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3 de out. de 2015

RESOLUÇÃO CONAMA 005/1988 - Dispõe sobre o licenciamento de obras de saneamento básico

RESOLUÇÃO CONAMA nº 5, de 15 de junho de 1988

Publicada no DOU, de 16 de novembro de 1988, Seção 1, página 22123

Dispõe sobre o licenciamento ambiental de obras de saneamento. 


O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA, no uso das atribuições que lhe confere o inciso III do artigo 7o e artigo 48 do Decreto nº 88.351, de 1º de junho de 1983175 e, 

Considerando que as obras de saneamento podem causar modificações ambientais; 

Considerando que essas modificações podem ser avaliadas por critérios técnico-científicos; 

Considerando que obras de saneamento também estão sujeitas a licenciamento; 

Considerando que as obras de saneamento estão diretamente ligadas a problemas de medicina preventiva e de saúde pública, resolve: 

Art. 1° - Ficam sujeitas a licenciamento as obras de saneamento para as quais seja possível identificar modificações ambientais significativas. Parágrafo único. Para os efeitos desta Resolução, são consideradas significativas e, portanto, objeto de licenciamento, as obras que por seu porte, natureza e peculiaridade sejam assim consideradas pelo órgão licenciador e necessariamente as atividades e obras relacionadas no artigo 3o desta Resolução. 

Art. 2° - Na elaboração do projeto o empreendedor deverá atender aos critérios e parâmetros estabelecidos previamente pelo órgão ambiental competente. Art. 3° Ficam sujeitas a licenciamento as obras de sistemas de abastecimento de água sistemas de esgotos sanitários, sistemas de drenagem e sistemas de limpeza urbana a seguir especificadas: 

I - Em Sistemas de Abastecimento de Água. a) obras de captação cuja vazão seja acima de 20% (vinte por cento) da vazão mínima da fonte de abastecimento no ponto de captação e que modifiquem as condições físicas e/ou bióticas dos corpos d’água. 

II - Em Sistemas de Esgotos Sanitários: 

a) obras de coletores troncos; 

b) interceptores; 

c) elevatórias; 

d) estações de tratamento; 

e) emissários e, 

f) disposição final; 

III - Em Sistemas de Drenagem: 

a) obras de lançamento de efluentes de sistemas de microdrenagem; 

b) obras de canais, dragagem e retificação em sistemas de macrodrenagem. 

IV - Em Sistemas de Limpeza Urbana. 

a) obras de unidades de transferência, tratamento e disposição final de resíduos sólidos de origem doméstica, pública e industrial; 

b) atividades e obras de coleta, transporte, tratamento e disposição final de resíduos sólidos de origem hospitalar. 

Art. 4° - O disposto nesta Resolução, se aplica onde couber as obras já implantadas ou em implantação, observadas as demais exigências da legislação ambiental em vigor, não isentando-as, porém, de licenciamento nos casos de ampliação.

Art. 5° - Os critérios e padrões para o licenciamento previsto no art. 3° serão fixados pelo órgão ambiental competente. 

Art. 6° - O licenciamento previsto nesta Resolução só se tornará exigível após a fixação de critérios e padrões pelo órgão ambiental competente, que para isso terá o prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias. 

Art. 7° - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas disposições em contrário. 


JOÃO ALVES FILHO - Presidente de Conselho Este texto não substitui o publicado no DOU, de 16 de novembro de 1988.

9 de abr. de 2013

O IMPACTO DA TI NA SOCIEDADE, NAS ORGANIZAÇÕES E NO MEIO AMBIENTE.


Por, Elisiane Azevedo do Nascimento, Francisca Iranete Ximenes, Maria José Pinto de Macedo e Tereza Cristina da Silva – Faculdade Farias Brito – FFB


Resumo: O referido artigo visa ilustrar, de forma prática e rápida, alguns impactos da TI na sociedade, nas empresas e no meio ambiente. Hoje vive-se na chamada “sociedade da informação”, conceito este que vem aos poucos substituindo a sociedade industrial de até então, nos anos 80 já se falava do impacto dessa nova sociedade nas organizações e na vida das pessoas, a preocupação com a qualidade de produtos e serviços deixou de ser, nesta última década, apenas uma estratégia de diferenciação e passou a ser uma questão de necessidade trazendo uma verdadeira revolução. Esta revolução que engloba os processos sociais, econômicos, políticos, técnicos e culturais está afetando quase todas as economias e criando enormes desafios e impactos em vários setores. Com isto a preocupação atual da sociedade não está mais voltada só para a implementação efetiva da TI, mas também para seu impacto na sociedade, nas empresas e no meio ambiente.

Palavras-Chave: Tecnologia, Impactos, Sociedade, Empresas e Meio Ambiente.


1. INTRODUÇÃO 

Este trabalho tem o objetivo de discorrer sobre o impacto da tecnologia da informação na sociedade, nas organizações e no meio ambiente.

Veremos através deste trabalho que a tecnologia da informação (TI) pode ser considerada a mais recente e influente das tecnologias inseridas na sociedade. A tecnologia tem sido usada para tornar a vida das pessoas mais simples e mais fácil, pois tempo, dinheiro e esforços têm sido dedicados a inventar novos e mais alto nível de tecnologia. Muito se tem discutido e escrito sobre tecnologia de informação, sendo uma possível panacéia para a dificuldade que todos os setores da sociedade têm de acesso a todos os tipos de informações. De fato, há muitos estudos e iniciativas em causa com a garantia de que os países estão preparados para enfrentar os desafios da era da informação, e muito parece girar em torno do acesso à TI, seu desenvolvimento e seu impactos na sociedade, nas organizações e no meio ambiente. A Tecnologia da Informação pode ser definida como um termo que engloba todas as formas de tecnologia utilizada para criar, armazenar, trocar e manipular a informação em suas diversas formas (dados de empresas, entrada de voz, imagens estáticas, imagens em movimento, apresentações multimídia, e de outras formas, incluindo aqueles que não ainda concebido). 

O termo é usado freqüentemente para que inclua telefonia e informática em conjunto. 

A Tecnologia da Informação está dirigindo o que tem sido muitas vezes chamado de "a revolução da informação". E também é uma aquisição, processamento, armazenamento e divulgação de todos os tipos de informações utilizando tecnologia de computação e sistemas de telecomunicações. O uso de computadores e redes de difusão de informação foi bastante reforçado de desenvolvimento humano em nossa sociedade. 

A revolução digital tem suscitado grande desenvolvimento para o mundo, permitindo-lhe saltar através de estágios de desenvolvimento. Os países em desenvolvimento se esforçam para alcançar os países mais desenvolvidos. Alimentada pelo avanço em hardware e software, o papel dos computadores tem aumentado continuamente no espaço. Isso se tornou mais evidente com a introdução da Internet. A idéia de unir a sociedade da informação global é perseguida vigorosamente no mundo inteiro. 

Tal revolução vem promovendo uma série de impactos. Devemos continuar pensando que apenas estamos no começo da internet, apesar de ela ter pouco mais de 10 anos, ela ainda está no berço esperando para receber novas informações. Informações essas que não acabam nunca.


2. O IMPACTO DA TI NA SOCIEDADE

O Impacto da TI na sociedade do futuro é imprevisível, sabemos sim que a evolução tecnológica impactará fortemente nos aspectos econômicos, políticos, institucionais, sociais e culturais da nossa civilização, independentemente da época, o conjunto de informações gerado pela humanidade se disponibiliza no espaço virtual. O mais importante é a associação na mesma mídia, de voz, dados, imagens e texto. Um novo mundo se abre, pois pode – se tratar todas como Informação.

O conceito de mudança é central ao entendimento da evolução ao que é a sociedade da informação. Este conceito tem sido usado nos diversos meios de comunicação. A informática, o uso da Internet, e o comércio eletrônico. A mudança se tornou uma categoria central no mundo atual, associada com o comportamento das pessoas na sociedade, nas organizações, na economia, no comércio de compra e vendas de produtos e serviços, entre pessoas jurídicas e físicas. A Internet influenciou profundamente o comportamento da sociedade, possibilitando condições de realizar inúmeras coisas pela rede. A Tecnologia da informação vem conquistando grande espaço na vida dos clientes e já é uma fonte indispensável na sociedade em geral. Não só as mudanças estão acontecendo, e mais rápido, mais também nossa percepção das mudanças as se torna mais aprofundada pela simultaneidade entre acontecimentos e noticia propiciada pela Tecnologia da Informação, da Internet e principalmente do Comércio Eletrônico.

Segundo Castellis, algumas características fundamentais da tecnologia da informação são:

A informação é sua matéria-prima - as tecnologias se desenvolvem para permitir ao homem atuar sobre a informação propriamente dita, ao contrário do passado quando o objetivo dominante era utilizar informação para agir sobre as tecnologias, criando implementos novos ou adaptando-os a novos usos.

Os efeitos das novas tecnologias têm alta penetrabilidade - Porque a informação é parte integrante de toda atividade humana, individual ou coletiva e, portanto, todas essas atividades tendem a ser afetadas diretamente pela nova tecnologia.

Predomínio da lógica de redes - Esta lógica, característica de todo tipo de relação complexa, pode ser, graças às nova tecnologias, materialmente implementada em qualquer tipo de processo.
Flexibilidade - A tecnologia favorece processos reversíveis, permite modificação por reorganização de componentes e tem alta capacidade de reconfiguração.

Crescente convergência de tecnologias – Principalmente a microeletrônica, telecomunicações, optoeletrônica,computadores mas também e crescentemente, a biologia. O ponto central é que as trajetórias de desenvolvimento tecnológico em diversas áreas do saber tornam-se interligadas e transformam-se em categorias segundo as quais pensamos todos os processos. 

Durante a história da humanidade foram utilizadas diversas tecnologias na comunicação e desenvolvimento das sociedades, as tecnologias por si só não geram desenvolvimento ou possibilitam uma melhoria nas condições de vida para os indivíduos da “aldeia global”. É necessária uma integração efetiva entre os setores privado, governamental e ONGs para a formulação de políticas de desenvolvimento que completem os aspectos positivos das tecnologias da informação e minimizem os efeitos negativos da aplicação das mesmas.  

Os possíveis impactos da evolução da tecnologia da informação na sociedade, passou a se denominar sociedade da informação. A Internet, junto às telecomunicações, é tida como a responsável pela interligação do mundo, formando o que hoje se denomina “aldeia global”, essa interligação tem pontos positivos e negativos, alguns são:

Pontos positivos:
A comunicação entre pessoas do mundo todo, via e-mail e sites de relacionamento (Orkut,Sônico,MSN entre outros);
As transações bancárias;
Inscrição em disciplinas;
Compras on-line.

Pontos negativos:
O risco de vírus no sistema;
A perda de dados durante o acesso;
O risco de invasores on-line durante as transações bancárias;
Os crimes da internet.


3. O IMPACTO DA TI NAS ORGANIZAÇÕES
       
A tecnologia da informação (TI) invade a vida das organizações e das pessoas provocando profundas transformações. Modifica profundamente o trabalho dentro das organizações e, principalmente, fora delas. A ligação com a Internet e a adoção da Intranet e redes internas de comunicação intensificam a globalização da economia através da globalização da informação.

Não há mais dúvidas de que para as funções da administração - planejamento, organização, liderança e controle - são de suma importância os sistemas que fornecem informações aos administradores.


Para que essas informações sejam usadas corretamente devem ser avaliadas segundo quatro fatores:

Qualidade da informação - quanto mais precisa a informação, maior sua qualidade e com mais segurança os administradores podem contar com ela no momento de tomar decisões;

Oportunidade da informação - para um controle eficaz, a ação corretiva deve ser aplicada antes de ocorrer um desvio muito grande do plano ou do padrão; portanto as informações devem estar disponíveis para a pessoa certa no momento certo;

Quantidade da informação - dificilmente os administradores podem tomar decisões precisas e oportunas sem informações suficientes; contudo é importante que não haja uma inundação de informações, de modo a esconder as coisas importantes;

Relevância da informação - de modo semelhante, a informação que os administradores recebem deve ter relevância para suas responsabilidades e tarefas.

Durante os últimos trinta anos, um conjunto de desafios gerenciais tem sido criado pela rápida evolução da Tecnologia da Informação (TI). Para enfrentar tais desafios, novos departamentos foram criados nas empresas, ocorreu recrutamento em massa de novos tipos de staff, grandes investimentos em hardware e software foram feitos e foram instalados sistemas de informação que afetaram profundamente como as empresas operam e competem. O impacto da TI não se restringe a grandes corporações. Influencia, também, médias e pequenas empresas e, em todas, torna-se um problema mais complexo que no passado.
Organizações bem sucedidas, públicas ou privadas, serão, neste final de século, aquelas que souberem escolher e utilizar a tecnologia de forma apropriada para atingir seus objetivos.

À medida em que a tecnologia se confunde com os produtos e serviços gerados por uma organização, permitindo inovação, melhoria na qualidade e novas abordagens de relacionamento com seu público-alvo (o cliente), administrá-la deve tornar-se o foco central de toda sua estratégia.

Entretanto, para muitas organizações, ainda existe um hiato muito grande entre estratégias e uso da tecnologia da informação, principalmente com relação à tecnologia da informação.


4. O IMPACTO DA TI NO MEIO AMBIENTE

Estamos passando por um período onde o impacto causado pelo homem no meio ambiente, desde o surgimento das indústrias, vem sendo observado a olho nu, como o efeito do “Aquecimento Global”. Diante desta realidade, é preciso adotar novas formas de administrar os recursos naturais e as emissões de gases poluentes. Os recursos técnicos, naturais e financeiros, precisam ser utilizados no presente, de maneira que possam ser aproveitados no futuro. Atualmente empresas têm adotado medidas de redução dos impactos ao meio ambiente, devido ao aumento da fiscalização e da preocupação com a sua imagem no mercado, pois a sociedade tem se conscientizado a cada dia dos impactos que a TI pode e tem causado ao meio ambiente.
A TI, vem criando alternativas de investimentos em novas tecnologias que possibilitem a redução de energia elétrica proporcionando uma melhoria na qualidade de vida e no meio ambiente, Contudo, há um questionamento sobre os reais ganhos advindo dos investimentos em TI na eficiência das aplicações da mesma em avaliação dos impactos sobre o meio ambiente. A eficácia deve ser mantida ao longo do tempo e, para este fim, é fundamental o conceito de alinhamento desta, com o Desenvolvimento Sustentável e a Gestão Ambiental.

A tecnologia está presente em todos os lugares, mas o grande problema é que, para a maioria dos produtos tecnológicos funcionarem é necessário o uso de energia elétrica, Quanto mais há demanda por produtos tecnológicos mais o consumo de energia elétrica cresce, como também o lixo eletrônico, devido a rapidez da evolução e do aperfeiçoamento dos produtos, computadores e celulares, por exemplo, tornam-se obsoletos e são abandonados continuamente. Não é segredo para ninguém que a TI tem um passivo ambiental grave. 

Se jogado sem controle de volta ao ambiente, o lixo eletrônico não só leva milhares de anos para se decompor, como também é um problema ambiental e de saúde pública por conta das substâncias tóxicas utilizadas em sua fabricação, como chumbo e mercúrio, que podem contaminar o solo ou os lençóis freáticos e causar doenças como câncer, por exemplo, ou mutações em pessoas cujas moradias são próximas aos lixões onde as máquinas foram jogadas sem cuidado, trazendo a necessidade da busca por novas fontes energéticas, e, de políticas para garantir a destinação adequada dos resíduos eletrônicos ao fim de sua vida útil. 

 A Tecnologia da informação, aparentemente sem relação alguma com o meio ambiente, intimamente ligada ao consumo de papel e, portanto, pode ter um  considerado impacto ambiental. Apesar de todos os esforços para redução do uso do papel, o setor continua em alta, ganhando mercado. É necessário uma conscientização dos profissionais e usuários da TI que possa levá-los a mudança de hábitos no que se refere a diminuição do uso de papel. Recursos para tanto não faltam, pois já existem várias soluções suficientes para conscientizar os usuários os impactos ambientais causados pela TI. Uma dessas soluções seria a TI Verde. 

TI Verde é a iniciativa de compromisso e estratégias que reduzem os problemas ambientais causados pela tecnologia. Estas iniciativas podem trazer redução de consumo de energia, incluindo hardware, eletricidade, combustível e papel entre outros.

Com a crescente expansão da TI Verde, as empresas de pequeno e médio porte passaram a adotar tais medidas na busca pela sustentabilidade com ganhos econômicos e ambientais, antes seguidas somente por grandes empresas e corporações. 

O conceito de TI Verde cresce também na sociedade mesmo que de forma inconsciente, já que a preocupação ambiental é assunto recorrente no dia-a-dia de todos. O que falta, de fato, é a conscientização do usuário doméstico de que a TI Verde também pode ser praticada em sua casa com pequenas mudanças de comportamento e ações voltadas à redução da emissão de CO2. Para tal, é necessário fazer uso da reutilização e reciclagem de equipamentos, investimentos (quando necessários) em suprimentos com "selo verde" e evitar a subutilização de sistemas, otimizando o uso de quaisquer produtos sejam eles eletrônicos ou não, reduzindo assim os impactos ambientais da TI. 


5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                         Estamos de fato, diante de uma nova era tecnológica, cuja vantagem é disponibilizar globalmente as informações, expandir micro e pequenas empresas em nível internacional e nacional, independente de sua localização geográfica. O avanço tecnológico, mais especificamente a internet e o comércio eletrônico esta proporcionando mudanças na economia mundial, gerando um novo padrão de competitividade em que a capacidade de gerar inovações em intervalos de tempo cada vez melhor é o que ira fazer o diferencial competitivo para os países e as empresas. A tecnologia da informação esta certamente trazendo novidades para a sociedade de um modo geral e para a comunidade de informações em particular, porém é necessário de medidas para minimizar seus impactos. Impactos estes que podem ser caracterizados por nova forma de comunicação, como teleconferências, conferencia por computador, correio eletrônico, aproximação da ciência com a tecnologia, pela redução dos tempos e maior eficiência dos processos de comunicação, aumento de capacidade intelectual do homem, com expansão de sua memória, capacidade de processamento e de comunicação.

Como podemos perceber, a tecnologia da informação pode fazer com que o mundo esteja em nossas mãos, desde que tenhamos o conhecimento e as condições necessárias para tanto, e neste contexto não podemos nos esquecer da responsabilidade que temos ao usá-la, já que a mesma apresenta não só aspectos positivos, mas também negativos.  

REFERÊNCIAS

BRIEN, James A. O. Sistemas de Informação e as Decisões Gerenciais na era da Internet 2° edição São Paulo: Saraiva 2004.

C. Laudon, Kenneth; Laudon, Jane Price. Sistemas de Informação. 4° edição Rio de Janeiro: Ltc 1999.

M. Stair. Principios de Sistemas de Informação. 2° edição Rio de Janeiro: Ltc 1998

TURBAN; Mclean; Wethenbe. Tecnologia da Informação para Gestão Transformando os Negócios na Economia Didital. 3° edição Porto Alegre: Bookman 2004.

TURBAN, Efraim; Jr. R. Kelly Rainer; Potter, Richard E. Administração de Tecnologia da Informação - Teoria e Prática. 3ª edição São Paulo: Elsevier 2005.

A SOCIEDADE DE CONSUMO NA PUBLICIDADE


Por: Jacqueline Sandra Nogueira Pereira
3º Período Publicidade e Propaganda – Faculdade Martha Falcão 
Publicidade e Meio Ambiente – Prof. Johanes Gonçalves

A abundância dos bens de consumo é considerada, frequentemente, um símbolo do sucesso das economias capitalistas modernas, esta abundância passou a receber uma conotação negativa, sendo objeto de críticas que consideram o consumismo um dos principais problemas das sociedades industriais modernas. Os bens, em todas as culturas, funcionam como manifestação concreta dos valores e da posição social de seus usuários. Na atividade de consumo se desenvolvem as identidades sociais e sentimos que pertencemos a um grupo que envolve coesão social, produção e reprodução de valores. Desta forma, não é uma atividade neutra, individual e despolitizada. Ao contrário, trata-se de uma atividade que envolve a tomada de decisões políticas e morais praticamente todos os dias. Quando consumimos, de certa forma manifestamos a forma como vemos o mundo. Há, portanto, uma conexão entre valores éticos, escolhas políticas, visões sobre a natureza e comportamentos relacionados às atividades de consumo.

Palavras Chave: Sociedade, Consumo, Sustentabilidade.

Com a expansão da sociedade, o consumo se transformou em uma compulsão e um vício, estimulados pelas forças do mercado, da moda e da propaganda. A sociedade de consumo produz carências e desejos incessantemente. Os indivíduos passam a ser reconhecidos, avaliados e julgados por aquilo que consomem aquilo, que vestem ou calçam, pelo carro e pelo telefone celular que exibem em público. O próprio indivíduo passa a se auto avaliar pelo que tem e pelo que consome. Mas é muito difícil estabelecer o limite entre consumo e consumismo, pois a definição de necessidades básicas está intimamente ligada às características culturais da sociedade e do grupo a que pertencemos. 

Em suas atividades de consumo, os indivíduos acabam agindo centrados em si mesmos, sem se preocupar com as consequências de suas escolhas. O cidadão é reduzido ao papel de consumidor, sendo cobrado por uma espécie de “obrigação moral e cívica de consumir”. O consumo é o lugar onde os conflitos entre as classes, originados pela participação desigual na estrutura produtiva, ganham continuidade, através da desigualdade na distribuição e apropriação dos bens. Assim, consumir é participar de um cenário de disputas pelo que a sociedade produz e pelos modos de usá-lo. 

Definitivamente foi-se o tempo em que consumir era algo despretensioso e que os desejos, por mais supérfluos que fossem, deveriam ser atendidos a qualquer preço. Hoje, a humanidade sente na pele as consequências de centenas de anos de consumo desenfreado e irresponsável, na forma de aquecimento global, poluição de águas, extinção de animais e outros desastres ecológicos.

Cresce em nível mundial o número de pessoas e empresas que se sentem responsáveis pela atual crise ambiental e que, de alguma forma, estão dispostas a mudar seus padrões de consumo e exigem cada vez mais das empresas práticas efetivas de responsabilidade socioambiental.

A humanidade já consome mais recursos naturais do que a capacidade de renovação da Terra. Se os padrões de consumo e produção se mantiverem no atual patamar, em menos de 50 anos serão necessários dois planetas Terra para atender nossas necessidades de água, energia e alimentos. Esta situação já é refletida, por exemplo, no acesso irregular à água de boa qualidade em várias partes do mundo e na poluição dos grandes centros urbanos.


O Consumo Consciente

Não é preciso dizer que esta situação pode dificultar a vida no planeta, inclusive da própria humanidade. A melhor maneira de mudar isso é a partir das escolhas de consumo. Todo consumo causa impacto (positivo ou negativo) na economia, nas relações sociais, na natureza e em nos mesmo. Ao ter consciência desses impactos na hora de escolher o que comprar, de quem comprar e definir a maneira de usar e como descartar o que não serve mais, o consumidor pode buscar maximizar os impactos positivos e minimizar os negativos, desta forma contribuindo com seu poder de consumo para construir um mundo melhor. Isso é Consumo Consciente. Em poucas palavras, é um consumo com consciência de seu impacto e voltado à sustentabilidade.

          O consumidor consciente busca o equilíbrio entre a sua satisfação pessoal e a  sustentabilidade, maximizando as consequências positivas deste ato não só para si mesmo, mas também para as relações sociais, a economia e a natureza; Busca também disseminar o conceito e a prática deste consumo, fazendo com que pequenos gestos realizados por um número muito grande de pessoas promovam grandes transformações.
         
 O consumo consciente pode ser praticado no dia-a-dia, por meio de gestos simples que levem em conta os impactos da compra, uso ou descarte de produtos ou serviços, ou pela escolha das empresas da qual comprar, em função de seu compromisso com o desenvolvimento socioambiental. Assim, é uma contribuição voluntária, cotidiana e solidária para garantir a sustentabilidade da vida no planeta.


O Consumo Sustentável 

A ideia de consumo sustentável é a de promover a reflexão dos hábitos de consumo da população, despertando a consciência ecológica. Nesse sentido, o consumidor deve adquirir somente o que for necessário para suprir suas necessidades básicas de sobrevivência, evitando, portanto, a aquisição de produtos supérfluos e o desperdício, contribuindo dessa forma para a preservação ambiental. Esse é um dos principais elementos para se atingir o desenvolvimento sustentável, proporcionando recursos naturais em quantidade e qualidade às futuras gerações. Portanto, é essencial que seja evitado o desperdício, havendo o controle no consumo de água e energia elétrica, sendo necessário colocar em prática a Política dos 3 R’s (Reduzir, Reutilizar e Reciclar), além de adquirir produtos de qualidade e que em sua produção não tenha ocorrido a destruição dos recursos naturais.


Consumo Consciente e Consumo Sustentável

Estas expressões surgiram como forma de incluir a preocupação com aspectos sociais, e não só ecológicos, nas atividades de consumo. Nestas propostas, os consumidores devem incluir, em suas escolhas de compra, um compromisso ético, uma consciência e uma responsabilidade quanto aos impactos sociais e ambientais que suas escolhas e
comportamentos podem causar em ecossistemas e outros grupos sociais, na maior parte das vezes geográfica e temporalmente distantes.


Referências

CONSUMO SUSTENTÁVEL: Manual de educação. Brasília: Consumers International/ MMA/ MEC/IDEC, 2005. 160 p. 
http://pt.scribd.com/doc/4957984/Consumo-sustentavel-livro.

Sites Consultados
Geo. Mundo: www.geomundo.com.br
Ambiente Brasil: www.ambientebrasil.com.br
Akatu: http://www.akatu.org.br
Mundo Educação: http://www.mundoeducacao.com.br

Manaus, 14 de Março de 2012.

25 de jun. de 2012

Reciclagem Invisível - Fio de nanotubos de carbono

Pesquisador brasileiro desenvolve técnica que transforma resíduos como o bagaço da cana-de-açúcar em nanotubos de carbono, produto 80 mil vezes menor que um fio de cabelo utilizado na indústria de alta tecnologia.


O que fazer com resíduos produzidos às centenas de toneladas, como bagaço de cana-de-açúcar, garrafas PET e pneus usados? Reciclagem seria a resposta pronta. Só que, para o pesquisador mineiro Johner Oliveira Alves, físico e mestre em engenharia de materiais pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), esses materiais podem gerar dinheiro, com a conversão dos resíduos sólidos para a produção de nanotubos de carbono, estruturas tubulares em escala nanométrica, tão minúsculas que são invisíveis ao olho nu. As estruturas formadas por átomos de carbono são tão pequenas que um tubo é 80 mil vezes menor que um fio de cabelo.

O material é indicado para indústrias de alta tecnologia e tem elevado custo de produção e de comercialização. "Ele tem um peso reduzido e uma resistência mecânica 20 vezes maior que a do aço", afirma Alves, que prega o aumento do envolvimento do Brasil no setor de nanotecnologia. Os nanotubos podem ser usados em baterias, dispositivos eletrônicos, materiais compostos para indústrias, como a aeronáutica, entre outras aplicações. É um excelente condutor de eletricidade e calor, além de oferecer maior flexibilidade que materiais utilizados tradicionalmente.

A pesquisa foi originada na tese de doutorado do acadêmico, realizada na Universidade de São Paulo (USP), com bolsa sanduíche na Universidade Northeastern de Boston (EUA). O grande destaque do estudo apresentado por Johner Alves é justamente a possibilidade de dispor de uma fonte alternativa para a criação do material, que também pode limpar parte dos danos ambientais provocados pelos resíduos utilizados. O processo funciona assim: restos da queima do bagaço da cana, borracha de pneus velhos e garrafas PET usadas são queimados em processo controlado. Os gases resultantes da combustão passam por um catalisador metálico que recupera parte das partículas sólidas, feitas de carbono, que apresenta a formação de nanotubos. 

Meio ambiente

"O melhor resultado que encontrei foi com o bagaço da cana, que já é queimado nas usinas para gerar energia termicamente, mas que libera gases na atmosfera", ressalta o físico. Segundo ele, o pó grafitado resultante da queima do bagaço pode ser transformado em material de alto valor agregado. Essa parte experimental do trabalho foi feita em Boston. A técnica também permite reduzir em até 90% o volume de resíduos. Esses materiais descartados no meio ambiente, mesmo em aterros sanitários, são preocupação constante dos ambientalistas.

Segundo os estudos do físico mineiro, por ano, 1,4 bilhão de pneus são usados mundialmente. Com a técnica desenvolvida por ele, os restos de todo esse material poderiam ser utilizados para gerar compostos de alto valor agregado, o que não ocorre na maioria das aplicações de reciclagem. 

Manipulação

Pelo fato de as nanopartículas poderem ser absorvidas pelo aparelho respiratório e pela pele, gerando problemas pulmonares e cutâneos, a manufatura de nanotubos exige rigoroso processo de produção e cuidados em relação à saúde do trabalhador. Para isso, o local e a metodologia para sua manipulação seguem regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). "Por ser uma fibra muito pequena, o nanotubo pode atacar o organismo muito facilmente", alerta Alves. 

"Considerado o mercado mundial, a estimativa de negócios que envolvem a nanotecnologia em todo o mundo é da ordem de US$ 380 bilhões", calcula Johner. O pesquisador ainda ressalta a importância da iniciativa para o mercado nacional, no qual produtos com base em nanotecnologias desenvolvidas no Brasil responderam por R$ 115 milhões em 2010, segundo a Agência Brasil. "Os números tendem a aumentar devido aos incentivos governamentais", aposta o pesquisador. Como a exportação da matéria-prima do bagaço da cana é inviável, dado o volume, fica fácil de concentrar a transformação dos resíduos em nanotubos no próprio país.

Estima-se que este mercado gerará em torno de US$ 380 bilhões. Estimativa anual de negócios relacionados à nanotecnologia no mundo.

Por Julio Cabral. 

6 de abr. de 2012

IMPORTÂNCIA DA ENGENHARIA AMBIENTAL

Nos últimos vinte anos e cada vez com maior intensidade, existe uma justificada preocupação sobre o antagonismo economia-ecologia e sobre a qualidade ambiental na Terra. Esta preocupação está permitindo desenvolver políticas que conduzem a uma sociedade industrializada ecologicamente sustentável. 

Dentro dos factores ambientais susceptíveis de serem modificados pelo homem com mudanças que possam ocasionar problemas, que pela sua magnitude são difíceis de avaliar a médio e longo prazo, podem citar-se o próprio homem, a flora, a fauna, o solo, a água, o ar, o clima, a paisagem e os bens do patrimônio cultural. 

Muitas atividades industriais, como a mineração e algumas obras públicas, desenvolvem trabalhos no ambiente subterrâneo, cuja duração pode variar de alguns dias a dezenas de anos. Este tipo de ambiente é afetado por muitos factores susceptíveis de modificações que podem ocasionar danos ao homem, como são a ocorrência de gases, poeiras, temperatura, ruído, desprendimento de rochas, incêndios, radiação, inundação, etc. 

Portanto, as experiências, procedimentos, políticas, gestões, normas, avaliação de impactes ambientais e outros importantes avanços da ecologia, são também definitivamente importantes para o ambiente subterrâneo, pelo que, neste capítulo, se desenvolve uma abordagem integrada sobre este tema, de crescente significado contemporâneo. 

27 de abr. de 2010

Conceitos e perspectivas ecológicos

A ecologia é uma ciência relativamente jovem, iniciada com as expedições dos séculos XVIII e XIX, que vieram a constituir as bases dos estudos de equilíbrio que parecia manter as plantas e os animais a distribuirem-se conjuntamente e de formas determinadas no ambiente geográfico. 

Na segunda metade do século XIX, Haekel (1868) definiu a ecologia como a ciência das relações que mantém os organismos vivos, entre si e a sua envolvente físico-química. Revalle, P.(1984) indica que a palavra ecologia provem dos vocábulos gregos oikos que significa casa ou morada e logos estudo ou tratado. 

Assim genericamente, a ecologia estuda os organismos vivos e a sua distribuição no meio ambiente. Conesa Fernandez, V. (1997) define a ecologia como o estudo dos animais e plantas em relação com seu habitat e costumes, fazendo referência a Colinvaux (1980). 

A ecologia é, assim, uma ciência integradora e multidisciplinar, que precisa processar uma grande quantidade de dados para interpretar, relacionar e conhecer, utilizando como ferramentas instrumentais e de apoio, outras ciências tais como a: Química, Física, Fisiologia, Botânica, Zoologia, Demografia, Matemática, Genética, Sociologia, Sistemática, Geoclimatologia, Geografia, Geologia, etc.

O papel multidisciplinar da engenharia ambiental de hoje exige um maior conhecimento do funcionamento dos seres vivos e da interação com o seu ecossistema. Então, o que é o ambiente? O ambiente global, entendido como o ambiente da Terra, é uma entidade que envolve muitos aspectos, como os constantes na figura abaixo. 

Componentes e sub componentes do meio natural

As componentes do sistema ambiental global (biológico e não biológico) trazem à comunidade um conjunto de serviços indispensáveis e insubstituíveis que mantêm o equilíbrio do ecossistema na Terra, como são os alimentos, os medicamentos, os combustíveis, os materiais de vestir, os materiais de construção, etc. 

Os sistemas vivos também proporcionam serviços funcionais, como a conservação de uma mistura adequada de gases, geração e proteção de solos, transformação de resíduos, restauração de sistemas depois das alterações, etc. Assim, não só a humanidade é totalmente dependente do meio natural, mas também a totalidade do planeta depende da conservação do meio natural e da interação entre os organismos vivos e os componentes físico-químicos da Terra (Erlich, P.R., 1991). 

23 de fev. de 2010

Níveis de organização biológica no meio ambiente

Um dos maiores axiomas no ambiente global é que tudo está ligado com tudo, de tal modo que as mudanças num componente podem afetar muitos outros, tanto no espaço como no tempo. No nível mais elementar, as células são as unidades básicas estruturais e funcionais da vida, constituindo os organismos que são os processadores ativos da matéria e energia. 

Os níveis principais de organização ecológica podem-se resumir a cinco (Kiely, G., 1999): 

a) Indivíduos: possuem funções fisiológicas e respondem às condições de um ambiente determinado. Pertencem a uma espécie que compreende todos os indivíduos que potencialmente são capazes de se reproduzir. 

b) Espécie: grupos de indivíduos caracterizados por sua raça e seu parentesco, portanto possuindo genes comuns e/ou hereditários. As espécies não se distribuem ao acaso dentro do ecossistema, mas dependem das interações com outras espécies e das condições físicas e químicas de seu habitat. Cada espécie tem um nicho particular, definido por factores físicos (umidade, temperatura, etc.), biológicos (tipo de nutrientes e quantidade de predadores que atuam sobre ela) e etológicos (ciclos estacionais e temporários, organização, etc.). 

c) População: são os membros de uma espécie que vivem em conjunto numa determinada localidade e ao mesmo tempo. Populações da mesma espécie podem diferir em tamanho, ritmo de reprodução, de morte e, portanto, do crescimento. As populações funcionam como sistemas autônomos, regulando sua densidade por suas próprias características e as de seu ambiente, mas pela complexidade e variedade de nichos, a regulação deve-se a mais de um fator. 

d) Comunidade: inclui os organismos vivos, ou seja, plantas e animais (incluído microrganismos), que interagem mutuamente num ambiente particular que compreende as populações e as suas respectivas espécies. As comunidades são submetidas a três mecanismos dentro do ecossistema: seleção (sobrevivem os indivíduos melhor adaptados às condições do meio), evolução (processo de mudanças acumuladas e adaptação das sucessivas gerações dos organismos a partir dum antecessor comum) e competição (que consiste na luta por um recurso). Estes três mecanismos propiciam a sucessão de umas comunidades por outras. 

e) Ecossistema: Refere-se ao sistema dos organismos vivos ou biológicos e os componentes ambientais não biológicos, de tal modo que o processo ecológico passa a constituir o ecossistema.

Esquema do ecossistema (modificado de Revelle, P., 1984)
No ecossistema global o Sol constitui a fonte de luz, de calor e de energia, que dá vida no planeta Terra. O seu calor emitido mantém uma temperatura adequada para os seres vivos e para isso, contribui a camada de ozono que filtra os raios ultravioletas prejudiciais à vida. 

Sem o Sol não haveria a evaporação das águas, que é fundamental para o ciclo da água, nem o processo de fotossíntese que possibilita que as plantas retirem gás carbônico do ar com os que produzem o oxigênio. Os animais, durante a respiração, retêm oxigênio e expelem dióxido de carbono que as plantas utilizam durante a fotossíntese, reiniciando o processo. 

A fotossíntese é um processo químico através do qual os vegetais, certas bactérias e algas azuis produzem a sua própria matéria orgânica, a partir de energia luminosa e de substâncias simples (água e o dióxido de carbono), libertando no processo oxigênio para o meio. 

O nitrogênio ou azoto é outro dos componentes essenciais à vida por causa dos aminoácidos, proteínas (DNA e RNA), e forma parte da atmosfera em cerca de 80%. Os animais e as plantas absorvem nitrogênio sob as formas de amônia ou de nitrato. 

As bactérias transformam a amônia em nitritos e em seguida em nitratos, que são usados pelas plantas como proteínas. Os animais herbívoros ao comerem as plantas acabam absorvendo nitrogênio. 

Os animais carnívoros que comem os herbívoros e outros carnívoros também acabam absorvendo nitrogênio. Essa sequência em que alguns animais comem outros é chamada cadeia alimentar, que se inicia com o processo de fotossíntese das plantas e raramente excede quatro ou cinco níveis ou grupos de seres vivos. 

Quando os animais e plantas morrem, certas bactérias e fungos convertem seus compostos de nitrogênio em gás nitrogênio, reiniciando o ciclo do azoto. O ciclo da água é outro dos ciclos básicos para a vida na Terra, que tem seu início com a evaporação das águas dos oceanos, lagos e rios, formando nuvens e retornando à Terra em forma de chuva e neve. 

Nas áreas com vegetação, o solo retém água que é usada pelas plantas e a restante acaba indo para os rios e lagos.  

Ecossistema global e a cadeia alimentar
A água não utilizada pelas plantas passa através de solos e infiltra-se até as grandes reservatórios subterrâneos, formando os chamados aquíferos, que fluem em direcção aos oceanos. Como se pode observar, o ecossistema global é formado por ciclos e processos interdependentes e de forma sincronizada e equilibrada. O ser humano, ao longo do tempo, vem criando produtos e processos que interferem directa ou indirectamente nesse equilíbrio. 

f) Biomassa: é um nível mais alto de organização, como o bosque tropical que ocorre nas zonas de alta temperatura e intensa pluviosidade. 

g) Biosfera: é o maior nível de organização, que é parte da Terra e da atmosfera na qual existe a vida. Inclui a crosta superficial, os oceanos e os sedimentos no fundo das massas de água e parte da atmosfera ocupada pela vida. A este nível ecológico produzem-se ciclos bio-geo-químicos de grande dimensão com participação de elementos naturais e poluentes. Um dos objetivos do estudo ecológico é entender como funcionará a biosfera (como se forma um grande ecossistema) no futuro e como solucionar os problemas já causados. 

Os factores não biológicos do ecossistema influenciam em número e gênero os organismos existentes. 
  • A luz natural do Sol é um dos principais factores, porque as plantas de cor verde ao usarem a energia solar produzem o processo de fotossíntese, gerando material orgânico e quase todas as criaturas vivas dependem deste organismo para seu alimento. 
  • A água é o composto que precisam na Terra todas as formas de vida, a qual é parte do processo precipitação/evaporação. É o maior solvente da natureza, pelo que a dissolução dos poluentes afeta o ambiente, como a chuva ácida que se forma quando o óxido sulfuroso produzido pela combustão dos combustíveis fósseis se dissolve na chuva, reduzindo o desenvolvimento das florestas e causando a contaminação das águas. 
  • A temperatura tem um profundo efeito no desenvolvimento dos organismos, incluindo a reação bioquímica que é necessária para a vida e depende da temperatura. As mudanças de temperatura pela ação do homem no ambiente poderiam produzir efeitos negativos ou devastadores no ecossistema. 
  • O oxigênio é um elemento não biológico muito importante, pois tanto plantas como animais o usam para obter energia que permita o seu desenvolvimento e metabolismo. Na Terra, o oxigênio é variável em função da altitude e seu abastecimento poderá variar, dependendo das plantas existentes. As águas naturais contêm oxigênio, que é um meio vital para os animais e plantas, podendo ocorrer a sua contaminação pela ação do homem. 
  • O solo é também importante por servir de suporte para o desenvolvimento dos seres vivos, principalmente através das pastagens e florestas.