

Os olhares então se voltaram para o meio digital, aquele que sempre oferecia novas alternativas, mais modernas e menos burocráticas ao sistema, mas que por se tratar de uma “novidade”, extremamente “heterodoxa”, sempre fora repelida pelo sistema jurássico (e aqui cabe todo o respeito da palavra, uma vez que ainda que não siga os padrões de modernização, fora capaz de manter-se equilibrado e funcional ao longo dos anos). Instituições outrora gigantes perante ao mercado que dominavam, passaram a ter concorrência direta, de sistemas muito menos onerosos, mais velozes eficientes e de surpreendente dinâmica.

Palavras como Digital Banking, Fintechs, Criptocoins, ICO’s e Blockchain, dominaram o mercado com a mesma velocidade que prometem. Velhos paradigmas passaram a ser quebrados, quando grandes instituições diminuíram seus custos operacionais entendo que ferramentas digitais poderiam suprir com maior eficácia suas necessidades, desmontando os velhos conceitos do ambiente físico como sinal de “poder” ou “funcionalidade”. Programas como Zoom e Google Meet, se tornaram as novas salas de reunião corporativa, home office a nova extensão da empresa e as mentes por trás da era digital os proporcionadores de um novo “gás” para a roda da fortuna não parar.

As dinâmicas vêm ganhando mais força a cada dia, e aqueles que passaram a se adequar ao “novo” mercado, tem visto em novas alternativas um sistema mais eficaz e eficiente de movimentar o mercado financeiro como um todo.

Essas novas alternativas nós proporcionaremos a você, na Alternative, com novos conceitos, unificando o conhecimento de mercado com a tecnologia. O ano de 2022 se mostra revolucionário para o mundo, com a premissa de que a era digital poderá mudar todos os conceitos passados, estabelecendo uma estrutura que promete ampliar o mercado de forma histórica, podendo ser o salvo refugio a uma economia que sofreu grandes perdas nos anos que se antecederam.

Convido você a não ficar fora dessa nova estrutura, e ainda mais, convido você a andar conosco nessa jornada que promete ser incrível.

Siga a Alternative nos LinkedIn e acesse nosso site, e se permita viver o novo com quem entende do mercado.

1 de nov. de 2023

Taxa Selic: O que é, para que serve e como influencia seus investimentos

Entenda como a taxa básica de juros da economia se movimenta e que impactos causa na economia brasileira.


“Selic” talvez seja a palavra mais repetida quando começam as discussões sobre economia, finanças ou investimentos. Tudo parece, em algum grau, estar relacionado com ela. Na verdade, é isso mesmo. A taxa Selic é tão importante no funcionamento do mercado que merece ser estudada e compreendida nos seus detalhes por quem está interessado em investir.

Para tirar todas as dúvidas sobre o que é a Selic, para que ela serve e como influencia os investimentos, InfoMoney preparou este guia completo. Com ele, vai ficar mais fácil entender o impacto que os movimentos dessa taxa provocam na economia brasileira – e também no seu bolso.


O que é taxa Selic

A taxa Selic representa os juros básicos da economia brasileira. Os movimentos da Selic influenciam todas as taxas de juros praticadas no país – sejam as que um banco cobra ao conceder um empréstimo, sejam as que um investidor recebe ao realizar uma aplicação financeira.

A Selic tem esse nome por conta do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia, um sistema administrado pelo Banco Central em que são negociados títulos públicos federais. A taxa média registrada nas operações feitas diariamente nesse sistema equivale à taxa Selic.

Mas de que tipo de operações estamos falando? São empréstimos de curtíssimo prazo – com vencimento em apenas um dia – realizados entre as instituições financeiras, que têm títulos públicos federais dados como garantia.

A taxa média desses negócios, apurada todos os dias, é chamada de Selic “efetiva”. O nome diz tudo: é o percentual de juros que efetivamente está sendo praticado nesse mercado. Mas existe ainda a Selic “meta” – e é provavelmente sobre essa que você costuma ouvir falar com mais frequência no seu dia a dia.


Para que serve e como impacta a economia

A Selic é um dos elementos centrais da estratégia de política monetária no Brasil, que está baseada em um sistema de metas de inflação. Criado em 1999, ele estabelece o compromisso do país em adotar medidas para manter a inflação dentro de uma faixa fixada periodicamente pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), composto pelos ministros e o presidente do Banco Central. O objetivo é assegurar a estabilidade da economia e evitar descontroles de preço como os que o país já viveu em décadas passadas, que causam a perda do poder de compra da moeda.

A meta de inflação no Brasil começou em 8%, com um limite de variação de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Caiu ao longo do tempo e permaneceu em 4,5% ao ano por quase 15 anos. Em 2020, a meta era 4% ao ano, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Significa que a meta é considerada cumprida se a inflação acumulada no ano ficar na faixa de 2,5% a 5,5%.

O que o governo faz para tentar manter a inflação nesse patamar? A principal estratégia de política monetária é influenciar a quantidade de dinheiro que circula na economia. Não é difícil entender a lógica: quanto mais recursos estiverem disponíveis, maior a tendência das pessoas consumirem. E quando elas aumentam a demanda por produtos e serviços, é natural que os preços subam. O contrário também é verdadeiro.

É aí que entra a Selic. Ela é a principal ferramenta que o Banco Central para controlar o volume de recursos em circulação. Por isso, quando a economia está aquecida e os preços começam a subir a ponto de minar a meta de inflação, a Selic é elevada. Com juros mais altos, fica mais caro tomar crédito – e não só para os consumidores, como também para as empresas e o próprio governo. Isso desestimula o consumo e ajuda a controlar os preços.

A medida oposta é tomada em períodos em que a inflação está controlada ou abaixo da meta. Quando há espaço, a Selic diminui, o que estimula o consumo e ajuda a aquecer a economia.


Assim, resumindo os principais efeitos da Selic no dia a dia dos brasileiros, temos:

Impacto no crédito

A taxa Selic é uma referência para o custo das linhas de crédito em geral. Quando ela é elevada, a tendência é de que empréstimos e financiamentos fiquem mais caros – ou seja, que bancos e outras instituições financeiras cobrem juros mais altos nessas operações. Já quando a Selic diminui, acontece o movimento contrário: os juros do crédito ficam mais baratos.

Impacto no consumo

Crédito e consumo andam lado a lado. Quando os empréstimos e financiamentos ficam mais caros, naturalmente o nível de consumo tende a diminuir, já que o custo dos produtos e serviços aumenta também. Por isso, a tendência é de que uma elevação da Selic cause uma redução das compras. Na situação oposta – quando a Selic cai – o consumo costuma aumentar.

Impacto nos investimentos

De modo geral, uma elevação da Selic beneficia os investimentos de renda fixa, que oferecem uma remuneração baseada em juros. É o caso dos títulos públicos do governo federal, dos tradicionais CDBs emitidos pelos bancos, das letras de crédito, das debêntures, entre outras opções. Todos esses papéis tendem a ter uma rentabilidade maior em tempos de Selic em alta. Do mesmo jeito, quando a taxa é reduzida, o mesmo acontece com o retorno deles.


Quando e como é definida a Selic

A taxa Selic “meta” é definida e anunciada pelo Comitê de Política Econômica (Copom), um órgão do Banco Central formado pelo seu presidente e por alguns diretores. Ela representa o alvo perseguido pela instituição para a Selic “efetiva”. Isso significa que o BC pode usar suas ferramentas – que basicamente são as negociações de títulos públicos – para conduzir a taxa efetiva o mais perto possível da taxa meta.

O Copom se reúne a cada 45 dias para decidir que Selic “meta” vai vigorar no próximo mês e meio. As reuniões seguem um calendário definido no ano anterior e, em geral, duram dois dias. Normalmente, segundo o Banco Central, em cada um desses encontros os participantes assistem a apresentações técnicas, discutem sobre as perspectivas para a economia brasileira e também global, avaliam as condições de liquidez e ainda, o comportamento dos mercados.

Os membros do Copom votam sobre os rumos da Selic “meta” somente depois de receber e analisar todas essas informações, além de considerar os principais riscos e potencialidades do cenário macroeconômico à frente. A decisão do Copom é divulgada no mesmo dia, por meio de um comunicado distribuído pela internet. O que é IPCA e como funciona o principal índice brasileiro de inflação.


O que é a Ata do Copom e porque é importante

Embora o público saiba de imediato qual foi a decisão do Copom sobre os rumos da Selic sempre que uma reunião acontece, o detalhamento das razões só é conhecido mais tarde. Mais precisamente, seis dias úteis depois, quando é publicada a ata da reunião. Tradicionalmente, o Copom se reúne entre terça e quarta-feira de uma semana, e o documento final sai na terça-feira da semana seguinte.

Mas por que a ata do Copom é tratada com tanta seriedade? Porque ela é um importante canal de comunicação do Banco Central com a sociedade – especialmente com o mercado e os agentes econômicos. Quanto mais transparente o órgão consegue ser, mais alinhadas estarão as expectativas do público quanto às suas decisões.

A confiança que a comunicação clara e constante gera na sociedade é importante para o funcionamento do sistema de metas de inflação. Se um comerciante confia que a inflação e a Selic permanecerão no patamar estabelecido pelo governo, ele se sentirá mais confortável para tomar suas próprias decisões.

Pode pegar um empréstimo para investir na melhoria do seu estabelecimento sem medo de que os juros aumentem no mês seguinte. Também pode ficar tranquilo para comprar (ou não) estoques, porque consegue estimar o nível de demanda que terá dali para frente. O que importa para os agentes econômicos é não serem pegos de surpresa pela condução da política monetária.

Por isso, na ata, o Copom explica e contextualiza a decisão que foi tomada sobre Selic. Normalmente, ela apresenta uma análise da evolução recente e também as perspectivas para a economia brasileira. São consideradas ainda as perspectivas para a economia global. Enquanto o comunicado sobre os resultados da reunião costuma ser um texto curto, de um ou dois parágrafos, a ata é um documento mais robusto – em geral, com duas ou três páginas de detalhamentos.

Com esse mesmo objetivo, o Banco Central publica ainda outros documentos periódicos que orientam o mercado sobre suas expectativas e decisões futuras. Um deles é o Relatório de Inflação, um extenso documento em que apresenta suas projeções para a inflação diante do cenário atual e também considerando eventuais mudanças de perspectivas.


O que faz a Selic subir e cair

Na prática, depois de estabelecer uma meta para a Selic, o Banco Central precisa agir para que a taxa efetiva se mantenha naquele patamar. Não basta o anúncio – por si só, ele não garante que os juros permaneçam no nível esperado.

A atuação do Banco Central acontece no que se chama de “mercado aberto”. Basicamente, o que ele faz é comprar e vender títulos públicos federais, todos os dias, aumentando ou diminuindo a oferta deles, de modo que a manter os juros próximos do valor definido pelo Copom.

Suponha que em uma determinada reunião foi decidido que a Selic deve aumentar. Para conduzir esse movimento de alta dos juros, o Banco Central procura vender mais títulos públicos às instituições financeiras. Para que sejam atraentes, eles precisam ser negociados a um preço mais baixo, o que implica em oferecer uma remuneração maior. Isso repercute nas taxas de juros praticadas pelas próprias instituições financeiras, pois só será interessante para elas realizar outras operações de crédito – em vez de manter o dinheiro aplicado nos títulos públicos vendidos pelo Banco Central – se as taxas também forem maiores.

Para pressionar a Selic para baixo, o Banco Central faz o contrário. Em vez de vender, ele procura comprar títulos públicos que as instituições financeiras já tenham na sua carteira. Para que, de fato, os bancos tenham interesse em vender seus papéis de volta para o Banco Central, é preciso que sejam negociados a um preço mais alto, o que tende a “empurrar” a remuneração geral dos títulos públicos para baixo.


Como investir com a Selic baixa e alta

Como já dissemos, os movimentos da Selic têm impacto sobre a remuneração que os investidores encontram nas aplicações financeiras de modo geral.

Em alguns casos, o impacto é imediato. É o caso dos investimentos de renda fixa. Esses papéis, na prática, representam títulos de crédito. Assim, quando você compra um CDB de um banco, na verdade “empresta” dinheiro a ele, por um determinado prazo, em troca de uma remuneração – ou seja, juros.

A taxa oferecida nesse caso, e em todas as outras aplicações do tipo, sofre a influência do aumento ou da redução da Selic, que é referência para o sistema financeiro como um todo.

Ainda mais direto é o impacto nos títulos públicos negociados no Tesouro Direto. A remuneração do título Tesouro Selic, por exemplo, é a própria taxa Selic (em algumas épocas com um pequeno deságio, em outras com algum adicional). Se os juros básicos sobem ou descem, a rentabilidade desses papéis reflete o movimento na hora.

Por isso, de maneira geral, períodos em que a Selic está em alta costumam ser mais favoráveis para os investimentos de renda fixa do que as épocas em que a taxa está em queda. Como no país os juros foram muito altos durante vários anos, os brasileiros se habituaram a ter bons retornos com esse tipo de papel.

Dizemos que a Selic alta “costuma” ser favorável à renda fixa por uma razão. Se os juros estiverem altos, mas a inflação também, a chamada rentabilidade real será pequena. Ela representa o retorno obtido com uma aplicação, descontada a inflação. É, na prática, quanto o investidor ganha de fato. Se, em dado momento, a Selic estiver em – digamos – 8% ao ano e a inflação a 5%, a rentabilidade real será de aproximadamente 3%. Mas se os juros caírem para 5% anuais e a inflação, para 1%, o investidor terá um retorno real maior: de 4%.

Já quando observamos outros tipos de investimentos, como os de renda variável, a análise é diferente. Ativos como as ações negociadas na bolsa de valores sofrem um impacto indireto dos movimentos da Selic. E isso por algumas razões:Uma Selic mais baixa costuma impulsionar o consumo. Se as pessoas consomem mais, as empresas tendem a vender mais os seus produtos. Com resultados melhores, as ações dessas companhias tendem a distribuir mais dividendos e também a se valorizar. Já quando a Selic aumenta, a atividade econômica em geral acaba arrefecendo, assim como os resultados das empresas.Ao mesmo tempo em que estimula o consumo, a Selic baixa também reduz o custo do crédito para as empresas. Isso facilita investimentos, por exemplo, na expansão das instalações ou outros projetos que as permitam crescer. Empresas que crescem tendem a apresentar melhores resultados, o que, novamente, beneficia suas ações. Se, por outro lado, a Selic aumenta, todo esse movimento fica prejudicado.

Resumindo: em linhas gerais, em períodos de Selic elevada os investimentos de renda fixa podem se tornar opções mais atraentes, enquanto em épocas de juros baixos a renda variável tende a oferecer melhores retornos.


Qual é a relação entre CDI e Selic

Quem já é um investidor está habituado a ouvir falar da Selic e também da taxa do CDI com frequência. Ambas são importantes referências para a rentabilidade das aplicações financeiras. Normalmente, elas caminham muito próximas: a diferença porcentual entre as duas costuma ser muito pequena. Mas em que elas são distintas?

Como explicamos no início deste guia, a Selic representa a taxa média dos empréstimos feito entre bancos tendo títulos públicos federais como garantia, e registrados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia. Todo esse mecanismo tem como objetivo conduzir a política monetária do país em busca da estabilidade da economia.

A taxa do CDI, por sua vez, tem outra origem. CDI significa Certificado de Depósito Interbancário, que representa empréstimos realizados entre instituições financeiras com seus próprios recursos. Os bancos realizam essas operações porque, por lei, precisam encerrar todos os dias com os balanços equilibrados – ou seja, se tiveram desembolsos de dinheiro de um lado, têm de buscar recursos para cobri-los de outro. Muitas vezes, a maneira que encontram para buscar esses recursos é tomá-los emprestados de outras instituições financeiras.

Esses empréstimos também são de curtíssimo prazo, mas ao contrário das operações que dão origem à Selic, são registrados em outro sistema: o da Cetip, incorporada à B3 – a bolsa brasileira – em 2017.



2 de ago. de 2023

Investimentos em água: como investir em água

Sabemos que a água é a fonte da vida. Mas também pode ser uma fonte de diversificação da carteira . Tal como o ouro e o petróleo, a água é uma mercadoria – e é bastante escassa hoje em dia. Assim, como acontece com qualquer outra escassez, a escassez de água cria oportunidades de investimento.



PRINCIPAIS CONCLUSÕES
  • A água é sem dúvida o recurso mais importante do planeta Terra.
  • A escassez de água pode levar a perturbações sociais, políticas e económicas.
  • A água é cada vez mais escassa, devido às alterações climáticas, à poluição e ao aumento da procura.
  • Devido à sua importância, os investidores podem diversificar as suas carteiras adquirindo ativos e investimentos relacionados com a água.
  • Existem vários índices, fundos mútuos e ETFs que permitem aos investidores de varejo obter exposição a títulos relacionados à água.

Compreendendo os investimentos em água

O argumento de investimento para a água é simples: a água é um dos recursos mais importantes e é provável que se torne muito mais escassa. Cerca de 70% da superfície terrestre é coberta por água, mas mais de 97% é água salgada. A água salgada não pode ser usada para beber, irrigação de plantações ou para a maioria dos usos industriais. Dos restantes 3% dos recursos hídricos mundiais, apenas cerca de 1% está prontamente disponível para consumo humano.

A rápida industrialização e o aumento do uso agrícola contribuíram para a escassez de água em todo o mundo. As áreas que sofreram falta de H2O incluem a China, o Egito, a Índia, Israel, o Paquistão, o México, a maior parte de África e os Estados Unidos (Arizona, Novo México, Califórnia e oeste do Texas), para citar apenas algumas.

A poluição também destaca a necessidade de água limpa. A zona morta ao largo da Costa do Golfo destaca o impacto do escoamento de fertilizantes, e o éter metil-terciário-butílico (MTBE), um aditivo na gasolina sem chumbo, pode ser encontrado em águas de poços da Califórnia a Maryland.

No exterior, incidentes altamente divulgados na Rússia, na China e em outros lugares demonstram que a poluição não se limita ao Ocidente. É claro que o abastecimento de água suja restringe ainda mais a quantidade de água doce disponível para uso humano.


Investimento de US$ 55 bilhões em água potável

Em 15 de novembro de 2021, o presidente Biden sancionou a Lei de Investimentos e Empregos em Infraestrutura. O projeto de lei bipartidário sobre infraestruturas autoriza 1,2 biliões de dólares em gastos, que incluem 55 mil milhões de dólares alocados para criar água potável, 65 mil milhões de dólares em energia limpa e 21 mil milhões de dólares para limpar locais perigosos e poluídos.

A legislação é uma boa notícia para os defensores da água potável, uma vez que expandirá o acesso à água potável para famílias, empresas, escolas e creches nas cidades e zonas rurais. A legislação também investirá em infra-estruturas hídricas para eliminar tubagens de chumbo.


Índices de Investimento em Água

Aqui estão alguns dos índices mais populares concebidos para acompanhar várias oportunidades de investimento relacionadas com a água:
  • O Dow Jones US Water Index é composto por aproximadamente 29 ações; é um barômetro composto por muitas empresas nacionais e internacionais afiliadas ao negócio de água e com capitalização de mercado mínima de US$ 150 milhões.
  • O Índice ISE Clean Edge Water foi lançado em dezembro de 2000 e representa distribuição de água, filtragem de água, tecnologia de fluxo e outras empresas especializadas em soluções relacionadas à água. Ele contém 35 ações.
  • O S&P 1500 Water Utilities Index é um subsetor do Standard & Poor's 1500 Utilities Index; este índice compreende apenas duas empresas, American States Water (NYSE: AWR) e Aqua America (NYSE: WTR).
  • O S&P Global Water Index é um índice iniciado em 2001 que contém 50 empresas em todo o mundo; os seus negócios relacionados com a água dividem-se em duas áreas: serviços públicos e infra-estruturas de água e equipamentos e materiais hídricos.

O Índice Global de Água Sustentável MSCI oferece outra visão da indústria da água a partir de uma perspectiva internacional. O índice centra-se em empresas desenvolvidas e emergentes que obtêm pelo menos 50% das suas receitas provenientes de produtos e serviços hídricos sustentáveis. Há também uma variedade de índices de serviços públicos que incluem alguns estoques de água.

2,3 bilhões

2,3 mil milhões de pessoas vivem em países com “pressão hídrica”, de acordo com as Nações Unidas, o que significa que utilizam mais de 25% dos seus recursos de água doce todos os anos. 700 milhões de pessoas poderão ser deslocadas devido à escassez de água até 2030.

Como investir em títulos hídricos

As empresas que procuram lucrar com negócios relacionados com a água incluem fornecedores de bebidas, serviços públicos, empresas de tratamento/purificação de água e fabricantes de equipamentos, como aqueles que fornecem bombas, válvulas e unidades de dessalinização.

Uma análise das participações de qualquer um destes índices hídricos proporciona uma forma fácil de começar a procurar oportunidades de investimento adequadas. Empresas, desde a robusta General Electric até a pequena Layne Christensen, estão todas em busca de uma fatia do mercado de água. Além da compra direta de ações, algumas das maiores empresas oferecem planos de reinvestimento de dividendos.

Quando se trata de água engarrafada, o mercado está crescendo internacionalmente. A procura está a aumentar da China para o México, acompanhando o aumento da procura dos consumidores nos EUA. As estimativas sugerem que de 2010 a 2020, o consumo per capita americano de água engarrafada aumentou 61% – na verdade, o americano médio bebe aproximadamente 45 galões de água engarrafada por ano. De acordo com um estudo da ONU de 2018, 177 países dependem da dessalinização para pelo menos parte das suas necessidades de consumo de água doce.

Se a escolha de ações não lhe interessa, ETFs, fundos mútuos e fundos de investimento unitário (UITs) também oferecem muitas oportunidades para investir em água. O ETF Invesco Water Resource Portfolio ( PHO ) é o maior, com uma cesta de 38 participações centrada nos EUA (em fevereiro de 2022) que se inclina para empresas de média e pequena capitalização.

O ETF iShares US Utilities ( IDU ) oferece alguma exposição a ações relacionadas à água.14Outras alternativas incluem o ETF Invesco Global Water Portfolio ( PIO ), que acompanha o Nasdaq OMX Global Water Index, e o First Trust ISE Water Index Fund ( FIW ). Com base na popularidade, novas alternativas estão surgindo lentamente.


Como você investe na água como mercadoria?

A Bolsa Mercantil de Chicago possui futuros negociáveis ​​de água vinculados aos preços da água na Califórnia. Esses contratos futuros permitem que os investidores apostem no valor futuro do Nasdaq Veles California Water Index, apostando efetivamente no preço futuro da água.


Como Michael Burry está investindo em água?

Na conclusão de The Big Short, é revelado que o fundador da Scion Capital, Michael Burry, deu sequência ao seu bem-sucedido comércio a descoberto com investimentos em água. Em entrevistas posteriores, Burry explicou que “os alimentos são a forma de investir em água. Ou seja, cultivar alimentos em áreas ricas em água e transportá-los para venda em áreas pobres em água”. As terras agrícolas em zonas de elevada precipitação são efetivamente uma aposta no valor futuro da água. Contudo, para os pequenos investidores, poderá ser mais fácil concentrar-se nas reservas de água.


Como você investe em estoques de água?

As ações de água são ações de empresas cujos negócios estão intimamente ligados à irrigação, serviços públicos, tratamento de água ou outras indústrias relacionadas à água. Pode-se investir neles comprando ações de empresas individuais ou investindo em um fundo mútuo ou ETF com alta exposição a ações de água.


O resultado final

Nos últimos anos, assistimos a um aumento na procura de investimentos que beneficiem da necessidade de água doce e limpa. Se a tendência continuar, os investidores podem esperar ver uma série de novos investimentos que proporcionam exposição a este bem precioso e às empresas que o entregam ao mercado.

Atualmente existem inúmeras maneiras de adicionar exposição à água ao seu portfólio; a maioria simplesmente requer um pouco de pesquisa. As oportunidades para investir neste recurso escasso fluem livremente.



30 de jan. de 2023

3 tendências a serem observadas em investimentos ESG

O que é investimento ESG?

O investimento ambiental, social e de governança corporativa (ESG) concentra-se em empresas que apoiam a proteção ambiental, a justiça social e as práticas de gestão ética. Como todos os investidores, os investidores ESG valorizam os retornos. No entanto, evitam dar prioridade aos lucros em vez de apoiar empresas que se enquadrem nos seus quadros éticos.


O investimento ético é uma força crescente nos mercados de capitais, e os fundos ESG registaram entradas crescentes de quase 659 mil milhões de dólares, ou 10% dos ativos de fundos mundiais, no final de 2021, de acordo com a Reuters.1Nos EUA, no início de 2022, 8,4 biliões de dólares, ou 13% do total de ativos sob gestão profissional, eram ativos de investimento sustentáveis.

Apesar da mudança em 2022 para saídas líquidas de fundos comercializados como “sustentáveis” – pela primeira vez em mais de uma década, num contexto de mercados turbulentos – o investimento ESG continua a ser uma força crescente nos mercados de capitais. Abaixo estão três das tendências mais importantes nesta área.


PRINCIPAIS CONCLUSÕES
  • O investimento ambiental, social e de governança (ESG) busca apoiar empresas e projetos que proporcionem um benefício social, e não apenas lucro.
  • As alterações climáticas são uma grande preocupação para os ambientalistas, mas também oferecem lucro potencial para investidores em energias renováveis.
  • A remuneração dos executivos é outra grande preocupação para os investidores que utilizam uma perspectiva ESG, e muitos fundos procuram empresas com práticas salariais e de contratação equitativas.
  • Nos EUA, uma recente mudança nas regras deverá permitir que mais investidores tenham acesso a investimentos ESG através dos planos de reforma dos seus funcionários.

Compreendendo o investimento ESG

Diferentes investidores ESG seguem uma série de tendências em investimentos éticos. Por exemplo, alguns investidores ESG estão focados no ambiente e preferem investir o seu dinheiro em energias alternativas e empresas verdes. Outros defendem a justiça social e procuram empresas que promovam a diversidade, a igualdade económica e outras questões de direitos humanos.

Depois, há investidores ESG que se concentram nas práticas de gestão das empresas, procurando empresas que empreguem abordagens como restringir a remuneração dos gestores a níveis razoáveis ​​e proporcionar equilíbrio entre vida profissional e pessoal aos funcionários.

Com a próxima transferência de riqueza para a geração Millennial, muitos destes novos potenciais investidores procurarão colocar o seu dinheiro para trabalhar. Esta é uma geração de pessoas que têm muita consciência social e muitas vezes defendem causas ESG. Muitos destes investidores emergentes quererão investir em coisas em que acreditam e apoiam, e aprender sobre investimentos ESG pode facilitar a compreensão do que estes investidores procuram.

Um estudo de 2022 da Harvard Law School descobriu que 79% dos investidores norte-americanos disseram que agora consideram ou aplicam métricas ESG à sua abordagem de investimento.


Aqui estão três tendências de investimento ESG a serem consideradas.

das Alterações Climáticas

Bem mais de 90% dos cientistas do clima acreditam que as alterações climáticas são reais e que a atividade humana é responsável por elas.5Vários obstáculos, tanto políticos como práticos, impediram muitos países desenvolvidos de avançar a todo vapor no combate às alterações climáticas. No entanto, estão a ser feitos progressos e as alterações climáticas representam uma oportunidade para os investidores ESG lucrar, ao mesmo tempo que apoiam uma causa em que acreditam.

Soluções como a legislação cap-and-trade são constantemente divulgadas como uma bola de futebol política nos EUA. Estas equivalem a programas regulatórios governamentais concebidos para limitar, ou limitar, o nível total de emissões de certos produtos químicos, especialmente dióxido de carbono, como resultado de atividade industrial. Se a legislação cap-and-trade for aprovada, poderá ter um efeito devastador nos sectores das energias não renováveis, como o petróleo e o carvão. No entanto, o desaparecimento do carvão e do petróleo criaria um vazio a ser preenchido por fontes de energia renováveis, como a energia eólica, solar e nuclear. Os investidores ESG que estão optimistas em relação à legislação sobre alterações climáticas devem pesquisar potenciais investimentos em energias alternativas.

As alterações climáticas representam uma ameaça existencial para a sociedade humana, com muitas nações a comprometerem-se a tornarem-se neutras em carbono até 2050. Alcançar estes objetivos, contudo, exigirá investimentos substanciais em energias alternativas e outras tecnologias verdes.


Pagamento equivalente

Um relatório salarial global sobre a disparidade salarial entre homens e mulheres elaborado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) das Nações Unidas (ONU) descobriu, ao analisar dados recolhidos de 70 países, que em 2018-19 as mulheres ganharam, em média, apenas cerca de 80% do que os homens ganham por fazerem os mesmos trabalhos.7Um estudo para 2022-23, realizado com uma amostra mais limitada, composta por 22 países, observou que houve muito pouca mudança nas disparidades salariais entre homens e mulheres.

As empresas que melhoram ativamente a igualdade de género podem ser investimentos mais atraentes para investidores sensíveis a ESG. Aqueles que acreditam que a disparidade salarial entre homens e mulheres é um problema premente têm oportunidades crescentes de investir em empresas que dão prioridade a estar na vanguarda desta questão.

Para obter as análises e conselhos mais recentes sobre investimentos verdes, confira o podcast The Green Investor , desenvolvido pela Investopedia.


Remuneração Executiva

Para aqueles que foram afetados pela Grande Recessão de 2007-2009, o insulto foi acrescentado à injúria quando surgiram notícias sobre os salários exorbitantes pagos aos diretores executivos (CEOs) que em grande parte contribuíram para a recessão. Em alguns casos, os executivos receberam milhões para partirem silenciosamente depois de terem destruído as suas empresas.

A remuneração dos executivos é uma grande preocupação para muitos investidores ESG. Para os investidores que se enquadram neste campo, as oportunidades abundam, uma vez que muitas grandes empresas estão a reduzir a remuneração dos seus executivos para níveis mais razoáveis. Os CEO de várias grandes empresas reduziram voluntariamente a sua remuneração anual, embora deva ser notado que estes executivos já eram muito ricos antes de tomarem esta decisão.

Para os investidores ESG que sentem que a remuneração excessiva dos executivos prejudica a economia, talvez seja altura de procurar e investir em empresas que sejam proativas nesta questão.


Planos de aposentadoria

O Departamento do Trabalho dos EUA, revertendo uma decisão da era Trump, emitiu uma regra final em Novembro de 2022 que deverá dar aos investidores maior acesso a investimentos ESG nos seus planos de reforma 401(k) . A regra revoga duas que entraram em vigor no final de 2020. Estas regras proibiam os fiduciários dos planos de reforma de considerar os potenciais benefícios financeiros dos investimentos e carteiras ESG na seleção de opções de investimento do plano.

Os patrocinadores dos planos de aposentadoria dos empregadores, disse o Departamento do Trabalho, reclamaram que a regra teve um “efeito inibidor” na colocação de investimentos ESG nos menus 401(K).9Com a nova regulamentação em vigor, os fiduciários do plano terão uma latitude mais ampla para considerar os impactos ASG na construção desses menus.

A consideração dos atributos ESG aumentou substancialmente na última década. Por exemplo, um estudo de 2022 realizado pela empresa global de gestão de ativos Schroders descobriu que 87% dos participantes em planos de reforma de contribuição definida pretendem investir de acordo com os seus valores.

No entanto, a maioria dos participantes do plano 401(K) não tem acesso às opções ESG. As estimativas da indústria variam, mas apenas cerca de 5% a 15% dos planos 401(k) incluem fundos ESG.11A regra emitida no final de 2022 tornará consideravelmente mais fácil para os patrocinadores do plano aumentarem essa proporção.

SIF dos EUA: O Fórum para Investimento Sustentável e Responsável, um dos principais defensores dos investimentos ESG, aplaudiu a decisão do Departamento do Trabalho.

“Na realidade, a regra está se atualizando onde o mercado está há anos”, disse o US SIF. “A regra final ajuda a colmatar a lacuna entre o crescimento do investimento sustentável em geral e o crescimento muito mais limitado das opções de investimento sustentável nos planos de reforma.”


Como começou o investimento ESG?

Embora sempre tenham existido preocupações éticas no investimento, a prática institucional remonta provavelmente às décadas de 1950 e 1960, quando os fundos de pensões sindicais começaram a procurar investimentos que proporcionassem tanto o bem social como retornos fiáveis. Alguns anos mais tarde, houve uma pressão crescente para desinvestir no regime do apartheid na África do Sul, criando uma procura por uma gestão de fundos mais ética.


Qual é a diferença entre ESG e investimento de impacto?

O investimento de impacto dá alta prioridade à obtenção do bem social, independentemente de o investimento gerar ou não um lucro mensurável. Isto é diferente do investimento ESG, que procura investimentos socialmente benéficos, mas mesmo assim procura obter retornos lucrativos.


Qual é o tamanho do mercado de investimentos ESG nos EUA?

Nos EUA, no início de 2022, 8,4 biliões de dólares, ou 13% do total de ativos sob gestão profissional, eram ativos de investimento sustentáveis.


O resultado final

O investimento sustentável é uma força crescente nos mercados de capitais, à medida que mais fundos procuram investimentos com resultados sociais favoráveis, bem como oportunidades de lucro. As empresas que implementam práticas ambientais sólidas e salários justos não estão apenas a ajudar a sociedade – também podem estar a tornar-se mais atraentes para os investidores.


3 de nov. de 2022

Guia para Investimento Verde

O que é investimento verde?

O investimento verde procura apoiar práticas empresariais que tenham um impacto favorável no ambiente natural. Frequentemente agrupados com critérios de investimento socialmente responsável (SRI) ou ambientais, sociais e de governação (ESG) , os investimentos verdes centram-se em empresas ou projetos comprometidos com a conservação dos recursos naturais, a redução da poluição ou outras práticas empresariais ambientalmente conscientes. Os investimentos verdes podem enquadrar-se no âmbito do SRI, mas são mais específicos.



Alguns investidores compram títulos verdes, fundos negociados em bolsa (ETFs) verdes, fundos de índice verdes, fundos mútuos verdes ou detêm ações em empresas amigas do ambiente para apoiar iniciativas verdes. Embora o lucro não seja o único motivo para esses investidores, há algumas evidências de que o investimento verde pode imitar ou superar os retornos dos ativos mais tradicionais.


PRINCIPAIS CONCLUSÕES
  • O investimento verde refere-se a atividades de investimento alinhadas com práticas empresariais amigas do ambiente e com a conservação dos recursos naturais.
  • Os investidores podem apoiar iniciativas verdes comprando fundos mútuos verdes, fundos de índice verdes, fundos negociados em bolsa (ETFs) verdes, títulos verdes ou mantendo ações em empresas amigas do ambiente.
  • Os investimentos ecológicos puros são investimentos em que a maior parte ou todas as receitas provêm de atividades verdes.
  • Embora o lucro não seja o único motivo, há evidências de que o investimento verde pode rivalizar com os retornos dos ativos mais tradicionais.
  • Uma vez que a marca não é suficiente para confirmar o compromisso com iniciativas verdes, os investidores devem realizar pesquisas exaustivas para garantir que uma empresa adere aos padrões desejados.

Compreendendo o investimento verde

Os investimentos verdes puros são aqueles que obtêm a totalidade ou a maior parte das suas receitas e lucros de atividades empresariais verdes. Os investimentos verdes também podem referir-se a empresas que têm outras linhas de negócios, mas se concentram em iniciativas ou linhas de produtos de base verde.

Existem muitos caminhos potenciais para as empresas que buscam melhorar o meio ambiente. Algumas empresas verdes estão envolvidas na investigação de energias renováveis ​​ou no desenvolvimento de alternativas ecológicas aos plásticos e outros materiais. Outros podem procurar reduzir a poluição ou outros impactos ambientais das suas linhas de produção.

Como não existe uma definição firme do termo “verde”, o que se qualifica como um investimento verde está aberto a interpretações. Alguns investidores querem apenas opções puras, como combustíveis renováveis ​​e tecnologias de poupança de energia. Outros investidores investem dinheiro em empresas que têm boas práticas comerciais na forma como utilizam os recursos naturais e gerem os resíduos, mas também obtêm as suas receitas de múltiplas fontes.


Tipos de investimento verde

Existem várias maneiras de investir em iniciativas de tecnologia verde. Embora antes consideradas arriscadas, algumas tecnologias verdes conseguiram gerar grandes lucros aos seus investidores.


Ações verdes

Talvez a forma mais simples de investimento verde seja comprar ações de empresas com fortes compromissos ambientais. Muitas novas startups procuram desenvolver energias e materiais alternativos, e mesmo os intervenientes tradicionais estão a fazer apostas consideráveis ​​num futuro com baixas emissões de carbono. Algumas empresas, como a Tesla ( TSLA ), conseguiram atingir avaliações multibilionárias ao visarem consumidores ambientalmente conscientes.


Títulos verdes

Uma segunda via é investir em títulos verdes. Por vezes conhecidos como obrigações climáticas, estes títulos de rendimento fixo representam empréstimos para ajudar bancos, empresas e organismos governamentais a financiar projetos com um impacto positivo no ambiente. De acordo com a Climate Bonds Initiative, aproximadamente 1,1 biliões de dólares em novos títulos verdes foram emitidos em 2021. Esses títulos também podem vir com incentivos fiscais, tornando-os um investimento mais atraente do que os títulos tradicionais.


Fundos verdes

Outra rota é investir em ações de um fundo mútuo, ETF ou fundo de índice que proporcione maior exposição a empresas verdes. Estes fundos verdes investem num cabaz de títulos promissores, permitindo aos investidores distribuir o seu dinheiro numa gama diversificada de projetos ambientais, em vez de numa única ação ou obrigação.

Existem vários fundos mútuos verdes, como o TIAA-CREF Social Choice Equity Fund (TICRX), o Trillium ESG Global Equity Fund (PORTX) e o Green Century Balanced Fund (GCBLX), para citar alguns.5Vários índices também procuram acompanhar empresas ambientalmente favoráveis. Por exemplo, o Índice de Energia Verde NASDAQ Clean Edge e o Índice Global de Energia Solar MAC têm como alvo as indústrias de energia renovável. Os fundos que seguem estes índices investem em empresas de energia renovável, permitindo aos investidores apoiar a nova tecnologia enquanto obtêm um lucro potencial.

Mais de US$ 70 bilhões

A quantidade de dinheiro novo investido em fundos sustentáveis ​​em 2021.

Resultados do Investimento Verde

Outrora considerado um sector de nicho, o investimento verde aumentou depois de vários desastres naturais terem chamado a atenção para a crise climática que se aproximava. A quantidade de dinheiro novo em fundos ESG atingiu mais de 70 mil milhões de dólares em 2021, quase um terço do aumento em relação ao ano anterior.

Embora o lucro não seja o único objetivo do investimento verde, há evidências de que os investimentos ecológicos podem igualar ou superar os lucros dos ativos mais tradicionais. Um estudo de 2022 da Morningstar Inc. relatou “mais um ano de recordes quebrados” entre fundos ambientalmente sustentáveis ​​e o mercado em geral. O estudo também concluiu que os grandes fundos sustentáveis ​​dos EUA “superaram os seus pares tradicionais em 2021, bem como nos períodos seguintes de três e cinco anos”.


Considerações Especiais

Investir em empresas verdes pode ser mais arriscado do que outras estratégias de capital, uma vez que muitas empresas nesta área estão em fase de desenvolvimento, com receitas baixas e avaliações de lucros elevadas. No entanto, se incentivar empresas amigas do ambiente é importante para os investidores, então o investimento verde pode ser uma forma atraente de colocar o seu dinheiro para trabalhar.

A definição de “verde” pode variar de um investidor para outro. Alguns dos chamados fundos verdes incluem empresas que operam nos setores do gás natural ou do petróleo. Embora estas empresas também possam estar a investigar tecnologias de energias renováveis, alguns investidores podem hesitar em investir num fundo associado a empresas de combustíveis fósseis. Os potenciais investidores devem pesquisar os seus investimentos (verificando o prospecto de um fundo ou os registros anuais de uma ação) para ver se a empresa se enquadra na sua definição de verde.

Alguns fundos verdes também podem investir em empresas mais tradicionais, como a General Motors, a Toyota ou mesmo a ExxonMobil. Os investidores ambientalmente conscientes devem ter o cuidado de verificar o prospecto de um fundo para decidir se este se enquadra na sua definição de verde.


Investimento Verde vs. Greenwashing

Greenwashing refere-se à prática de rotular uma empresa ou produto como ecologicamente correto para capitalizar a crescente demanda por sustentabilidade. Embora o marketing verde seja muitas vezes sincero, muitas empresas exageraram o impacto das suas práticas ambientais ou minimizaram os custos ecológicos dos seus produtos.

Por exemplo, algumas empresas exageraram na utilização de materiais reciclados, levando os consumidores a acreditar erradamente que os seus produtos eram mais sustentáveis. Muitas empresas compram compensações de carbono para reduzir as suas pegadas, embora seja difícil verificar o verdadeiro custo das emissões de uma empresa. Num caso mais flagrante, a IKEA foi acusada de utilizar madeira de origem ilegal para alguns dos seus produtos de mobiliário. Para piorar a situação, a madeira foi verificada pelo Forest Stewardship Council, levantando questões éticas sobre o modelo de negócio da rotulagem verde paga por jogo.

No mundo dos valores mobiliários, alguns fundos geridos tentaram fazer uma lavagem verde, reformulando a marca de uma forma que sugere um maior nível de sustentabilidade. A única forma de avaliar a sustentabilidade de um fundo é examinar os seus ativos.


Quais são as melhores ações verdes para comprar?

Embora não exista uma forma infalível de prever os lucros futuros de uma ação, alguns dos investimentos verdes mais bem-sucedidos têm sido no domínio da geração e armazenamento de energia renovável. Por exemplo, o preço das ações da Tesla cresceu mais de dez vezes entre 2018 e meados de 2021. No mesmo período, a LONGi Green Energy Technology da China viu a sua capitalização de mercado aumentar de 11 mil milhões de dólares para quase 70,5 mil milhões de dólares.


Os investimentos verdes são lucrativos?

Embora o lucro não seja o único objetivo do investimento verde, há provas de que os investimentos ecológicos podem igualar ou superar os lucros dos ativos mais tradicionais. Um estudo de 2022 da Morningstar Inc. relatou “mais um ano de recordes quebrados” entre fundos ambientalmente sustentáveis ​​e o mercado em geral. O estudo também concluiu que os grandes fundos sustentáveis ​​dos EUA “superaram os seus pares tradicionais em 2021, bem como nos períodos seguintes de três e cinco anos”.


Como saber se um Fundo Verde é sustentável?

Cada fundo detém um cabaz de títulos, representando uma secção transversal de uma parte maior do mercado. Para determinar se um fundo verde é suficientemente sustentável, os potenciais investidores devem primeiro examinar os títulos listados nos ativos do fundo. Além disso, algumas empresas de pesquisa podem oferecer avaliações independentes, como a classificação de sustentabilidade da Morningstar ou o R-Factor da State Street.


11 de out. de 2022

Desafios para as Finanças Verdes

Embora estejam a ser feitos alguns progressos, o desenvolvimento das finanças verdes ainda enfrenta muitos desafios. Destacamos abaixo cinco tipos de desafios para as finanças verdes e fornecemos alguns exemplos baseados em práticas de país e mercado de como eles foram ou podem ser abordado no setor financeiro. Quatro desses desafios (externalidades, definições verdes, informação e capacidade analítica) são em grande parte específicos para projetos verdes, enquanto o descompasso de maturidade é genérico para a maioria dos projetos de longo prazo.


Diretivas e sinais claros de políticas públicas podem abordar alguns desses desafios, no entanto, respostas políticas fragmentadas em muitos países são uma preocupação fundamental e, às vezes, distrações dos esforços para o desenvolvimento respostas efetivas. Ressalte-se, ainda, que, além dos discutidos neste capítulo, os desafios decorrem de medidas inadequadas de políticas públicas que agravam as externalidades ambientais; no entanto, essas questões precisam ser tratadas separadamente.


Externalidades

O primeiro e mais fundamental desafio é como internalizar de forma adequada e econômica as externalidades ambientais. Tais externalidades podem ser positivas para investimentos verdes, pois seus benefícios se acumulam para terceiros, e negativas quando investimentos poluentes infligem danos a terceiros. As dificuldades em internalizar essas externalidades resultam em subinvestimento em atividades "verdes" e superinvestimento em atividades "marrons". A seguir, são apresentados dois exemplos de externalidades positivas e um exemplo de externalidade negativa:
  • Um projeto de energia renovável pode ter custos de construção mais elevados do que as alternativas convencionais e, na ausência de medidas para internalizar o benefício da redução da poluição, o projeto retorna pode ser demasiado baixo para atrair investimento privado. Alguns países usaram subsídios, crédito fiscal, tarifas de alimentação, sistemas de comércio de emissões (ETSs), padrões de portfólio renovável (RPSs) e regulamentações ambientais para lidar com essas externalidades com diferentes graus de sucesso. Ao mesmo tempo, medidas do setor financeiro, como melhorias e garantias de crédito, empréstimos concessionais, subvenções e bonificações de juros foram experimentadas em alguns países melhorar os retornos ajustados ao risco desses projetos.
  • Um projeto de tratamento de água ou de remediação de terrenos pode melhorar a qualidade de vida de uma comunidade e o valor de mercado dos imóveis residenciais da região. No entanto, sem mecanismos adequados para monetizar algumas dessas externalidades positivas, o projeto pode não produzir retorno suficiente para atrair capital privado. Para resolver esses problemas, alguns países adotaram a abordagem de PPP, que envolve, por exemplo, uma incorporadora imobiliária em um projeto de tratamento de água ou remediação de terras. O retorno excedente do projeto imobiliário (devido à melhoria futura do meio ambiente) é efetivamente usado para compensar os investidores do projeto verde. Modelos de negócios semelhantes têm sido usados em alguns países e regiões para subsidiar projetos de metrô (transporte limpo), combinando-os com projetos de imóveis residenciais e comerciais perto das estações de metrô, pois a primeira aumentaria o valor de mercado da segunda.
  • Algumas empresas transformadoras poluem o ambiente, mas as suas externalidades negativas não são totalmente internalizadas. Por exemplo, se os moradores da região cuja saúde é afetada não estiverem em condições de buscar indenização das empresas poluidoras, isso levaria a um excesso de investimento G20 Green Finance Relatório de síntese e produção em atividades poluentes. Esses casos são mais comuns em países onde os direitos ambientais não estão bem definidos e a capacidade de aplicar políticas ambientais é fraca. Exemplos de ações do setor financeiro para ajudar a mitigar algumas dessas externalidades negativas incluem os Princípios do Equador para financiamento de projetos no setor bancário (ver Capítulo 3) e requisitos de divulgação para as empresas cotadas em bolsa de valores. Em alguns casos, tais externalidades podem ser exacerbadas por "subsídios perversos", como para combustíveis fósseis ou uso de água, que inclinam ainda mais a balança para longe de um igualdade de condições.

Descasamento de vencimentos

A transformação da maturidade entre aforradores que exigem liquidez e projetos de longo prazo que requerem investimento está entre as principais funções do sistema financeiro, em particular através do setor bancário e dos mercados obrigacionistas.

No entanto, o desfasamento de maturidade, devido à oferta inadequada de financiamento a longo prazo em relação à procura de financiamento por projetos de longo prazo, é um desafio comum em alguns mercados e tem às vezes resultava na falta de investimentos em infraestrutura, incluindo projetos de infraestrutura verde. O problema surge devido ao fato de, nestes mercados, o financiamento de projetos de infraestruturas verdes a longo prazo depender fortemente de empréstimos bancários, enquanto os bancos são limitados na concessão de empréstimos suficientes a longo prazo devido a um prazo relativamente curto dos passivos.

O problema do desfasamento da maturidade agrava-se nos casos em que os investimentos verdes são mais dependentes de financiamento a longo prazo do que os investimentos tradicionais nos mesmos sectores. Por exemplo, o custo inicial de construção de um edifício típico de eficiência energética é maior do que um edifício menos eficiente em termos energéticos, um projeto solar ou eólico tem uma porcentagem mais alta de despesas de capital combinadas (CAPEX) e despesas operacionais (OPEX) investidas antecipadamente em comparação com uma usina a carvão. Para estes últimos, uma parte significativa do custo total ao longo da vida seria gasta no pagamento de energia para a sua exploração, que pode ser financiada com prazos mais curtos, enquanto para a construção sustentável e projetos eólicos ou solares, esse não seria o caso.

Exemplos de inovações do setor financeiro que podem ajudar a enfrentar esse desafio incluem títulos verdes, fundos de investimento em infraestrutura verde ("yieldcos") e empréstimos com garantia.


Falta de clareza nas finanças verdes

Em muitos países e mercados, a falta de clareza sobre o que constitui atividades e produtos de finanças verdes (como empréstimos verdes e títulos verdes) pode ser um obstáculo para investidores, empresas e bancos que buscam identificar oportunidades de investimento verde. Sem definições adequadas de finanças verdes, que são a base para o orçamento interno, contabilidade e medição de desempenho para instituições financeiras, é difícil para alocar recursos financeiros para projetos e ativos verdes. Além disso, a falta de clareza também pode impedir os esforços de gestão de riscos ambientais, comunicações corporativas e desenho de políticas. As definições únicas correm o risco de não refletir adequadamente diferentes contextos e prioridades nos diferentes países ou mercados. Por outro lado, muitas definições – por exemplo, cada empresa financeira define ativos verdes por si só – também podem tornar muito caro para comparação entre instituições e mercados e para o investimento verde transfronteiras.

Exemplos de países que tomaram iniciativas para desenvolver definições nacionais de crédito verde incluem Bangladesh, Brasil e China.


Informação assimétrica

Muitos investidores estão interessados em investir em projetos/ ativos verdes , mas a falta de divulgação de informações ambientais pelas empresas aumenta os "custos de busca" por ativos verdes e, assim, reduz sua atratividade. Por exemplo, se os investidores não têm informações sobre o desempenho ambiental das empresas do seu portfólio (como emissões e consumo de energia e água), eles não podem identificar e financiar proativamente empresas verdes, bem como avaliar e gerenciar riscos ambientais. Além disso, quando a informação ambiental a nível da empresa ou do projeto está disponível, a falta de uma "rotulagem" consistente e fiável dos ativos verdes também constitui uma barreira ao investimento verde. Em alguns países, a segregação da gestão de dados por diferentes agências (por exemplo, dados coletados por reguladores ambientais não são compartilhados com reguladores bancários e investidores) também agrava a assimetria de informação.

Registaram-se alguns progressos na abordagem da assimetria de informação. Por exemplo, mais de 20 bolsas de valores emitiram orientações de divulgação ambiental para empresas listadas e vários países introduziram requisitos obrigatórios de divulgação.

Outro tipo importante de assimetria de informação inclui a falta de informação ou conhecimento dos financiadores sobre a viabilidade comercial das tecnologias verdes, bem como as incertezas políticas sobre investimento verde. Esta falta de informação e incerteza política resulta numa excessiva aversão ao risco por parte dos investidores em relação a projetos no domínio das energias renováveis, dos novos veículos energéticos e das tecnologias de poupança de energia.

As práticas adotadas para resolver esse problema em vários países incluem projetos de demonstração de entidades apoiadas pelo governo (como o Banco de Investimento Verde do Reino Unido) ou Bancos Multilaterais de Desenvolvimento (MDBs), clareza sobre as perspectivas políticas para o desenvolvimento sustentável (como a Política Nacional de Tecnologia Verde da Malásia e a Visão 2030 do Reino da Arábia Saudita), ancorar investimentos por meio de promoção bancos (por exemplo, investimentos em títulos verdes do KfW da Alemanha), bem como garantias de crédito por agências governamentais (por exemplo, o programa de garantia de empréstimos do Departamento de Energia dos EUA para energia renovável projetos) ou Instituições Financeiras de Desenvolvimento (por exemplo, o programa CHUEE da International Finance Corporation (IFC)).


Capacidade analítica inadequada

A compreensão geral das implicações financeiras dos riscos ambientais pelas instituições financeiras ainda está numa fase inicial. Muitos bancos e investidores institucionais ainda não desenvolveram a capacidade de identificar e quantificar os riscos de crédito e de mercado que podem surgir da sua exposição ambiental, e, portanto, muitas vezes subestimam os riscos dos investimentos "marrons" e superestimam o perfil de risco das oportunidades de investimento verde. Em parte, como resultado, continua a haver um investimento excessivo em projetos poluentes e intensivos em gases com efeito de estufa e um sub-investimento em projetos verdes. Uma melhor compreensão dos riscos ambientais é essencial para uma melhor mitigação dos riscos, permitindo uma internalização mais efetiva das externalidades ambientais na tomada de decisões, e assim, para mobilizar financiamento para o investimento verde.

Exemplos de medidas para capacitar a análise de risco ambiental incluem a modelagem do ICBC do impacto da exposição ambiental no risco de crédito, a análise pela Declaração do Capital Natural sobre o impacto da seca nas obrigações das empresas e a incorporação de fatores ambientais nas notações de risco (por exemplo, a notação de crédito verde recentemente publicadas metodologias da Moody's e Standard & Poor's).




22 de set. de 2022

Introdução de Título Verde

O que é um título verde?

Um título verde é um tipo de instrumento de renda fixa destinado especificamente a arrecadar dinheiro para projetos climáticos e ambientais. Esses títulos são normalmente vinculados a ativos e garantidos pelo balanço patrimonial da entidade emissora , portanto, geralmente possuem a mesma classificação de crédito que outras obrigações de dívida de seus emissores.

Remontando à primeira década do século XXI, os títulos verdes são por vezes referidos como títulos climáticos, mas os dois termos nem sempre são sinónimos. Os títulos climáticos financiam especificamente projetos que reduzem as emissões de carbono ou aliviam os efeitos das alterações climáticas, enquanto os títulos verdes representam uma categoria mais ampla de instrumentos relacionados com projetos com um impacto ambiental positivo.



PRINCIPAIS CONCLUSÕES
  • Um título verde é um instrumento de rendimento fixo concebido para apoiar projetos específicos relacionados com o clima ou ambientais.
  • Os títulos verdes podem vir com incentivos fiscais para aumentar a sua atratividade para alguns investidores.
  • A expressão “títulos verdes” é por vezes utilizada de forma intercambiável com “títulos climáticos” ou “títulos sustentáveis”.
  • Os títulos verdes fazem parte de uma tendência mais ampla de investimento socialmente responsável e ambiental, social e de governança (ESG).

Compreendendo os títulos verdes

Os títulos verdes são títulos designados destinados a incentivar a sustentabilidade e a apoiar projetos ambientais especiais relacionados com o clima ou outros tipos. Mais especificamente, os títulos verdes financiam projetos que visam a eficiência energética, a prevenção da poluição, a agricultura, a pesca e a silvicultura sustentáveis, a proteção dos ecossistemas aquáticos e terrestres, os transportes limpos, a água potável e a gestão sustentável da água. Financiam também o cultivo de tecnologias amigas do ambiente e a mitigação das alterações climáticas.

Os títulos verdes podem vir com incentivos fiscais, como isenções fiscais e créditos fiscais, tornando-os um investimento mais atraente em comparação com um título tributável comparável. Estas vantagens fiscais proporcionam um incentivo monetário para enfrentar questões sociais proeminentes, como as alterações climáticas e um movimento em direção a fontes renováveis ​​de energia. Para se qualificarem para o estatuto de títulos verdes, estes são frequentemente verificados por terceiros, como o Climate Bond Standard Board, que certifica que o título financiará projetos que incluem benefícios para o ambiente.


História dos Títulos Verdes

Ainda em 2012, a emissão de títulos verdes ascendeu apenas a 2,6 mil milhões de dólares. Mas em 2016, os títulos verdes começaram a surgir. Grande parte da acção foi atribuída aos mutuários chineses, que representaram 32,9 mil milhões de dólares do total, ou mais de um terço de todas as emissões. Mas o interesse é global, com a União Europeia e os Estados Unidos também entre os líderes.

Em 2017, a emissão de obrigações verdes disparou para um nível recorde, representando 161 mil milhões de dólares em investimentos em todo o mundo, de acordo com um relatório da agência de classificação Moody’s. O crescimento abrandou um pouco em 2018, atingindo apenas 167 mil milhões de dólares, mas recuperou no ano seguinte graças a um mercado cada vez mais consciente do clima.1As emissões verdes atingiram um recorde de 266,5 mil milhões de dólares em 2019 e quase 270 mil milhões de dólares no ano seguinte.

A década de 2010 assistiu ao desenvolvimento de fundos de obrigações verdes , alargando a capacidade dos investidores de retalho de participarem nestas iniciativas. Allianz SE, Axa SA, State Street Corp., TIAA-CREF, BlackRock, AXA World Funds e HSBC estão entre as empresas de investimento e empresas de gestão de ativos que patrocinaram fundos mútuos de títulos verdes ou fundos negociados em bolsa (ETFs).
2008

O ano em que o Banco Mundial emitiu o primeiro título verde assim denominado para investidores institucionais.

Exemplo do mundo real de títulos verdes

O Banco Mundial é um grande emissor de títulos verdes e emitiu US$ 14,4 bilhões em títulos verdes de 2008 a 2020. Esses fundos foram usados ​​para apoiar 111 projetos em todo o mundo, principalmente em energia renovável e eficiência (33%), transporte limpo (27%) e agricultura e uso da terra (15%).

Uma das primeiras emissões verdes do banco financiou o Projeto Hidrelétrico Rampur, que visava fornecer energia hidrelétrica de baixo carbono à rede elétrica do norte da Índia. Financiado por emissões de títulos verdes, produz quase 2 megawatts por ano, evitando 1,4 milhões de toneladas de emissões de carbono.


Tipos de títulos verdes

Embora todos os títulos verdes representem uma forma de financiamento de dívida para um projeto ambiental, as características específicas de cada instrumento podem diferir com base no seu emitente, na utilização dos recursos e no recurso dos titulares dos títulos aos ativos do emitente em caso de liquidação. entre outros fatores. A lista a seguir descreve alguns dos diferentes tipos de títulos verdes que podem estar disponíveis no mercado:

  • Títulos de “Uso de Recursos”: Este tipo de instrumento é dedicado ao financiamento de projetos verdes, mas em caso de liquidação, os credores recorrem a outros ativos do emissor. Esses instrumentos possuem a mesma classificação de crédito que os outros títulos do emissor.
  • Obrigações de receitas de “utilização de receitas” ou títulos garantidos por ativos (ABS): estes títulos podem financiar ou refinanciar projetos verdes, mas a garantia para a dívida provém de fluxos de receitas cobradas pelo emitente, tais como impostos ou taxas. Entidades estaduais e municipais podem optar por esse tipo de configuração na emissão de títulos verdes.
  • Obrigações de Projeto: Este tipo de obrigação tem um âmbito limitado a um projeto verde subjacente específico, o que significa que os investidores recorrem apenas a ativos relacionados com o projeto.
  • Obrigações de titularização: Estes instrumentos de dívida envolvem um grupo de projetos reunidos numa única carteira de dívida, tendo os detentores de obrigações recurso aos ativos subjacentes a todo o conjunto de projetos. Alguns exemplos de títulos de securitização verdes incluem hipotecas verdes e projetos de arrendamento solar.
  • Obrigações Cobertas: Este tipo de instrumento também envolve o financiamento de um grupo de projetos verdes, conhecido como “pool coberto”. Neste caso, os investidores recorrem ao emitente, mas se o emitente não conseguir efetuar o pagamento da dívida, os detentores de obrigações recorrem à carteira coberta.
  • Empréstimos: O financiamento para projetos verdes pode ser garantido (apoiado por garantias) ou não garantido. No caso de empréstimos sem garantia, os credores têm acesso total aos ativos do mutuário. Para empréstimos garantidos, os credores recorrem à garantia – e, em alguns casos, recorrem parcialmente ao mutuário.

Como comprar títulos verdes

Os investimentos em obrigações verdes provêm frequentemente de investidores institucionais — entidades como fundos mútuos, fundos de cobertura e fundos patrimoniais que podem investir grandes somas em instrumentos de dívida. No entanto, para os investidores de retalho que pretendem alinhar as suas carteiras de rendimento fixo com as suas sensibilidades e valores ambientais, existem numerosos fundos mútuos e ETFs que oferecem exposição ao espaço das obrigações verdes.

Um exemplo é o ETF iShares USD Green Bond ( BGRN ), que busca replicar o desempenho de um índice composto por títulos com grau de investimento usados ​​para financiar projetos ambientais. Embora o ETF se concentre exclusivamente na dívida denominada em dólares americanos, inclui obrigações de emitentes não norte-americanos, bem como mutuários sediados nos EUA.

Embora ETFs como o BRGN estejam prontamente disponíveis para compra por meio de uma conta de corretagem ou plataforma de corretagem on-line, os investidores de varejo que desejam comprar títulos verdes individuais podem enfrentar mais algumas complexidades. Seu corretor pode permitir que você invista em títulos individuais, mas ao comprar títulos verdes de emissores corporativos, você poderá estar sujeito a depósitos mínimos, taxas de manutenção e comissões. Os títulos verdes emitidos pelo governo também podem estar disponíveis para compra através do seu corretor ou diretamente da entidade governamental.


Como funciona um título verde?

Os títulos verdes funcionam como qualquer outro título corporativo ou governamental. Os mutuários emitem estes títulos para garantir financiamento para projetos que terão um impacto ambiental positivo, como a restauração de ecossistemas ou a redução da poluição. Os investidores que compram esses títulos podem esperar obter lucro à medida que o título vence. Além disso, muitas vezes existem benefícios fiscais para investir em títulos verdes.


Qual é o tamanho do mercado de títulos verdes?

De acordo com a Climate Bonds Initiative, a emissão de títulos verdes atingiu 269,5 mil milhões de dólares em 2020. Os Estados Unidos foram o maior interveniente, com 50 mil milhões de dólares em novas emissões. A mesma análise concluiu que a emissão cumulativa de obrigações verdes atingiu mais de 1 bilião de dólares.


Qual a diferença entre os títulos verdes e os títulos azuis?

Os títulos azuis são títulos de sustentabilidade para financiar projetos que protegem o oceano e os ecossistemas relacionados. Isto pode incluir projetos para apoiar a pesca sustentável, a proteção dos recifes de coral e de outros ecossistemas frágeis ou a redução da poluição e da acidificação. Todos os títulos azuis são títulos verdes, mas nem todos os títulos verdes são títulos azuis.


Qual a diferença entre os títulos verdes e os títulos climáticos?

“Obrigações verdes” e “obrigações climáticas” são por vezes utilizadas de forma intercambiável, mas algumas autoridades utilizam o último termo especificamente para projetos centrados na redução das emissões de carbono ou na redução dos efeitos das alterações climáticas. A Climate Bonds Initiative é uma organização que busca estabelecer um padrão para a certificação de títulos climáticos.


Como posso saber se um título verde é realmente verde?

Apesar de esforços como os da Climate Bonds Initiative, não existe uma norma universalmente reconhecida para determinar a compatibilidade ambiental de uma obrigação. Em alguns casos, os instrumentos de dívida podem ser comercializados aos investidores como “verdes”, mesmo que o seu impacto ambiental positivo seja, na melhor das hipóteses, duvidoso. Tais exemplos de greenwashing – fazendo afirmações ambientais exageradas ou enganosas – realçam a necessidade de os investidores realizarem a devida diligência relativamente a potenciais compras de títulos verdes. Além da Climate Bonds Initiative, outras empresas fornecem avaliações das reivindicações ambientais dos emitentes de obrigações, incluindo a Bloomberg LP, agências de classificação como a Moody's e outras empresas especializadas.


O resultado final

Os títulos verdes são títulos de dívida designados para financiar projetos ecológicos. As obrigações verdes podem oferecer vantagens fiscais, proporcionando incentivos ao investimento em projetos sustentáveis ​​que não se aplicam a outros tipos de obrigações comparáveis. Os investidores que procuram ativos alinhados com os seus valores ambientais devem certificar-se de que verificam as reivindicações de sustentabilidade feitas pelos emitentes de obrigações.



31 de jul. de 2022

Investindo em Tecnologia Verde

O que é investimento em tecnologia verde?

A tecnologia verde é um grupo de tecnologias que buscam reduzir ou eliminar os impactos negativos da atividade humana no ambiente natural. Isto pode incluir qualquer coisa, desde a exploração de novas fontes de energia limpas e renováveis ​​até ao pioneirismo em materiais novos e limpos e à descoberta de formas de reciclar resíduos e materiais usados.


Há muitas maneiras de investir em tecnologia verde, desde a instalação de turbinas eólicas e painéis solares até o apoio à pesquisa de veículos elétricos. Tanto os intervenientes privados como governamentais podem contribuir para a tecnologia verde. Os governos investem em tecnologia verde, concedendo subsídios ou créditos fiscais a empresas de tecnologia verde, enquanto os particulares podem apoiá-los financiando empresas de tecnologia verde.


PRINCIPAIS CONCLUSÕES
  • A tecnologia verde procura reduzir ou eliminar os efeitos ambientais nocivos da atividade humana no ambiente natural.
  • A tecnologia verde abrange uma ampla gama de inovações, desde energia renovável até agricultura, materiais e química sustentáveis.
  • Tanto os governos como os intervenientes privados estão a investir em tecnologia verde de diferentes formas.
  • Em todo o mundo, os investimentos em tecnologia verde atingiram 755 mil milhões de dólares em 2021, um aumento acentuado em relação ao ano anterior.
  • Os veículos eléctricos e as soluções energéticas foram os maiores sectores de investimento em tecnologia verde.

Compreendendo o investimento em tecnologia verde

Como não existe uma definição universal do que torna uma tecnologia “verde”, as estimativas dos investimentos em tecnologias verdes variam amplamente. As tecnologias de energia renovável, como a solar, a eólica e a hidroelétrica, são amplamente consideradas “verdes”, embora cada uma delas tenha consequências ambientais diferentes. É menos claro se a energia nuclear ou motores de combustão mais eficientes podem ser considerados “tecnologia verde”, mesmo que reduzam as emissões de carbono.

Por qualquer definição, o investimento em tecnologia verde ou “tecnologia climática” aumenta todos os anos. O investimento total em tecnologias de baixo carbono atingiu 755 mil milhões de dólares em 2021, de acordo com uma pesquisa da BloombergNEF. Isto representa um aumento de 25% em relação ao ano anterior, mas ainda é apenas cerca de um terço do que é necessário para eliminar as emissões líquidas de carbono até 2050.

Aqui estão algumas das outras maneiras pelas quais as empresas e os países estão investindo em tecnologia verde.


Indústrias de Tecnologia Verde

Em 2021, as energias renováveis ​​representaram a maior parte dos novos investimentos, com um total de 368 mil milhões de dólares em todo o mundo. Esta categoria, incluindo eólica, solar e outras fontes de energia renováveis, viu o investimento crescer 6,5% em relação ao ano anterior.

O investimento em transportes ecológicos também aumentou, atingindo 273 mil milhões de dólares, ou 77% mais do que o investido no ano anterior. Isto deveu-se em grande parte ao aumento das vendas de veículos eléctricos, juntamente com a infra-estrutura associada para carregamento e manutenção. Observe que os veículos elétricos representam apenas menos de 10% de todos os carros em circulação. Isto dá um sinal sobre a oportunidade potencial neste mercado e a energia necessária para o alimentar.

Estas indústrias foram os maiores beneficiários de investimento em 2021. Houve também ganhos significativos no investimento em materiais sustentáveis, captura de carbono e armazenamento de energia, embora estes números tenham sido ofuscados pelo investimento em energia e transportes.


Países que investem em tecnologia verde

Após a conferência COP26 em Glasgow, muitas nações industrializadas estabeleceram metas para reduzir ou eliminar as emissões de carbono até 2050. Para atingir esse objectivo, o investimento em tecnologia verde está a aumentar em todo o mundo, tanto por parte de governos como de investidores privados.

A região Ásia-Pacífico registou a maior quantidade de investimento em tecnologia verde em 2021, bem como o maior crescimento. Mais de 368 mil milhões de dólares foram investidos nas indústrias de tecnologia verde da Ásia-Pacífico, um aumento de 38% em relação a 2020. A China foi de longe a maior fonte de investimento, representando mais de dois terços do total da região.

Outras regiões registaram taxas comparativamente mais baixas de crescimento do investimento. O investimento na região do Médio Oriente/Norte de África cresceu 16% e nas Américas atingiu 21%.

Os investimentos empresariais em empresas de tecnologia climática também aumentaram, atingindo 165 mil milhões de dólares em 2021. Dois terços deste valor vieram de mercados públicos, como IPOs, SPACs ou outras ofertas. Os capitalistas de risco e os investidores de capital privado contribuíram apenas com 53 mil milhões de dólares, mas tenderam a concentrar-se em sectores mais nascentes.

US$ 111 BILHÕES
A quantidade de dinheiro arrecadada por empresas de tecnologia climática através dos mercados públicos em 2021.


Tipos de investimentos em tecnologia verde

Os investidores que estão a considerar mergulhar na tecnologia verde fariam bem em dedicar algum tempo para compreender um pouco do contexto por detrás deste setor, incluindo os objetivos que servem de base para este campo em rápido crescimento. Esses objetivos incluem:
  • Redução na Fonte: Este é o objetivo de reduzir a poluição e o desperdício através da mudança dos padrões de produção e consumo.
  • Sustentabilidade: Este é um esforço para atender às necessidades da sociedade com métodos que podem continuar a ser usados ​​no futuro indefinidamente, sem esgotar ou danificar os recursos naturais.
  • Inovação: O foco está no desenvolvimento de alternativas para tipos de tecnologia prejudiciais ao meio ambiente.
  • Design do berço ao berço: envolve a criação de produtos que podem ser reutilizados ou recuperados, encerrando assim o ciclo do berço ao túmulo dos produtos manufaturados.
  • Viabilidade: O objetivo é criar um centro de atividade económica que se concentre em produtos e tecnologias benéficas para o ambiente, aumentando assim a velocidade a que tais conceitos de tecnologia e produtos podem ser implementados.

Os investidores descobrirão que existem numerosos subsetores da tecnologia verde que atualmente oferecem excelentes oportunidades de investimento. Eles incluem:
  • Energia: Sendo a energia frequentemente considerada a questão mais premente no sector da tecnologia verde, o sector da energia verde centra-se no desenvolvimento de combustíveis alternativos.
  • Nanotecnologia Verde: Inclui a manipulação de vários materiais em nível nanométrico, o que pode transformar a forma como os produtos são fabricados.
  • Química Verde: Abrange a invenção, o desenvolvimento e a aplicação de processos e produtos químicos projetados para eliminar ou reduzir a geração e o uso de substâncias perigosas.

Considerações Especiais

Os investidores em tecnologia verde devem concentrar-se em encontrar não apenas as oportunidades mais lucrativas, mas também aquelas que se alinham com os seus próprios interesses pessoais e ambientais. Novos IPOs também podem superar as perspectivas, à medida que muitas empresas privadas menores e bem-sucedidas crescem e são listadas em bolsas.

Existem também riscos associados ao investimento em qualquer nova tecnologia, bem como em empresas desconhecidas e emergentes. A diversificação é vital para qualquer estratégia de investimento bem-sucedida . Investir em diferentes setores verdes pode ajudá-lo a diversificar o seu portfólio e ao mesmo tempo proteger os seus fundos. Os fundos negociados em bolsa (ETFs) e os fundos mútuos também podem ser bons investimentos, deixando a seleção ativa de ações para os profissionais.

Tenha em mente que pode ser fácil cair na armadilha conhecida como greenwashing, onde uma empresa ou serviço afirma ser verde, mas na verdade não é. Reserve um tempo para fazer sua pesquisa e compreender a base da tecnologia que está sendo desenvolvida antes de decidir se deseja apoiar financeiramente uma determinada empresa. A melhor maneira de determinar se as práticas ambientais e a tecnologia por trás de uma empresa são sólidas ou simplesmente uma lavagem verde é fazer perguntas.


Quais são os benefícios da tecnologia verde?

A tecnologia verde pode ser usada para reduzir a poluição e os resíduos dos processos industriais tradicionais. Além de reduzir os efeitos negativos sobre o ambiente natural, estas tecnologias também podem utilizar os recursos de forma mais eficiente. Por exemplo, as iniciativas de agricultura sustentável podem prevenir os danos ao solo associados à monocultura agrícola, e os materiais de construção sustentáveis ​​têm menos probabilidade de se esgotarem.


Como a tecnologia verde pode melhorar a economia?

A inovação em tecnologias verdes pode melhorar a saúde humana e aumentar a esperança de vida, resultando num aumento líquido da produtividade económica. Por exemplo, pesquisas recentes concluíram que a poluição por combustíveis fósseis é responsável por cerca de uma em cada cinco mortes em todo o mundo, devido aos perigos associados à sua extração e à poluição atmosférica.4A substituição dos combustíveis fósseis por energias renováveis ​​reduziria os encargos sobre a força de trabalho e os sectores da saúde, para não mencionar os benefícios da redução das alterações climáticas globais.


Quanto os EUA investem em tecnologia verde?

De acordo com uma pesquisa da BloombergNEF, os Estados Unidos ficaram em segundo lugar no mundo em investimentos em tecnologia verde, com 114 mil milhões de dólares investidos em 2021. Esta soma inclui investimentos do sector público e privado.1

O resultado final

Os investidores que procuram investimentos ambientalmente responsáveis ​​e financeiramente sólidos encontrarão oportunidades abundantes. O desafio de investir em tecnologia verde é muitas vezes duplo; o objetivo é aumentar a riqueza pessoal e tornar o mundo um lugar melhor através de investimentos socialmente responsáveis.

É certo que esta pode ser uma tarefa um tanto assustadora, mas reservar um tempo para pesquisar pode ajudar a encontrar oportunidades para proteger seu portfólio e também o meio ambiente. Lembre-se de considerar o nível de investimento que melhor se alinha ao seu nível de compromisso financeiro, tolerância ao risco e objetivos, ao mesmo tempo que apoia objetivos ambientais e práticas sustentáveis ​​através dos mais recentes avanços tecnológicos.

Por
BRETT RELANDER
Revisados ​​pela
MICHAEL J. BOYLE