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7 de nov. de 2023

Apesar do arrefecimento da inflação, autoridades do Fed se dividem quanto à necessidade de mais aumentos nas taxas

Michelle Bowman, governadora do Federal Reserve dos EUA, fala durante um evento Fed Listens em Washington, DC, EUA, na sexta-feira, 23 de setembro de 2022.Al Drago/Bloomberg/Getty

Numa série de entrevistas e discursos, os responsáveis ​​da Reserva Federal apresentaram diferentes opiniões sobre se as taxas tinham sido suficientemente elevadas.
O presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, disse que a economia estava fazendo progressos suficientes em relação à inflação, enquanto a governadora do Fed, Michelle Bowman, disse acreditar que aumentos adicionais nas taxas podem ser necessários para reduzir ainda mais a inflação.
O presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, disse que a luta do Federal Reserve contra a inflação “ainda não estava terminada”, enquanto o governador do Fed, Christopher J. Waller, observou que o mercado de trabalho estava “se acalmando”.

A campanha de subida das taxas de juro por parte da Reserva Federal teve sucesso na redução da inflação, concordaram vários responsáveis ​​da Fed na terça-feira, mas estes oradores começaram a divergir sobre se as taxas tinham atingido o seu pico.

Enquanto o presidente do Federal Reserve de Chicago, Austan Goolsbee, indicava que os aumentos das taxas do Fed até agora colocaram a economia no que talvez seja um “caminho dourado” para reduzir a inflação de volta à sua meta de 2%, a governadora do Fed, Michelle W. Bowman, disse que não acreditava as taxas atingiram seu pico.

Numa entrevista à CNBC, Goolsbee disse que não iria prever a ação do Fed porque a inflação arrefeceu significativamente. Na verdade, Goolsbee disse que a inflação poderia estar no mesmo caminho que estava em 1982, quando os preços dos bens e serviços caíram cerca de 4%, devido a aumentos agressivos das taxas de juro, semelhantes às ações do Fed no ano passado.

“Podemos igualar a queda mais rápida da inflação no século passado. Portanto, estamos fazendo progressos na taxa de inflação”, disse ele.

Enquanto a inflação estiver caindo, as autoridades do Fed provavelmente estarão debatendo por quanto tempo deixarão as taxas onde estão, e não se deverão aumentá-las novamente, disse ele.

Mas embora a luta contra a inflação em 1982 tenha produzido uma recessão, Goolsbee disse que existe um “caminho dourado” onde as subidas das taxas do Fed podem reduzir a inflação para o objetivo de 2%, ao mesmo tempo que mantêm o desemprego sob controlo, proporcionando a chamada “aterragem suave que evita uma recessão.

Os comentários dos responsáveis ​​da Reserva Federal surgem depois de o Comité Federal de Mercado Aberto ter votado na semana passada para manter a taxa dos fundos federais no seu nível atual de 5,25% a 5,5% .


Kashkari e Bowman sugerem que mais caminhadas podem ser necessárias

Numa aparição na Bloomberg TV, o presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, disse que embora a inflação tenha diminuído, a força da economia e do mercado de trabalho mostraram que ainda era muito cedo para reduzir as taxas.

“Quando a atividade continua tão intensa, isso me faz questionar: a política é tão rígida quanto presumimos que seja?” Kashkari disse. “Ainda não terminamos, o que significa que a inflação não voltou à nossa meta e, se precisarmos fazer mais, faremos.”

Os seus comentários refletiram os sentimentos de Bowman, que disse num evento da Ohio Bankers League que os dados recentes sobre a inflação têm sido “desiguais” e que havia demasiada incerteza sobre a economia para pensar que a luta contra a inflação terminou.

“Continuo esperando que precisaremos aumentar ainda mais a taxa de fundos federais para reduzir a inflação para nossa meta de 2% em tempo hábil”, disse Bowman.

E embora o governador do Fed, Christopher J. Waller, não tenha se concentrado na política monetária federal durante os comentários no Federal Reserve Bank de St. Louis, ele disse que o mercado de trabalho estava “se acalmando”, um sinal de que a inflação pode estar sob controle também.


MERCADO FINANCEIRO E CONFIABILIDADE DIGITAL

Sem se diferenciar dos demais setores mercadológicos, o “Mercado Financeiro”, de modo global sentiu-se obrigado a evoluir em meio as novas regras, “impostas”, por fatores externos que acometeram o mundo. Face ao estado pandêmico enfrentado, em principal no ano de 2020 até meados de 2022, quando foi possível ver a diminuição da curva, estabeleceram restrições de convivo severas, “obrigando” por assim dizer, novas dinâmicas para a continuidade da “roda da fortuna”.


Ora veja, o mercado financeiro, ainda que tenha sofrido variações de modernização ao longo dos anos, sempre se orgulhou por seu sistema ortodoxo de atuação. Gigantes do mercado, sempre mantiveram a tradicionalidade operacional, ditando regras tácitas para a funcionalidade do sistema, adequando o mercado a um “modus operandi” que dificilmente, sofria variações e/ou proporcionava qualquer alternativa diferenciada para um mesmo serviço. Porem, e toda revolução ou modernização sempre se inicia por um “porem”, o mundo ortodoxo passou a se tornar obsoleto em resposta a uma nova dinâmica social, imposta por uma epidemia que mudaria todos os conceitos de convívio social.

Ficava então, no começo de 2020, uma grande incerteza sobre como e por quanto tempo funcionariam os protocolos de distanciamento social, a princípio, esperava-se uma solução ágil que pudesse reacender o mercado, um pequeno “hiato” na normalidade, suposição que logo se mostrou errônea e o mundo passava por um pânico generalizado (ainda existente, em menores proporções), e o congelamento das atividades passou a se tronar perigoso ameaçando o mercado que nunca dorme. O sistema ortodoxo passou a se tornar cada vez menos “possível” uma vez que suas ferramentas não se tornavam capazes de suprir as necessidades do novo “novo”, deixando assim seus serviços morosos, ainda mais difíceis e totalmente contraproducentes.

Os olhares então se voltaram para o meio digital, aquele que sempre oferecia novas alternativas, mais modernas e menos burocráticas ao sistema, mas que por se tratar de uma “novidade”, extremamente “heterodoxa”, sempre fora repelida pelo sistema jurássico (e aqui cabe todo o respeito da palavra, uma vez que ainda que não siga os padrões de modernização, fora capaz de manter-se equilibrado e funcional ao longo dos anos). Instituições outrora gigantes perante ao mercado que dominavam, passaram a ter concorrência direta, de sistemas muito menos onerosos, mais velozes eficientes e de surpreendente dinâmica.

Palavras como Digital Banking, Fintechs, Criptocoins, ICO’s e Blockchain, dominaram o mercado com a mesma velocidade que prometem. Velhos paradigmas passaram a ser quebrados, quando grandes instituições diminuíram seus custos operacionais entendo que ferramentas digitais poderiam suprir com maior eficácia suas necessidades, desmontando os velhos conceitos do ambiente físico como sinal de “poder” ou “funcionalidade”. Programas como Zoom e Google Meet, se tornaram as novas salas de reunião corporativa, home office a nova extensão da empresa e as mentes por trás da era digital os proporcionadores de um novo “gás” para a roda da fortuna não parar.

As dinâmicas vêm ganhando mais força a cada dia, e aqueles que passaram a se adequar ao “novo” mercado, tem visto em novas alternativas um sistema mais eficaz e eficiente de movimentar o mercado financeiro como um todo.

Essas novas alternativas nós proporcionaremos a você, na Alternative, com novos conceitos, unificando o conhecimento de mercado com a tecnologia. O ano de 2022 se mostra revolucionário para o mundo, com a premissa de que a era digital poderá mudar todos os conceitos passados, estabelecendo uma estrutura que promete ampliar o mercado de forma histórica, podendo ser o salvo refugio a uma economia que sofreu grandes perdas nos anos que se antecederam.

Convido você a não ficar fora dessa nova estrutura, e ainda mais, convido você a andar conosco nessa jornada que promete ser incrível.

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1 de nov. de 2023

Programa ‘Desenrola’ da Educação realiza refinanciamento do Fies com descontos em juros e multas

Renegociação é destinada a contratos fechados até o fim de 2017 com débitos vencidos e não pagos até 30 de junho de 2023.



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou nesta quarta-feira (1º) o refinanciamento de dívidas de estudantes com o Fundo de Financiamento Estudantil (FIES).

Segundo publicação do presidente na rede social X, antigo Twitter, a renegociação é destinada a contratos fechados até o fim de 2017 com débitos vencidos e não pagos até 30 de junho de 2023. “Na verdade é quase que um Desenrola para as pessoas que estavam fazendo o Fies”, disse Lula em vídeo publicado em seu perfil no X.

“No fundo, no fundo, eu posso dizer para as pessoas que estão nos ouvindo o seguinte: ô cara, se você está devendo ao Fies, está inadimplente, não se desespere. A partir de segunda-feira — não, a partir de agora, você pode procurar a Caixa, pode procurar o MEC, e você vai cuidar de saldar as suas dívidas com muito desconto para que você volte a estudar”, acrescentou.


1,2 milhão de inadimplentes

O ministro da Educação, Camilo Santana, explicou no vídeo com Lula que cerca de 1,2 milhão de pessoas estão inadimplentes, o que totaliza 54 bilhões de reais. “Inclusive, presidente, o aluno que ainda esteja no curso ou que já se formou e está devendo poderá ter desconto de 100% dos juros e multas que estão devendo”, disse o ministro.

Santana adiantou ainda que o ministério estuda mudanças no financiamento estudantil para reforçar seu caráter social.

Congresso analisa projeto de lei que reformula DPVAT

O governo federal encaminhou à Câmara dos Deputados, na terça-feira (31), em regime de urgência, o Projeto de Lei Complementar (PLP) 233/23 que reformula o seguro obrigatório de proteção às vítimas de acidentes de trânsito no Brasil. A medida busca criar um fundo mutualista privado cuja administração se manteria sob a gestão da Caixa, que opera o modelo transitório do seguro DPVAT nos últimos 3 anos.


Atualmente, o seguro obrigatório de acidentes de trânsito é regido pela Lei n.º 6.194, de 1974, e, desde janeiro de 2021 é operado por meio de modelo emergencial e transitório pela Caixa Econômica Federal, após a dissolução do consórcio que funcionava em sua gestão desde 2008.

O projeto propõe a criação de um novo arcabouço para o seguro obrigatório. Com a medida, o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) será o órgão de governança do fundo mutualista e a fiscalização das operações será realizada pela Susep (Superintendência de Seguros Privados). O texto propõe pagamentos anuais e diretos e descarta a necessidade de bilhetes ou apólices.

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Além disso, a proposta mantém a cobertura universal característica do DPVAT, incluindo acidentes causados por veículos não identificados ou inadimplentes. A urgência na tramitação do projeto é justificada pela inexistência de cobertura para sinistros (eventos ou situações cobertas que motivam o uso do seguro) ocorridos após 31 de dezembro de 2023. Fontes do mercado estimam que os atuais recursos para custear as indenizações durem somente até abril ou maio de 2024.

“O Projeto tem como objetivo assegurar a continuidade da política social por meio de um modelo perene e sustentável”, informa o comunicado divulgado no site do Ministério da Fazenda.

Vale lembrar que, em março deste ano, em evento do mercado segurador, o secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Barbosa Pinto, ressaltou o objetivo de se construir, ainda em 2023, a “nova arquitetura” do seguro DPVAT, que até então operava com estrutura temporária na Caixa.

Em abril, entrou em vigor a Lei 14.544/23, proveniente da Medida Provisória 1149/22, que atribuiu à Caixa a administração desses recursos de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2023. No mesmo mês, o Ministério da Fazenda criou Grupo de Trabalho para definir os novos rumos desse arcabouço legal, tendo recebido diversas propostas. Entre elas, a da CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras) sugeria livre concorrência e subsídio para motos – dois pontos que não constam no projeto de lei enviado ao Congresso.


Taxa Selic: O que é, para que serve e como influencia seus investimentos

Entenda como a taxa básica de juros da economia se movimenta e que impactos causa na economia brasileira.


“Selic” talvez seja a palavra mais repetida quando começam as discussões sobre economia, finanças ou investimentos. Tudo parece, em algum grau, estar relacionado com ela. Na verdade, é isso mesmo. A taxa Selic é tão importante no funcionamento do mercado que merece ser estudada e compreendida nos seus detalhes por quem está interessado em investir.

Para tirar todas as dúvidas sobre o que é a Selic, para que ela serve e como influencia os investimentos, InfoMoney preparou este guia completo. Com ele, vai ficar mais fácil entender o impacto que os movimentos dessa taxa provocam na economia brasileira – e também no seu bolso.


O que é taxa Selic

A taxa Selic representa os juros básicos da economia brasileira. Os movimentos da Selic influenciam todas as taxas de juros praticadas no país – sejam as que um banco cobra ao conceder um empréstimo, sejam as que um investidor recebe ao realizar uma aplicação financeira.

A Selic tem esse nome por conta do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia, um sistema administrado pelo Banco Central em que são negociados títulos públicos federais. A taxa média registrada nas operações feitas diariamente nesse sistema equivale à taxa Selic.

Mas de que tipo de operações estamos falando? São empréstimos de curtíssimo prazo – com vencimento em apenas um dia – realizados entre as instituições financeiras, que têm títulos públicos federais dados como garantia.

A taxa média desses negócios, apurada todos os dias, é chamada de Selic “efetiva”. O nome diz tudo: é o percentual de juros que efetivamente está sendo praticado nesse mercado. Mas existe ainda a Selic “meta” – e é provavelmente sobre essa que você costuma ouvir falar com mais frequência no seu dia a dia.


Para que serve e como impacta a economia

A Selic é um dos elementos centrais da estratégia de política monetária no Brasil, que está baseada em um sistema de metas de inflação. Criado em 1999, ele estabelece o compromisso do país em adotar medidas para manter a inflação dentro de uma faixa fixada periodicamente pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), composto pelos ministros e o presidente do Banco Central. O objetivo é assegurar a estabilidade da economia e evitar descontroles de preço como os que o país já viveu em décadas passadas, que causam a perda do poder de compra da moeda.

A meta de inflação no Brasil começou em 8%, com um limite de variação de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Caiu ao longo do tempo e permaneceu em 4,5% ao ano por quase 15 anos. Em 2020, a meta era 4% ao ano, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Significa que a meta é considerada cumprida se a inflação acumulada no ano ficar na faixa de 2,5% a 5,5%.

O que o governo faz para tentar manter a inflação nesse patamar? A principal estratégia de política monetária é influenciar a quantidade de dinheiro que circula na economia. Não é difícil entender a lógica: quanto mais recursos estiverem disponíveis, maior a tendência das pessoas consumirem. E quando elas aumentam a demanda por produtos e serviços, é natural que os preços subam. O contrário também é verdadeiro.

É aí que entra a Selic. Ela é a principal ferramenta que o Banco Central para controlar o volume de recursos em circulação. Por isso, quando a economia está aquecida e os preços começam a subir a ponto de minar a meta de inflação, a Selic é elevada. Com juros mais altos, fica mais caro tomar crédito – e não só para os consumidores, como também para as empresas e o próprio governo. Isso desestimula o consumo e ajuda a controlar os preços.

A medida oposta é tomada em períodos em que a inflação está controlada ou abaixo da meta. Quando há espaço, a Selic diminui, o que estimula o consumo e ajuda a aquecer a economia.


Assim, resumindo os principais efeitos da Selic no dia a dia dos brasileiros, temos:

Impacto no crédito

A taxa Selic é uma referência para o custo das linhas de crédito em geral. Quando ela é elevada, a tendência é de que empréstimos e financiamentos fiquem mais caros – ou seja, que bancos e outras instituições financeiras cobrem juros mais altos nessas operações. Já quando a Selic diminui, acontece o movimento contrário: os juros do crédito ficam mais baratos.

Impacto no consumo

Crédito e consumo andam lado a lado. Quando os empréstimos e financiamentos ficam mais caros, naturalmente o nível de consumo tende a diminuir, já que o custo dos produtos e serviços aumenta também. Por isso, a tendência é de que uma elevação da Selic cause uma redução das compras. Na situação oposta – quando a Selic cai – o consumo costuma aumentar.

Impacto nos investimentos

De modo geral, uma elevação da Selic beneficia os investimentos de renda fixa, que oferecem uma remuneração baseada em juros. É o caso dos títulos públicos do governo federal, dos tradicionais CDBs emitidos pelos bancos, das letras de crédito, das debêntures, entre outras opções. Todos esses papéis tendem a ter uma rentabilidade maior em tempos de Selic em alta. Do mesmo jeito, quando a taxa é reduzida, o mesmo acontece com o retorno deles.


Quando e como é definida a Selic

A taxa Selic “meta” é definida e anunciada pelo Comitê de Política Econômica (Copom), um órgão do Banco Central formado pelo seu presidente e por alguns diretores. Ela representa o alvo perseguido pela instituição para a Selic “efetiva”. Isso significa que o BC pode usar suas ferramentas – que basicamente são as negociações de títulos públicos – para conduzir a taxa efetiva o mais perto possível da taxa meta.

O Copom se reúne a cada 45 dias para decidir que Selic “meta” vai vigorar no próximo mês e meio. As reuniões seguem um calendário definido no ano anterior e, em geral, duram dois dias. Normalmente, segundo o Banco Central, em cada um desses encontros os participantes assistem a apresentações técnicas, discutem sobre as perspectivas para a economia brasileira e também global, avaliam as condições de liquidez e ainda, o comportamento dos mercados.

Os membros do Copom votam sobre os rumos da Selic “meta” somente depois de receber e analisar todas essas informações, além de considerar os principais riscos e potencialidades do cenário macroeconômico à frente. A decisão do Copom é divulgada no mesmo dia, por meio de um comunicado distribuído pela internet. O que é IPCA e como funciona o principal índice brasileiro de inflação.


O que é a Ata do Copom e porque é importante

Embora o público saiba de imediato qual foi a decisão do Copom sobre os rumos da Selic sempre que uma reunião acontece, o detalhamento das razões só é conhecido mais tarde. Mais precisamente, seis dias úteis depois, quando é publicada a ata da reunião. Tradicionalmente, o Copom se reúne entre terça e quarta-feira de uma semana, e o documento final sai na terça-feira da semana seguinte.

Mas por que a ata do Copom é tratada com tanta seriedade? Porque ela é um importante canal de comunicação do Banco Central com a sociedade – especialmente com o mercado e os agentes econômicos. Quanto mais transparente o órgão consegue ser, mais alinhadas estarão as expectativas do público quanto às suas decisões.

A confiança que a comunicação clara e constante gera na sociedade é importante para o funcionamento do sistema de metas de inflação. Se um comerciante confia que a inflação e a Selic permanecerão no patamar estabelecido pelo governo, ele se sentirá mais confortável para tomar suas próprias decisões.

Pode pegar um empréstimo para investir na melhoria do seu estabelecimento sem medo de que os juros aumentem no mês seguinte. Também pode ficar tranquilo para comprar (ou não) estoques, porque consegue estimar o nível de demanda que terá dali para frente. O que importa para os agentes econômicos é não serem pegos de surpresa pela condução da política monetária.

Por isso, na ata, o Copom explica e contextualiza a decisão que foi tomada sobre Selic. Normalmente, ela apresenta uma análise da evolução recente e também as perspectivas para a economia brasileira. São consideradas ainda as perspectivas para a economia global. Enquanto o comunicado sobre os resultados da reunião costuma ser um texto curto, de um ou dois parágrafos, a ata é um documento mais robusto – em geral, com duas ou três páginas de detalhamentos.

Com esse mesmo objetivo, o Banco Central publica ainda outros documentos periódicos que orientam o mercado sobre suas expectativas e decisões futuras. Um deles é o Relatório de Inflação, um extenso documento em que apresenta suas projeções para a inflação diante do cenário atual e também considerando eventuais mudanças de perspectivas.


O que faz a Selic subir e cair

Na prática, depois de estabelecer uma meta para a Selic, o Banco Central precisa agir para que a taxa efetiva se mantenha naquele patamar. Não basta o anúncio – por si só, ele não garante que os juros permaneçam no nível esperado.

A atuação do Banco Central acontece no que se chama de “mercado aberto”. Basicamente, o que ele faz é comprar e vender títulos públicos federais, todos os dias, aumentando ou diminuindo a oferta deles, de modo que a manter os juros próximos do valor definido pelo Copom.

Suponha que em uma determinada reunião foi decidido que a Selic deve aumentar. Para conduzir esse movimento de alta dos juros, o Banco Central procura vender mais títulos públicos às instituições financeiras. Para que sejam atraentes, eles precisam ser negociados a um preço mais baixo, o que implica em oferecer uma remuneração maior. Isso repercute nas taxas de juros praticadas pelas próprias instituições financeiras, pois só será interessante para elas realizar outras operações de crédito – em vez de manter o dinheiro aplicado nos títulos públicos vendidos pelo Banco Central – se as taxas também forem maiores.

Para pressionar a Selic para baixo, o Banco Central faz o contrário. Em vez de vender, ele procura comprar títulos públicos que as instituições financeiras já tenham na sua carteira. Para que, de fato, os bancos tenham interesse em vender seus papéis de volta para o Banco Central, é preciso que sejam negociados a um preço mais alto, o que tende a “empurrar” a remuneração geral dos títulos públicos para baixo.


Como investir com a Selic baixa e alta

Como já dissemos, os movimentos da Selic têm impacto sobre a remuneração que os investidores encontram nas aplicações financeiras de modo geral.

Em alguns casos, o impacto é imediato. É o caso dos investimentos de renda fixa. Esses papéis, na prática, representam títulos de crédito. Assim, quando você compra um CDB de um banco, na verdade “empresta” dinheiro a ele, por um determinado prazo, em troca de uma remuneração – ou seja, juros.

A taxa oferecida nesse caso, e em todas as outras aplicações do tipo, sofre a influência do aumento ou da redução da Selic, que é referência para o sistema financeiro como um todo.

Ainda mais direto é o impacto nos títulos públicos negociados no Tesouro Direto. A remuneração do título Tesouro Selic, por exemplo, é a própria taxa Selic (em algumas épocas com um pequeno deságio, em outras com algum adicional). Se os juros básicos sobem ou descem, a rentabilidade desses papéis reflete o movimento na hora.

Por isso, de maneira geral, períodos em que a Selic está em alta costumam ser mais favoráveis para os investimentos de renda fixa do que as épocas em que a taxa está em queda. Como no país os juros foram muito altos durante vários anos, os brasileiros se habituaram a ter bons retornos com esse tipo de papel.

Dizemos que a Selic alta “costuma” ser favorável à renda fixa por uma razão. Se os juros estiverem altos, mas a inflação também, a chamada rentabilidade real será pequena. Ela representa o retorno obtido com uma aplicação, descontada a inflação. É, na prática, quanto o investidor ganha de fato. Se, em dado momento, a Selic estiver em – digamos – 8% ao ano e a inflação a 5%, a rentabilidade real será de aproximadamente 3%. Mas se os juros caírem para 5% anuais e a inflação, para 1%, o investidor terá um retorno real maior: de 4%.

Já quando observamos outros tipos de investimentos, como os de renda variável, a análise é diferente. Ativos como as ações negociadas na bolsa de valores sofrem um impacto indireto dos movimentos da Selic. E isso por algumas razões:Uma Selic mais baixa costuma impulsionar o consumo. Se as pessoas consomem mais, as empresas tendem a vender mais os seus produtos. Com resultados melhores, as ações dessas companhias tendem a distribuir mais dividendos e também a se valorizar. Já quando a Selic aumenta, a atividade econômica em geral acaba arrefecendo, assim como os resultados das empresas.Ao mesmo tempo em que estimula o consumo, a Selic baixa também reduz o custo do crédito para as empresas. Isso facilita investimentos, por exemplo, na expansão das instalações ou outros projetos que as permitam crescer. Empresas que crescem tendem a apresentar melhores resultados, o que, novamente, beneficia suas ações. Se, por outro lado, a Selic aumenta, todo esse movimento fica prejudicado.

Resumindo: em linhas gerais, em períodos de Selic elevada os investimentos de renda fixa podem se tornar opções mais atraentes, enquanto em épocas de juros baixos a renda variável tende a oferecer melhores retornos.


Qual é a relação entre CDI e Selic

Quem já é um investidor está habituado a ouvir falar da Selic e também da taxa do CDI com frequência. Ambas são importantes referências para a rentabilidade das aplicações financeiras. Normalmente, elas caminham muito próximas: a diferença porcentual entre as duas costuma ser muito pequena. Mas em que elas são distintas?

Como explicamos no início deste guia, a Selic representa a taxa média dos empréstimos feito entre bancos tendo títulos públicos federais como garantia, e registrados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia. Todo esse mecanismo tem como objetivo conduzir a política monetária do país em busca da estabilidade da economia.

A taxa do CDI, por sua vez, tem outra origem. CDI significa Certificado de Depósito Interbancário, que representa empréstimos realizados entre instituições financeiras com seus próprios recursos. Os bancos realizam essas operações porque, por lei, precisam encerrar todos os dias com os balanços equilibrados – ou seja, se tiveram desembolsos de dinheiro de um lado, têm de buscar recursos para cobri-los de outro. Muitas vezes, a maneira que encontram para buscar esses recursos é tomá-los emprestados de outras instituições financeiras.

Esses empréstimos também são de curtíssimo prazo, mas ao contrário das operações que dão origem à Selic, são registrados em outro sistema: o da Cetip, incorporada à B3 – a bolsa brasileira – em 2017.



10 de out. de 2023

Mubadala planeja investir US$ 1 bilhão por ano no Brasil

Mubadala / Divulgação

O CEO da Mubadala Capital, Oscar Fahlgren, disse, em entrevista para a Bloomberg, que a companhia pretende investir mais de US$ 1 bilhão (R$ 5 bilhões na cotação atual) por ano para expandir suas participações no Brasil, que vão de uma refinaria de petróleo até uma concessão rodoviária

O presidente do braço de investimentos do fundo soberano de Abu Dhabi, afirmou que os investimentos seguem em linha com o otimismo em relação às perspectivas de crescimento do País sob o comando do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“O PIB está crescendo mais do que o esperado e temos visto estabilidade política desde que a nova administração assumiu”, disse ele, por videoconferência. “O clima na comunidade internacional ficou mais favorável ao Brasil.”

A empresa acaba de fechar um segundo fundo específico para Brasil, com mais de US$ 710 milhões, mais que o dobro do primeiro veículo de investimento, e deve começar a captar para um fundo maior ainda em 2024, disse Fahlgren.

A Mubadala Capital tem US$ 20 bilhões sob gestão, dos quais cerca de dois terços provêm de terceiros investidores externos, e continua a procurar investimentos oportunos em empresas ativos em dificuldades. Os próximos passos poderão incluir empresas de varejo em dificuldades, o desenvolvimento de uma nova bolsa de valores para competir com a B3 ou mesmo a criação de uma nova liga de futebol no Brasil.

Reestatização de refinaria

O grupo também é dono da Acelen, empresa que adminstra a refinaria de Mataripe, antiga Landulfo Alves (RLAM), adquirida da Petrobras (PETR3;PETR4) durante o governo passado, na Bahia. A Mubadala Capital e a Petrobras assinaram recentemente um acordo para avaliar uma unidade de biodiesel e combustível para aviação sustentável na refinaria. A planta poderia se tornar uma das maiores produtoras de combustíveis renováveis do planeta, disse Fahlgren.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem dado declarações indicando que a Petrobras recompre a refinaria de Mataripe. Fahlgren não quis comentar se há negociações em andamento.

Fundo encerrou recentemente um segundo fundo específico para o Brasil com mais de US$ 710 milhões, e deve começar outro fundo já em 2024

O Mubadala Capital, o braço de investimentos do fundo soberano de Abu Dhabi, está otimista quanto às perspectivas de crescimento do Brasil sob o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e planeja investir mais de US$ 1 bilhão por ano para expandir suas participações no país, que vão desde uma refinaria de petróleo até uma estrada com pedágio.

Mais de uma década depois de vir ao Brasil para investir no império de commodities do então bilionário Eike Batista, a empresa aportou mais de US$ 5 bilhões no país, disse Oscar Fahlgren, presidente da Mubadala Capital no Brasil, em entrevista. A escala e o potencial de retorno no Brasil fazem dele o local mais atraente da América do Sul, disse ele.

Corrida dos marombas Mubadala abocanha 51% da rede de academias Bluefit por R$ 464 milhões, Companhia deve fazer um novo aumento de capital; concorrente Smart Fit quer retomar expansão no Brasil

O PIB está a crescer mais do que o esperado e temos visto estabilidade política desde que o novo governo assumiu”, afirmou. “O clima na comunidade internacional está favorecendo o Brasil e, em última análise, esse é um ambiente benéfico para se estar.”

A gestora acaba de fechar um segundo fundo específico para o Brasil com mais de US$ 710 milhões, mais que o dobro do primeiro fundo, e deve começar a levantar capital para um fundo ainda maior em 2024, acrescentou Fahlgren.

O Mubadala Capital tem US$ 20 bilhões sob gestão, dos quais cerca de dois terços provêm de investidores externos. E continua a procurar oportunidades no país. No radar da gestora estão empresas com dificuldades de capital, uma nova Bolsa de Valores para competir com a B3 e, até mesmo, a criação de uma nova liga de futebol no Brasil.

Oscar Fahlgren, chefe do Mubalada no Brasil: país segue sendo a ‘bola da vez’ 
(Dado Galdieri/Bloomberg)

A entrada dos Emirados Árabes Unidos no Brics provavelmente aumentará os fluxos de capital entre os países membros, disse o executivo, acrescentando que a turbulência no resto do mundo torna o Brasil um destino de investimento ainda mais atraente.

O Mubadala Capital concentrou-se em ativos problemáticos com avaliações atraentes que podem ser revertidas. Seu portfólio inclui uma rodovia com pedágio no Estado de São Paulo e a produtora de etanol Atvos, ambas adquiridas junto à Novonor, a antiga Odebrecht.

O grupo também é dono da Acelen, empresa que criou para operar uma refinaria de petróleo adquirida da Petrobras na Bahia. O Mubadala Capital e a Petrobras assinaram recentemente um acordo para estudar uma unidade de biocombustíveis na refinaria de Mataripe para diesel renovável e combustível de aviação, que poderia se tornar um dos maiores produtores de combustíveis renováveis ​​do planeta, disse Fahlgren.

Algumas autoridades pediram que a Petrobras, que tem uma política de proteger os consumidores da volatilidade dos preços dos combustíveis no curto prazo, recomprasse a refinaria de Mataripe. Fahlgren se recusou a comentar se há negociações em andamento.

“Somos uma empresa de investimento internacional. Em princípio, sempre manteríamos uma conversa com todos e quaisquer nossos ativos, se isso fizer sentido para nossos investidores e para nós como empresa”, prosseguiu.

No campo da energia verde, a Mubadala Capital também está expandindo a produção na Atvos e explorando a adição de outros biocombustíveis, incluindo combustível de aviação sustentável, ao seu portfólio atual.

“Tiramos a empresa da recuperação judicial, libertando o seu potencial de crescimento, e estamos a investir fortemente na expansão”, completou.

3 de ago. de 2023

Benefícios de manter ações no longo prazo

Uma estratégia de investimento de longo prazo implica manter investimentos por mais de um ano inteiro. Esta estratégia inclui a detenção de ativos como títulos, ações, fundos negociados em bolsa (ETFs), fundos mútuos e muito mais. Indivíduos que adotam uma abordagem de longo prazo exigem disciplina e paciência. Isso ocorre porque os investidores devem ser capazes de assumir uma certa quantidade de risco enquanto esperam por recompensas maiores no futuro.

Investir em ações e mantê-las é uma das melhores maneiras de aumentar a riqueza no longo prazo. Por exemplo, o S&P 500 registou perdas anuais em apenas 11 dos 47 anos entre 1975 e 2022, demonstrando que o mercado de ações gera retornos com muito mais frequência do que não gera.

  • Os investimentos de longo prazo quase sempre superam o mercado quando os investidores tentam cronometrar as suas participações.
  • A negociação emocional tende a prejudicar o retorno dos investidores.
  • O S&P 500 apresentou retornos positivos para os investidores na maioria dos períodos de 20 anos.
  • Superar as quedas temporárias do mercado é considerado um sinal de um bom investidor.
  • Investir no longo prazo reduz custos e permite que você aumente quaisquer ganhos recebidos com dividendos.



Melhores retornos a longo prazo

O termo classe de ativos refere-se a uma categoria específica de investimentos. Partilham as mesmas características e qualidades, tais como ativos de rendimento fixo (títulos) ou ações, que são vulgarmente chamados de ações. A classe de ativos melhor para você depende de vários fatores, incluindo sua idade, perfil e tolerância de risco, metas de investimento e a quantidade de capital que você possui. Mas quais classes de ativos são melhores para investidores de longo prazo?

Se olharmos para várias décadas de retornos de classes de ativos , descobrimos que as ações têm geralmente superado quase todas as outras classes de ativos. O S&P 500 teve um retorno médio de 11,82% ao ano entre 1928 e 2021. Isso se compara favoravelmente ao retorno de 3,33% das letras do Tesouro de três meses (notas do Tesouro) e ao retorno de 5,11% das notas do Tesouro de 10 anos.

Os mercados emergentes têm alguns dos maiores potenciais de retorno nos mercados accionistas, mas também apresentam o mais elevado grau de risco. Esta classe obteve historicamente retornos médios anuais elevados, mas as flutuações de curto prazo tiveram impacto no seu desempenho. Por exemplo, o retorno anualizado de 10 anos do MSCI Emerging Markets Index foi de 2,89% em 29 de abril de 2022.

As pequenas e grandes capitalizações também proporcionaram retornos acima da média. Por exemplo, o retorno de 10 anos do índice Russell 2000, que mede o desempenho de 2.000 pequenas empresas, foi de 10,15%. O índice Russell 1000 de grande capitalização teve um retorno médio de 13,57% nos últimos 10 anos, em 3 de maio de 2022.


Supere altos e baixos

As ações são consideradas investimentos de longo prazo. Isso ocorre, em parte, porque não é incomum que as ações caiam de 10% a 20% ou mais em valor em um período mais curto de tempo. Os investidores têm a oportunidade de superar alguns destes altos e baixos durante um período de muitos anos ou mesmo décadas para gerar um melhor retorno a longo prazo.

Olhando para os retornos do mercado de ações desde a década de 1920, os indivíduos raramente perderam dinheiro investindo no S&P 500 durante um período de 20 anos. Mesmo considerando reveses, como a Grande Depressão, a Segunda-feira Negra, a bolha tecnológica e a crise financeira, os investidores teriam obtido ganhos se tivessem feito um investimento no S&P 500 e o mantivessem ininterruptamente durante 20 anos.

Embora os resultados passados ​​não sejam garantia de retornos futuros, sugerem que o investimento a longo prazo em ações geralmente produz resultados positivos se for dado tempo suficiente.


Os investidores são maus cronômetros de mercado

Sejamos realistas: não somos tão calmos e racionais como afirmamos ser. Na verdade, uma das falhas inerentes ao comportamento do investidor é a tendência para ser emocional. Muitos indivíduos afirmam ser investidores de longo prazo até que o mercado de ações comece a cair, altura em que tendem a retirar o seu dinheiro para evitar perdas adicionais.

Muitos investidores não conseguem permanecer investidos em ações quando ocorre uma recuperação. Na verdade, eles tendem a voltar atrás apenas quando a maioria dos ganhos já foi alcançada. Esse tipo de comportamento de comprar na alta e vender na baixa tende a prejudicar os retornos dos investidores.

De acordo com o estudo Quantitative Analysis of Investor Behavior da Dalbar, o S&P 500 teve um retorno médio anual de pouco mais de 6% durante o período de 20 anos encerrado em 31 de dezembro de 2019. Durante o mesmo período, o investidor médio obteve um retorno médio anual de cerca de 2,5%.

Existem alguns motivos pelos quais isso acontece. Aqui estão apenas alguns deles:
  • Os investidores têm medo do arrependimento. Muitas vezes as pessoas não conseguem confiar no seu próprio julgamento e, em vez disso, seguem o hype, especialmente quando os mercados caem. As pessoas tendem a cair na armadilha de que se arrependerão de ter mantido as ações e perderão muito mais dinheiro porque seu valor cai, então acabam vendendo-as para amenizar esse medo.
  • Uma sensação de pessimismo quando as coisas mudam. O otimismo prevalece durante as recuperações do mercado, mas o oposto é verdadeiro quando as coisas azedam. O mercado pode sofrer flutuações devido a choques surpresa de curto prazo, como os relacionados com a economia. Mas é importante lembrar que esses transtornos costumam durar pouco e é muito provável que as coisas mudem.

Os investidores que prestam demasiada atenção ao mercado de ações tendem a prejudicar as suas hipóteses de sucesso ao tentarem cronometrar o mercado com demasiada frequência. Uma simples estratégia de comprar e manter a longo prazo teria produzido resultados muito melhores.


Taxa de imposto mais baixa sobre ganhos de capital

Os lucros resultantes da venda de quaisquer bens de capital resultam num ganho de capital. Isso inclui quaisquer bens pessoais, como móveis, ou investimentos como ações, títulos e imóveis.

Um investidor que vende um título no prazo de um ano civil após a compra obtém quaisquer ganhos tributados como rendimento ordinário. Estes são chamados de ganhos de capital de curto prazo. Dependendo da renda bruta ajustada (AGI) do indivíduo , essa alíquota de imposto pode chegar a 37%.

Quaisquer títulos vendidos após serem detidos por mais de um ano resultam em ganhos de capital de longo prazo. Os ganhos são tributados a uma alíquota máxima de apenas 20%. Os investidores em faixas fiscais mais baixas podem até se qualificar para uma taxa de imposto sobre ganhos de capital de longo prazo de 0%.


Menos dispendioso

Um dos principais benefícios de uma abordagem de investimento de longo prazo é o dinheiro. Manter suas ações em seu portfólio por mais tempo é mais econômico do que comprar e vender regularmente, porque quanto mais tempo você mantiver seus investimentos, menos taxas terá que pagar. Mas quanto custa tudo isso?

Conforme discutimos na última seção, você economiza em impostos. Quaisquer ganhos com a venda de ações devem ser reportados ao Internal Revenue Service (IRS). Isso acaba aumentando seu passivo tributário, o que significa mais dinheiro saindo do seu bolso. Lembre-se de que ganhos de capital de curto prazo podem custar mais do que se você mantivesse suas ações por um longo período de tempo.

Depois, há taxas de negociação ou transação. Quanto você paga depende do tipo de conta que você possui e da empresa de investimento que administra seu portfólio. Por exemplo, pode ser cobrada uma comissão ou margem de lucro, onde a primeira é deduzida quando você compra e vende por meio de um corretor, enquanto as margens de lucro são cobradas quando a venda é direcionada por meio de seu próprio estoque. Esses custos são cobrados em sua conta sempre que você negocia ações. Isso significa que o saldo do seu portfólio diminuirá a cada venda que você fizer.

As empresas costumam cobrar taxas contínuas, como taxas de manutenção de conta, que também podem prejudicar o saldo de sua conta. Portanto, se você é um trader regular que tem uma meta de curto prazo, suas taxas aumentarão ainda mais quando você levar em consideração as taxas de transação.


Composição com ações de dividendos

Os dividendos são lucros corporativos distribuídos por empresas com histórico de sucesso. Estas tendem a ser blue chips ou ações defensivas. Ações defensivas são empresas que vão bem independentemente do desempenho da economia ou de quando o mercado de ações cai.

Essas empresas pagam dividendos regulares – geralmente trimestralmente – aos acionistas elegíveis, o que significa que você pode compartilhar seu sucesso. Embora possa ser tentador sacá-los, há uma boa razão para você reinvestir os dividendos nas empresas que realmente os pagam.

Se você possui títulos ou fundos mútuos, saberá como os juros compostos afetam seus investimentos. Juros compostos são quaisquer juros calculados sobre o saldo principal de sua carteira de ações e quaisquer juros anteriores que você ganhou. Isso significa que quaisquer juros (ou dividendos) que sua carteira de ações acumula se acumulam ao longo do tempo, aumentando assim o valor de sua conta no longo prazo.


Melhores tipos de ações para manter no longo prazo

Há várias coisas a considerar quando você deseja comprar ações. Considere sua idade, tolerância ao risco e metas de investimento, entre outras coisas. Ter controle de tudo isso pode ajudá-lo a descobrir o tipo de portfólio de ações que você pode criar para atingir seus objetivos. Aqui está um guia geral que você pode seguir como ponto de partida e adaptá-lo à sua própria situação:
  • Escolha fundos de índice. São ETFs que acompanham índices específicos, como o S&P 500 ou o Russell 1000, e são negociados como ações. Mas, ao contrário das ações, esses fundos têm um custo menor e você não terá que escolher empresas específicas nas quais investir. Os fundos de índice oferecem retornos semelhantes aos dos índices que acompanham.
  • Considere ações que pagam dividendos. Esses tipos de ações podem ajudar a agregar valor ao seu portfólio, especialmente quando os dividendos são reinvestidos.
  • Empresas com alto crescimento podem aumentar seu portfólio. As ações de crescimento tendem a estar associadas a empresas que são capazes de gerar receitas significativamente elevadas a um ritmo mais rápido do que outras. Eles também estão mais bem equipados para apresentar relatórios de lucros sólidos. Tenha em mente, porém, que esse grau de crescimento acarreta um nível de risco mais alto, então você terá que ser um pouco mais esperto do que os investidores novatos se quiser seguir esse caminho.

Como sempre, é uma boa ideia consultar um profissional financeiro, especialmente se você for novo no mundo dos investimentos.


Quais são os benefícios fiscais de manter ações a longo prazo?

O IRS tributa ganhos de capital com base em participações de curto e longo prazo. Os ganhos de capital de curto prazo são tributados sobre os ativos vendidos dentro de um único ano de propriedade, enquanto os ganhos de longo prazo são tributados sobre a venda de ativos mantidos por mais de 12 meses.

Os ganhos de capital de curto prazo são tratados como rendimento normal, o que significa que você pode ser tributado em até 37% com base na sua faixa de imposto. Os ganhos de longo prazo, por outro lado, estão sujeitos apenas a um imposto de 0%, 15% ou 20%. A taxa depende de sua renda bruta ajustada e do status do pedido.


Quanto tempo você precisa manter uma ação para ser considerada de longo prazo?

Como acontece com qualquer ativo, você deve manter uma ação por no mínimo 12 meses para que ela seja considerada um investimento de longo prazo. Qualquer coisa abaixo disso é considerada uma participação de curto prazo.


Você pode vender uma ação logo após comprá-la?

Quanto tempo você pode esperar até vender a ação depois de comprá-la depende do corretor. Algumas empresas exigem que você espere um certo tempo (pelo menos até a data de liquidação) para vender suas ações. Outros permitem um certo número de transações no mesmo dia em sua conta. As pessoas que fazem mais do que o número permitido de negociações no mesmo dia são consideradas day traders ou traders padrão e geralmente são obrigadas a manter um saldo mínimo em suas contas.


As pessoas que investem em ações podem se beneficiar de muitas estratégias de negociação diferentes. Os investidores que têm mais experiência e uma maior quantidade de capital à sua disposição poderão aproveitar as ondas do mercado e ganhar dinheiro utilizando técnicas de negociação de curto prazo. Mas isso pode não funcionar para quem está apenas começando ou não consegue tolerar muitos riscos. Manter ações no longo prazo pode ajudá-lo a enfrentar os altos e baixos do mercado, beneficiar-se de taxas de impostos mais baixas e tender a ser menos dispendioso.

2 de ago. de 2023

Investimentos em água: como investir em água

Sabemos que a água é a fonte da vida. Mas também pode ser uma fonte de diversificação da carteira . Tal como o ouro e o petróleo, a água é uma mercadoria – e é bastante escassa hoje em dia. Assim, como acontece com qualquer outra escassez, a escassez de água cria oportunidades de investimento.



PRINCIPAIS CONCLUSÕES
  • A água é sem dúvida o recurso mais importante do planeta Terra.
  • A escassez de água pode levar a perturbações sociais, políticas e económicas.
  • A água é cada vez mais escassa, devido às alterações climáticas, à poluição e ao aumento da procura.
  • Devido à sua importância, os investidores podem diversificar as suas carteiras adquirindo ativos e investimentos relacionados com a água.
  • Existem vários índices, fundos mútuos e ETFs que permitem aos investidores de varejo obter exposição a títulos relacionados à água.

Compreendendo os investimentos em água

O argumento de investimento para a água é simples: a água é um dos recursos mais importantes e é provável que se torne muito mais escassa. Cerca de 70% da superfície terrestre é coberta por água, mas mais de 97% é água salgada. A água salgada não pode ser usada para beber, irrigação de plantações ou para a maioria dos usos industriais. Dos restantes 3% dos recursos hídricos mundiais, apenas cerca de 1% está prontamente disponível para consumo humano.

A rápida industrialização e o aumento do uso agrícola contribuíram para a escassez de água em todo o mundo. As áreas que sofreram falta de H2O incluem a China, o Egito, a Índia, Israel, o Paquistão, o México, a maior parte de África e os Estados Unidos (Arizona, Novo México, Califórnia e oeste do Texas), para citar apenas algumas.

A poluição também destaca a necessidade de água limpa. A zona morta ao largo da Costa do Golfo destaca o impacto do escoamento de fertilizantes, e o éter metil-terciário-butílico (MTBE), um aditivo na gasolina sem chumbo, pode ser encontrado em águas de poços da Califórnia a Maryland.

No exterior, incidentes altamente divulgados na Rússia, na China e em outros lugares demonstram que a poluição não se limita ao Ocidente. É claro que o abastecimento de água suja restringe ainda mais a quantidade de água doce disponível para uso humano.


Investimento de US$ 55 bilhões em água potável

Em 15 de novembro de 2021, o presidente Biden sancionou a Lei de Investimentos e Empregos em Infraestrutura. O projeto de lei bipartidário sobre infraestruturas autoriza 1,2 biliões de dólares em gastos, que incluem 55 mil milhões de dólares alocados para criar água potável, 65 mil milhões de dólares em energia limpa e 21 mil milhões de dólares para limpar locais perigosos e poluídos.

A legislação é uma boa notícia para os defensores da água potável, uma vez que expandirá o acesso à água potável para famílias, empresas, escolas e creches nas cidades e zonas rurais. A legislação também investirá em infra-estruturas hídricas para eliminar tubagens de chumbo.


Índices de Investimento em Água

Aqui estão alguns dos índices mais populares concebidos para acompanhar várias oportunidades de investimento relacionadas com a água:
  • O Dow Jones US Water Index é composto por aproximadamente 29 ações; é um barômetro composto por muitas empresas nacionais e internacionais afiliadas ao negócio de água e com capitalização de mercado mínima de US$ 150 milhões.
  • O Índice ISE Clean Edge Water foi lançado em dezembro de 2000 e representa distribuição de água, filtragem de água, tecnologia de fluxo e outras empresas especializadas em soluções relacionadas à água. Ele contém 35 ações.
  • O S&P 1500 Water Utilities Index é um subsetor do Standard & Poor's 1500 Utilities Index; este índice compreende apenas duas empresas, American States Water (NYSE: AWR) e Aqua America (NYSE: WTR).
  • O S&P Global Water Index é um índice iniciado em 2001 que contém 50 empresas em todo o mundo; os seus negócios relacionados com a água dividem-se em duas áreas: serviços públicos e infra-estruturas de água e equipamentos e materiais hídricos.

O Índice Global de Água Sustentável MSCI oferece outra visão da indústria da água a partir de uma perspectiva internacional. O índice centra-se em empresas desenvolvidas e emergentes que obtêm pelo menos 50% das suas receitas provenientes de produtos e serviços hídricos sustentáveis. Há também uma variedade de índices de serviços públicos que incluem alguns estoques de água.

2,3 bilhões

2,3 mil milhões de pessoas vivem em países com “pressão hídrica”, de acordo com as Nações Unidas, o que significa que utilizam mais de 25% dos seus recursos de água doce todos os anos. 700 milhões de pessoas poderão ser deslocadas devido à escassez de água até 2030.

Como investir em títulos hídricos

As empresas que procuram lucrar com negócios relacionados com a água incluem fornecedores de bebidas, serviços públicos, empresas de tratamento/purificação de água e fabricantes de equipamentos, como aqueles que fornecem bombas, válvulas e unidades de dessalinização.

Uma análise das participações de qualquer um destes índices hídricos proporciona uma forma fácil de começar a procurar oportunidades de investimento adequadas. Empresas, desde a robusta General Electric até a pequena Layne Christensen, estão todas em busca de uma fatia do mercado de água. Além da compra direta de ações, algumas das maiores empresas oferecem planos de reinvestimento de dividendos.

Quando se trata de água engarrafada, o mercado está crescendo internacionalmente. A procura está a aumentar da China para o México, acompanhando o aumento da procura dos consumidores nos EUA. As estimativas sugerem que de 2010 a 2020, o consumo per capita americano de água engarrafada aumentou 61% – na verdade, o americano médio bebe aproximadamente 45 galões de água engarrafada por ano. De acordo com um estudo da ONU de 2018, 177 países dependem da dessalinização para pelo menos parte das suas necessidades de consumo de água doce.

Se a escolha de ações não lhe interessa, ETFs, fundos mútuos e fundos de investimento unitário (UITs) também oferecem muitas oportunidades para investir em água. O ETF Invesco Water Resource Portfolio ( PHO ) é o maior, com uma cesta de 38 participações centrada nos EUA (em fevereiro de 2022) que se inclina para empresas de média e pequena capitalização.

O ETF iShares US Utilities ( IDU ) oferece alguma exposição a ações relacionadas à água.14Outras alternativas incluem o ETF Invesco Global Water Portfolio ( PIO ), que acompanha o Nasdaq OMX Global Water Index, e o First Trust ISE Water Index Fund ( FIW ). Com base na popularidade, novas alternativas estão surgindo lentamente.


Como você investe na água como mercadoria?

A Bolsa Mercantil de Chicago possui futuros negociáveis ​​de água vinculados aos preços da água na Califórnia. Esses contratos futuros permitem que os investidores apostem no valor futuro do Nasdaq Veles California Water Index, apostando efetivamente no preço futuro da água.


Como Michael Burry está investindo em água?

Na conclusão de The Big Short, é revelado que o fundador da Scion Capital, Michael Burry, deu sequência ao seu bem-sucedido comércio a descoberto com investimentos em água. Em entrevistas posteriores, Burry explicou que “os alimentos são a forma de investir em água. Ou seja, cultivar alimentos em áreas ricas em água e transportá-los para venda em áreas pobres em água”. As terras agrícolas em zonas de elevada precipitação são efetivamente uma aposta no valor futuro da água. Contudo, para os pequenos investidores, poderá ser mais fácil concentrar-se nas reservas de água.


Como você investe em estoques de água?

As ações de água são ações de empresas cujos negócios estão intimamente ligados à irrigação, serviços públicos, tratamento de água ou outras indústrias relacionadas à água. Pode-se investir neles comprando ações de empresas individuais ou investindo em um fundo mútuo ou ETF com alta exposição a ações de água.


O resultado final

Nos últimos anos, assistimos a um aumento na procura de investimentos que beneficiem da necessidade de água doce e limpa. Se a tendência continuar, os investidores podem esperar ver uma série de novos investimentos que proporcionam exposição a este bem precioso e às empresas que o entregam ao mercado.

Atualmente existem inúmeras maneiras de adicionar exposição à água ao seu portfólio; a maioria simplesmente requer um pouco de pesquisa. As oportunidades para investir neste recurso escasso fluem livremente.



31 de jul. de 2023

Financiamento Climático: Significado, Contribuintes, Exemplo

O que é financiamento climático?

O termo financiamento climático tem usos amplos e restritos. No seu sentido lato, refere-se a uma empresa que utiliza instituições financeiras ou tecnologias para promover a causa da sustentabilidade ambiental, como através do desenvolvimento ou implantação de novos painéis solares ou outras fontes de energia renováveis. Na sua utilização restrita, o financiamento climático refere-se à transferência de capital dos países desenvolvidos para os países em desenvolvimento, em conformidade com acordos internacionais como o Acordo de Paris de 2016.



PRINCIPAIS CONCLUSÕES
  • O financiamento climático é um termo amplo que pode referir-se ao papel do financiamento na facilitação dos esforços para enfrentar as alterações climáticas ou às obrigações devidas pelas nações mais ricas para com as mais pobres.
  • As discussões em torno do financiamento climático estão a aumentar em importância, à medida que o mundo luta com os efeitos visíveis e graves das alterações climáticas.
  • O financiamento climático é utilizado para incentivar o investimento e o desenvolvimento em infraestruturas de energias renováveis, na agricultura sustentável ou em outras adaptações às alterações climáticas.
  • Muitos argumentam que as economias desenvolvidas deveriam subsidiar a adopção de fontes de energia amigas do ambiente pelas nações em desenvolvimento, juntamente com outros investimentos semelhantes.
  • Dois cenários diferentes preveem, cada um, pelo menos 113 mil milhões de dólares de financiamento climático total até 2025.

Compreendendo o financiamento climático

As alterações climáticas são a progressão a longo prazo dos padrões do clima mundial. Estas mudanças estão normalmente relacionadas com atividades humanas, tais como a utilização de certos recursos não renováveis, como os combustíveis fósseis. Uma vez queimadas, essas fontes de energia ajudam a aumentar a temperatura da Terra, liberando gases de efeito estufa na atmosfera. O financiamento climático é uma forma de indivíduos e nações ajudarem a combater as alterações climáticas.

No sentido mais geral, o financiamento climático refere-se a qualquer tipo de financiamento utilizado para combater as alterações climáticas. O financiamento ocorre normalmente a nível municipal, nacional ou internacional e provém de diversas fontes – tanto públicas como privadas.

US$ 100 bilhões
Foram modelados dois cenários diferentes para estimar quanto dinheiro os países desenvolvidos contribuiriam para iniciativas de financiamento climático. Um cenário estima 113 mil milhões de dólares gastos até 2025, enquanto outro estima 117 mil milhões de dólares.


O tema do financiamento climático está a ganhar importância internacional, à medida que os países e as empresas se tornam cada vez mais conscientes dos riscos e oportunidades associados às alterações climáticas. Por exemplo, o Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUMA) informou em Setembro de 2019 que, entre 2010 e 2019, os investimentos globais em tecnologias de energias renováveis ​​ultrapassaram os 2,5 biliões de dólares, aproximadamente quadruplicando a capacidade energética global associada às fontes renováveis.


Contribuintes para o financiamento climático

Várias instituições e tecnologias financeiras desempenharam um papel essencial na facilitação desta mudança na infraestrutura energética global. Entre os exemplos de como as finanças desempenham um papel neste processo estão o uso de:
  • Bancos e outros intermediários para transferir capital para o exterior.
  • Mercados financeiros para precificar commodities energéticas .
  • Mercados de derivativos para cobrir e trocar riscos relacionados aos preços da energia.
  • Bolsas de valores e veículos de investimento para facilitar o investimento em empresas de energias renováveis.
O financiamento climático abrange todas estas atividades, que deverão acelerar ainda mais nos próximos anos.

Conforme observado acima, o termo também tem um significado mais restrito. Neste sentido, relaciona-se com a questão de como os países desenvolvidos devem apoiar os países em desenvolvimento na sua transição para fontes de energia e outras tecnologias com melhor pegada ambiental. Estas discussões são frequentemente controversas e levantam uma série de questões moralmente ambíguas.


Previsões de financiamento climático da OCDE

A OCDE apresentou dois cenários para os níveis futuros de financiamento climático fornecidos e mobilizados pelos países desenvolvidos para 2021-2025. Estes cenários baseiam-se numa análise da OCDE de informações prospectivas sobre financiamento público climático apresentadas pelos países desenvolvidos. A informação sobre os níveis futuros de financiamento climático é inerentemente incerta, com factores como processos legislativos, condições macroeconómicas e reservas de projectos em países parceiros que afectam as expectativas de despesas futuras.

Ao prever o financiamento climático, a OCDE preparou um cenário baseado no cumprimento integral dos países e dos bancos de desenvolvimento pelos seus compromissos de financiamento climático. Tal como aconteceu com o acordo original da COP15, o segundo cenário está enraizado em atrasos no aumento do financiamento climático devido à variedade de variáveis ​​e restrições discutidas abaixo.


Exemplo de financiamento climático

Vejamos um exemplo para mostrar como funciona o financiamento climático no mundo real. Uma exigência comum dos países desenvolvidos, como os da América do Norte e da Europa, é que as nações em desenvolvimento, como as da Ásia ou da África Subsariana, se abstenham de depender de novas centrais eléctricas alimentadas a carvão. Por outro lado, estes países em desenvolvimento afirmam frequentemente que esta procura é hipócrita, uma vez que os países desenvolvidos foram capazes de explorar o carvão e outros combustíveis fósseis baratos durante os seus próprios períodos de industrialização.

Por esta razão, muitos acreditam que os países desenvolvidos têm a obrigação moral de subsidiar os países em desenvolvimento, ajudando-os a investir em fontes de energia mais ecológicas, como a energia eólica, solar e hidroelétrica.

US$ 11 bilhões por ano
Os EUA esperam investir 11,4 mil milhões de dólares em medidas de financiamento climático até 2024, de acordo com o Conselho de Defesa dos Recursos Nacionais.


Considerações Especiais

Os debates em torno das alterações climáticas tornam-se cada vez mais difíceis quando se procura encontrar a definição exata de país em desenvolvimento e determinar quanta responsabilidade cada país tem pelas emissões de carbono.

Deveriam os Estados Unidos fornecer subsídios à China, por exemplo, devido ao facto de o seu rendimento per capita ainda ser muito inferior ao dos Estados Unidos? Muitos americanos provavelmente considerarão isto politicamente inaceitável, citando o rápido desenvolvimento da China nos últimos anos.

As discussões políticas em torno do financiamento climático também podem revelar-se controversas em torno da questão de saber quais os investimentos que devem ser considerados elegíveis para financiamento no âmbito dos programas de financiamento climático. Por exemplo, alguns argumentariam que a educação infantil deveria receber financiamento, alegando que reduziria o crescimento populacional e, portanto, ajudaria a reduzir as emissões. Contudo, outros poderão querer restringir as iniciativas de financiamento climático a projectos com uma associação mais directa e de curto prazo com as alterações climáticas.


Como o financiamento misto é usado para questões climáticas?

O financiamento misto é uma estratégia de financiamento que procura atrair investimentos de intervenientes públicos e privados. É frequentemente utilizado para atrair capital comercial para apoiar projectos de desenvolvimento, aumentando assim o financiamento para estes projectos e proporcionando aos investidores um retorno lucrativo. O financiamento misto também pode ser utilizado para combater as alterações climáticas, de acordo com o Fórum Económico Mundial. Este modelo pode atrair dinheiro de investidores privados para apoiar projetos de mitigação quando os fundos públicos por si só não são suficientes.


Como as mudanças climáticas afetam as finanças?

Dado que os efeitos económicos das alterações climáticas são difíceis de prever, é provável que as alterações climáticas aumentem as incertezas que os mercados de capitais enfrentam. Por exemplo, o aumento dos riscos de incêndios florestais, inundações e secas aumentará as perdas potenciais para as seguradoras e os investidores. É provável que estas incertezas resultem em custos mais elevados a longo prazo para o sector financeiro.


Qual é o papel das instituições financeiras internacionais no financiamento climático?

As instituições financeiras internacionais (IFIs) desempenham um papel significativo no financiamento climático. Fornecem financiamento, assistência técnica e apoio político para ajudar os países a implementar projetos climáticos. IFIs como o Banco Mundial, os bancos de desenvolvimento regional e o Fundo Verde para o Clima canalizam financiamento para os países em desenvolvimento, melhoram o acesso ao capital e facilitam a integração de considerações climáticas nas estratégias nacionais de desenvolvimento.

O financiamento climático refere-se aos recursos financeiros atribuídos para enfrentar os desafios das alterações climáticas. Apoia projetos de mitigação, como energias renováveis ​​e redução de emissões, bem como esforços de adaptação, incluindo infraestruturas resilientes e resiliência comunitária. Mais especificamente, o financiamento climático pode delinear previsões estratégicas de gastos em acordos internacionais, tais como mobilizações da Conferência das Partes.


26 de jun. de 2023

Economia Ambiental: Definição, Importância e Exemplo

O que é economia ambiental?

A economia ambiental é o estudo da alocação, uso e proteção com boa relação custo-benefício dos recursos naturais do mundo.

A economia, em termos gerais, é o estudo de como os humanos produzem e consomem bens e serviços. A economia ambiental concentra-se em como eles usam e gerenciam recursos finitos de uma maneira que atenda à população e, ao mesmo tempo, atenda às preocupações sobre o impacto ambiental.



Isto ajuda os governos a avaliar os prós e os contras de medidas alternativas e a conceber políticas ambientais adequadas.


PRINCIPAIS CONCLUSÕES
  • A economia ambiental estuda o impacto das políticas ambientais e concebe soluções para os problemas delas decorrentes.
  • A economia ambiental pode ser baseada em prescrições ou em incentivos.
  • Um tema importante da economia ambiental são as externalidades, os custos adicionais de fazer negócios que não são pagos pela empresa ou pelos seus consumidores.
  • Outro tema importante da economia ambiental é atribuir um valor aos bens públicos, como o ar puro, e calcular os custos da perda desses bens.
  • Dado que alguns bens ambientais não estão limitados a um único país, a economia ambiental requer frequentemente uma abordagem transnacional.

Compreendendo a Economia Ambiental

A teoria básica subjacente à economia ambiental é que as comodidades ambientais (ou bens ambientais) têm valor económico e existem custos para o crescimento económico que não são contabilizados nos modelos mais tradicionais.

Os bens ambientais incluem coisas como o acesso à água potável, ao ar puro, à sobrevivência da vida selvagem e ao clima geral. Embora seja difícil definir um preço para os bens ambientais, pode haver um custo elevado quando estes são perdidos. Os bens ambientais são geralmente difíceis de privatizar totalmente e estão sujeitos à tragédia dos bens comuns.

A destruição ou utilização excessiva de bens ambientais, como a poluição e outros tipos de degradação ambiental, pode representar uma forma de falha do mercado porque impõe externalidades negativas . Os economistas ambientais analisam os custos e benefícios de políticas económicas específicas que procuram corrigir tais problemas, e podem realizar testes teóricos ou estudos sobre as possíveis consequências dessas políticas.

Nos Estados Unidos, qualquer projeto federal que possa afetar o ambiente – como uma autoestrada, barragem ou outra infraestrutura – deve publicar uma declaração de impacto ambiental descrevendo quaisquer riscos potenciais para o ambiente natural. Esses documentos são usados ​​para avaliar quaisquer externalidades negativas do projeto.


Estratégias em Economia Ambiental

Os economistas ambientais estão preocupados em identificar problemas específicos, mas pode haver muitas abordagens para resolver a mesma questão ambiental. Se um Estado está a tentar impor uma transição para energias limpas, por exemplo, tem várias opções. O governo pode impor um limite fixo às emissões de carbono, ou pode adoptar soluções mais baseadas em incentivos, como a aplicação de impostos sobre as emissões com base na quantidade ou a oferta de créditos fiscais a empresas que adoptem fontes de energia renováveis.

Todas estas estratégias dependem da intervenção estatal no mercado, mas alguns governos preferem usar um toque leve e outros podem ser mais assertivos. O grau de intervenção estatal aceitável é um fator político importante na determinação da política económica ambiental.


Em termos gerais, a economia ambiental pode produzir dois tipos de políticas:

Regulamentos Prescritivos

Numa abordagem prescritiva, o governo dita medidas específicas para reduzir os danos ambientais. Por exemplo, podem proibir indústrias altamente poluentes ou exigir certas tecnologias de controlo de emissões.

Regulamentações baseadas no mercado

As políticas baseadas no mercado utilizam incentivos económicos para encorajar comportamentos desejados. Por exemplo, os regulamentos cap-and-trade não proíbem as empresas de poluir, mas impõem um encargo financeiro a quem o faz. Estes incentivos recompensam as empresas pela redução das suas emissões, sem ditar o método que utilizam para o fazer.


Desafios da Economia Ambiental

Dado que a natureza e o valor económico dos bens ambientais transcendem frequentemente as fronteiras nacionais, a economia ambiental requer frequentemente uma abordagem transnacional. Por exemplo, um economista ambiental poderia identificar a sobrepesca como uma externalidade negativa a ser abordada.

Os Estados Unidos poderiam impor regulamentações à sua própria indústria pesqueira, mas o problema não seria resolvido sem ações semelhantes por parte de muitas outras nações. O carácter global destas questões ambientais levou ao surgimento de organizações não governamentais (ONG) como o Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas (IPCC), que organiza fóruns anuais para chefes de estado negociarem políticas ambientais internacionais.

Outro desafio da economia ambiental é o grau em que as suas conclusões afectam outras indústrias. Na maioria das vezes, as conclusões dos economistas ambientais podem resultar em controvérsia e as suas prescrições políticas podem ser difíceis de implementar devido à complexidade do mercado mundial.

A presença de múltiplos mercados para créditos de carbono é um exemplo da caótica implementação transnacional de ideias decorrentes da economia ambiental. Os padrões de economia de combustível estabelecidos pela Agência de Proteção Ambiental (EPA) são outro exemplo do equilíbrio exigido pelas propostas políticas relacionadas à economia ambiental.

Nos EUA, as propostas políticas decorrentes da economia ambiental tendem a causar debates políticos controversos. Os líderes raramente concordam sobre o grau de custos ambientais externalizados, tornando difícil a elaboração de políticas ambientais substantivas. A EPA utiliza economistas ambientais para conduzir propostas políticas relacionadas com análises.

Estas propostas são então examinadas e avaliadas pelos órgãos legislativos. A EPA supervisiona um Centro Nacional de Economia Ambiental, que enfatiza soluções baseadas no mercado, como políticas de limite e comércio para emissões de carbono. As suas questões políticas prioritárias são o incentivo à utilização de biocombustíveis, a análise dos custos das alterações climáticas e a abordagem dos problemas de resíduos e poluição.


Exemplo de Economia Ambiental

Um exemplo contemporâneo proeminente do uso da economia ambiental é o sistema cap and trade. As empresas compram compensações de carbono de países em desenvolvimento ou de organizações ambientais para compensar as suas emissões de carbono. Outro exemplo é a utilização de um imposto sobre o carbono para penalizar as indústrias que emitem carbono.

As regulamentações corporativas de economia média de combustível (CAFE) são outro exemplo da economia ambiental em ação. Esses regulamentos são prescritivos e especificam os galões por milha de gasolina para carros para montadoras. Eles foram introduzidos durante a década de 1970 para promover a eficiência de combustível em uma era de escassez de gás.


Qual é a diferença entre economia ambiental e economia ecológica?

A economia ambiental e ecológica são subcampos do pensamento econômico que estudam as interações entre a atividade humana e o ambiente natural. A diferença é que a economia ambiental estuda a relação entre o meio ambiente e a economia, enquanto a economia ecológica considera a economia como um subsistema do ecossistema mais amplo.


Qual é a relação entre a economia neoclássica e a economia ambiental?

A economia neoclássica é uma teoria ampla que se concentra na oferta e na procura como forças motrizes da actividade económica. A economia ambiental baseia-se no modelo neoclássico, mas dá maior ênfase às externalidades negativas, como a poluição e a perda de ecossistemas.


Quais são alguns empregos em economia ambiental?

Os economistas ambientais podem encontrar emprego imediato na Agência de Proteção Ambiental ou em outros órgãos ambientais em nível estadual ou local. Esses especialistas são responsáveis ​​​​por fazer cumprir as regulamentações para proteger o meio ambiente e calcular os custos econômicos da aplicação das regulamentações.