Mostrando postagens com marcador ECONOMIA. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador ECONOMIA. Mostrar todas as postagens

3 de jan. de 2024

Conheça as diferenças entre uma Comercial Exportadora e uma Trading Company

Sabe a diferença entre empresa comercial exportadora e trading company? No texto de hoje vamos esclarecer algumas das suas dúvidas com relação ao tema da Trading Company e Comercial Exportadora, por isso, fique com a gente até o fim deste artigo.

O que você verá hoje sobre comercial exportadora e trading company?

  1. O que é comercial exportadora;
  2. O que é trading company;
  3. Quais as diferenças entre empresa comercial exportadora e trading company?
  4. Vantagens e desvantagens de cada uma.

As Empresas Comerciais Exportadoras (ECE) e as Trading Companies (TC) são especializadas em operações de exportação de produtos para diversos mercados, propiciando oportunidades de negócios para micro e pequenas empresas brasileiras, uma vez que dispõem de canais de distribuição e de relacionamento com clientes no exterior.

Comercial Exportadora e Trading Company


O que é Comercial Exportadora

As empresas comerciais exportadoras, constituídas no Brasil, atuam como intervenientes na exportação indireta. Também desenvolvem a prática comercial de comprar produtos do produtor ou fabricante e vendê-los para o exterior – compra com fim específico de exportação. Desta forma, pode-se dizer que as comerciais exportadoras possuem conhecimento do mercado internacional e tem relação com clientes de outros países o que permite atua-la desta maneira. 

O que é Trading Company

As Trading Companies são empresas que visam a facilitação do processo de importação e exportação de mercadorias entre negociantes em países distintos. Dentre seus principais diferenciais, destaca-se a maior segurança ao fazer a negociação, pois a trading irá executar uma análise minuciosa do fornecedor ou comprador, diminuindo grandemente a chance do comércio com empresas desonestas ou o recebimento da carga com qualidade inferior ao acordado. 

Em resumo, pode se definir a função da Trading Company como um intermediário entre compradores e vendedores que se encontram em países diferentes, buscando sempre pela agilidade do processo.

Esses empreendimentos efetuam um planejamento extensivo para encontrar as melhores oportunidades oferecidas no mercado e fazer uso das oportunidades fiscais e logísticas apresentadas. Normalmente, os serviços dessas companhias acabam por sair mais baratos do que a implantação de um núcleo de importação/exportação dentro da empresa, enquanto ainda reduz toda a dor de cabeça atrelada ao processo seletivo, contratação e coordenação de pessoal. A expressão não é utilizada na legislação brasileira e há confusão entre as definições de empresa comercial exportadora e trading company.

Quais as diferenças entre empresa Comercial Exportadora e Trading Company?

Como podemos observar, a legislação brasileira prevê a existência de dois tipos de empresas comerciais exportadoras. A diferença entre elas está em possuir ou não o Certificado de Registro Especial. 

Para receber o certificado, a comercial exportadora precisa, entre outras exigências, ser uma Sociedade anônima e ser constituída por um capital social mínimo. Já as demais ECEs (empresas comercial exportadora), são regidas pelo Código Civil Brasileiro e, para realizar transações com o estrangeiro, devem estar habilitadas na Receita Federal.

Embora as duas modalidades atuem de forma semelhante, a distinção como sociedade anônima tende a dar mais peso à trading company no mercado internacional. Isso acontece porque a empresa normalmente detém mais capital financeiro, o que lhe oferece mais segurança para sustentar transações comerciais. Do ponto de vista tributário, não existem diferenças entre as duas modalidades. Ambas possuem os benefícios fiscais para o Imposto sobre Produtos e Industrializados (IPI), para as Contribuições Sociais e para o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Vantagens da Empresa Comercial Exportadora

  • É formada em conformidade com as regras de qualquer empresa comercial;
  • Não é preciso possuir capital mínimo para ser criada;
  • Pode ser criada como S/A ou sociedade limitada;
  • É intermediadora de exportações indiretas;
  • Realiza operações nos mercados internos e externos (como importadora ou exportadora);
  • Aproveitar benefícios fiscais para exportação de Possui interesse em atender pequenas e médias empresas;
  • Tem experiência e conhecimento do mercado externo, conhecimento de clientes estrangeiros e consegue assessorar seus clientes a se inserir internacionalmente.


Desvantagens da Empresa Comercial Exportadora

  • Normalmente atua em dimensão bem menor do que uma trading company;
  • O reconhecimento internacional é menor;
  • Possui responsabilidade por todos os riscos que envolvem a transação de mercadorias com o exterior.


Vantagens da Trading Company:

  • Dá mais segurança e seriedade por ser constituída sob uma sociedade anônima (S/A);
  • Tem características de empresa de porte médio para grande, o que também dá mais segurança para transações comerciais;
  • Aproveitar benefícios fiscais para exportação de mercadorias;
  • Tem capacidade financeira para realizar operações de altíssimo valor;
  • É intermediadora de exportações indiretas;
  • Tem capacidade de financiamento e de industrialização;
  • Tem experiência e conhecimento do mercado externo, conhecimento de clientes estrangeiros e consegue assessorar seus clientes a se inserir internacionalmente.


Desvantagens da Trading Company

  • Precisa de capital mínimo para ser constituída;
  • Possui responsabilidade por todos os riscos que envolvem a transação de mercadorias com o exterior;
  • Precisa do registro especial para comercializar com o exterior.


Trading Importação: o que é?

"Trading" ou "trading company" refere-se a uma empresa que atua como intermediária no processo de importação e exportação. Uma empresa de trading importação desempenha um papel fundamental ao facilitar o comércio entre diferentes países, conectando compradores e vendedores e ajudando na logística e na documentação necessárias para o transporte de mercadorias.

As empresas de trading importação geralmente não produzem os produtos que estão sendo negociados, mas compram e vendem bens de outros fabricantes. Elas podem atuar como intermediárias em diversas etapas do processo, desde a compra de mercadorias até a entrega ao cliente final.

Essas empresas desempenham um papel importante para empresas que desejam expandir suas operações globalmente, pois podem lidar com muitos dos desafios logísticos e burocráticos associados ao comércio internacional. Além disso, as empresas de trading importação podem ter conhecimento especializado sobre regulamentações aduaneiras, tarifas e outros aspectos do comércio internacional, o que pode ser benéfico para as empresas que estão entrando em novos mercados.


O que é Logística Internacional?

Agora que você já sabe o que faz uma Trading Company, vamos relembrar o que é logística internacional. A Logística Internacional é uma ferramenta fundamental para a expansão do comércio exterior, e deve ser utilizada de forma estratégica para diferencial competitivo nas negociações internacionais.

👉 globalização tem tornado as empresas cada vez mais competitivas e com conceitos modernos aos seus procedimentos, negócios e produtos. Esse processo está integralmente ligado aos processos de compra, armazenagem e distribuição das mercadorias.

7 de nov. de 2023

ICC do Reino Unido lança kit de ferramentas de sustentabilidade para 2023

A Câmara de Comércio Internacional (ICC) do Reino Unido lançou um Kit de Ferramentas de Sustentabilidade, concebido para orientar as empresas na incorporação de práticas sustentáveis ​​nas suas cadeias de valor globais.


Hoje, a Câmara de Comércio Internacional (ICC) do Reino Unido lançou um Kit de Ferramentas de Sustentabilidade, concebido para orientar as empresas na incorporação de práticas sustentáveis ​​nas suas cadeias de valor globais.

À medida que o mundo do comércio internacional luta para enfrentar as alterações climáticas e as suas implicações, este relatório pretende fornecer às empresas um conjunto de ferramentas para equilibrar a prosperidade económica com a responsabilidade ecológica.

O kit de ferramentas, “Tornar a ação climática e ambiental um negócio de todos”, serve como um guia para as empresas integrarem a sustentabilidade em suas operações, analisando tópicos como biodiversidade, economia circular, emissões líquidas zero, cláusulas contratuais climáticas, digitalização da cadeia de fornecimento e estruturas de relatórios de sustentabilidade.


Biodiversidade e o Compromisso Empresarial Positivo para a Natureza

O kit de ferramentas enfatiza a importância da biodiversidade, destacando a interligação de todas as formas de vida e o seu papel na manutenção de ecossistemas e economias saudáveis. Apresenta o Nature Positive Business Pledge, que incentiva as empresas a compreender e reverter os seus impactos na natureza em todas as suas cadeias de valor.

Este compromisso é um apelo à ação para que as empresas alinhem as suas estratégias com a proteção da biodiversidade e a gestão sustentável dos recursos.



Economia circular e iniciativas líquidas zero

A economia circular é outro ponto focal do conjunto de ferramentas, instando as empresas a minimizarem os resíduos e a aproveitarem ao máximo os recursos. Esta abordagem é exemplificada por empresas como o BT Group, que está a migrar para redes circulares como parte do seu esforço de sustentabilidade.

As metas líquidas zero também são um aspecto significativo do conjunto de ferramentas, com estudos de caso como a abordagem “inteligente em carbono” da Conservação do Solo na agricultura, demonstrando como as empresas podem reduzir a sua pegada de carbono e contribuir para o esforço global para mitigar as alterações climáticas.


Digitalização da cadeia de abastecimento e estruturas de relatórios

A digitalização da cadeia de abastecimento é apresentada como um meio de melhorar a rastreabilidade e a responsabilização nos processos de produção. O kit de ferramentas inclui exemplos como a rastreabilidade global do alumínio canadiano, mostrando como as soluções digitais podem apoiar os objetivos de sustentabilidade.

Além disso, o kit de ferramentas fornece informações sobre estruturas de relatórios de sustentabilidade, como o Grupo de Trabalho para Divulgações Financeiras Relacionadas com a Natureza (TNFD) e o Grupo de Trabalho para Divulgações Financeiras Relacionadas com o Clima (TCFD). Estes quadros ajudam as empresas a medir e comunicar o seu impacto ambiental, promovendo a transparência e a tomada de decisões informadas.


Centro Climático para PMEs

Compreender a regulamentação climática é difícil para todos, mas para as PME que muitas vezes enfrentam restrições financeiras e de tempo, pode ser ainda mais oneroso.

Este conjunto de ferramentas climáticas visa apoiar as PME nos seus esforços para reduzir as emissões para metade até 2030 e para inovar em soluções climáticas que impulsionem a sociedade para o zero líquido em apenas alguns passos.

Assumir o compromisso climático: O SME Climate Hub convida as PME a aderirem à campanha Race to Zero das Nações Unidas, instando-as a assumir um compromisso formal com a ação climática.

Medir e reportar emissões: As empresas são incentivadas a medir as suas emissões para compreender a sua linha de base e as maiores fontes de emissões. Após os primeiros 18 meses de assinatura do Compromisso Climático das PME, as empresas são obrigadas a reportar o seu progresso.

Desenvolver uma estratégia empresarial: Com uma compreensão clara das suas emissões, as PME podem desenvolver estratégias específicas para reduzir eficazmente a sua pegada de carbono.

Reduzir as próprias emissões: O kit de ferramentas orienta as empresas a reduzir as emissões diretamente sob seu controle, como o uso de energia no escritório e as viagens de negócios.

Reduzir as emissões da cadeia de valor: Também aborda a importância de gerir as emissões ao longo da cadeia de abastecimento, que muitas vezes representam uma parcela maior das emissões totais de uma empresa.

Contribua para a ação climática na sociedade: Ao partilhar o seu compromisso e as suas próprias histórias, pode impactar a jornada climática das suas comunidades. A resposta às alterações climáticas exige uma acção colectiva, mas existem passos tangíveis que a indústria pode tomar para avançar na direcção certa.

Visite https://iccwbo.uk/ para obter mais informações sobre o kit de ferramentas de sustentabilidade.

Apesar do arrefecimento da inflação, autoridades do Fed se dividem quanto à necessidade de mais aumentos nas taxas

Michelle Bowman, governadora do Federal Reserve dos EUA, fala durante um evento Fed Listens em Washington, DC, EUA, na sexta-feira, 23 de setembro de 2022.Al Drago/Bloomberg/Getty

Numa série de entrevistas e discursos, os responsáveis ​​da Reserva Federal apresentaram diferentes opiniões sobre se as taxas tinham sido suficientemente elevadas.
O presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, disse que a economia estava fazendo progressos suficientes em relação à inflação, enquanto a governadora do Fed, Michelle Bowman, disse acreditar que aumentos adicionais nas taxas podem ser necessários para reduzir ainda mais a inflação.
O presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, disse que a luta do Federal Reserve contra a inflação “ainda não estava terminada”, enquanto o governador do Fed, Christopher J. Waller, observou que o mercado de trabalho estava “se acalmando”.

A campanha de subida das taxas de juro por parte da Reserva Federal teve sucesso na redução da inflação, concordaram vários responsáveis ​​da Fed na terça-feira, mas estes oradores começaram a divergir sobre se as taxas tinham atingido o seu pico.

Enquanto o presidente do Federal Reserve de Chicago, Austan Goolsbee, indicava que os aumentos das taxas do Fed até agora colocaram a economia no que talvez seja um “caminho dourado” para reduzir a inflação de volta à sua meta de 2%, a governadora do Fed, Michelle W. Bowman, disse que não acreditava as taxas atingiram seu pico.

Numa entrevista à CNBC, Goolsbee disse que não iria prever a ação do Fed porque a inflação arrefeceu significativamente. Na verdade, Goolsbee disse que a inflação poderia estar no mesmo caminho que estava em 1982, quando os preços dos bens e serviços caíram cerca de 4%, devido a aumentos agressivos das taxas de juro, semelhantes às ações do Fed no ano passado.

“Podemos igualar a queda mais rápida da inflação no século passado. Portanto, estamos fazendo progressos na taxa de inflação”, disse ele.

Enquanto a inflação estiver caindo, as autoridades do Fed provavelmente estarão debatendo por quanto tempo deixarão as taxas onde estão, e não se deverão aumentá-las novamente, disse ele.

Mas embora a luta contra a inflação em 1982 tenha produzido uma recessão, Goolsbee disse que existe um “caminho dourado” onde as subidas das taxas do Fed podem reduzir a inflação para o objetivo de 2%, ao mesmo tempo que mantêm o desemprego sob controlo, proporcionando a chamada “aterragem suave que evita uma recessão.

Os comentários dos responsáveis ​​da Reserva Federal surgem depois de o Comité Federal de Mercado Aberto ter votado na semana passada para manter a taxa dos fundos federais no seu nível atual de 5,25% a 5,5% .


Kashkari e Bowman sugerem que mais caminhadas podem ser necessárias

Numa aparição na Bloomberg TV, o presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, disse que embora a inflação tenha diminuído, a força da economia e do mercado de trabalho mostraram que ainda era muito cedo para reduzir as taxas.

“Quando a atividade continua tão intensa, isso me faz questionar: a política é tão rígida quanto presumimos que seja?” Kashkari disse. “Ainda não terminamos, o que significa que a inflação não voltou à nossa meta e, se precisarmos fazer mais, faremos.”

Os seus comentários refletiram os sentimentos de Bowman, que disse num evento da Ohio Bankers League que os dados recentes sobre a inflação têm sido “desiguais” e que havia demasiada incerteza sobre a economia para pensar que a luta contra a inflação terminou.

“Continuo esperando que precisaremos aumentar ainda mais a taxa de fundos federais para reduzir a inflação para nossa meta de 2% em tempo hábil”, disse Bowman.

E embora o governador do Fed, Christopher J. Waller, não tenha se concentrado na política monetária federal durante os comentários no Federal Reserve Bank de St. Louis, ele disse que o mercado de trabalho estava “se acalmando”, um sinal de que a inflação pode estar sob controle também.


MERCADO FINANCEIRO E CONFIABILIDADE DIGITAL

Sem se diferenciar dos demais setores mercadológicos, o “Mercado Financeiro”, de modo global sentiu-se obrigado a evoluir em meio as novas regras, “impostas”, por fatores externos que acometeram o mundo. Face ao estado pandêmico enfrentado, em principal no ano de 2020 até meados de 2022, quando foi possível ver a diminuição da curva, estabeleceram restrições de convivo severas, “obrigando” por assim dizer, novas dinâmicas para a continuidade da “roda da fortuna”.


Ora veja, o mercado financeiro, ainda que tenha sofrido variações de modernização ao longo dos anos, sempre se orgulhou por seu sistema ortodoxo de atuação. Gigantes do mercado, sempre mantiveram a tradicionalidade operacional, ditando regras tácitas para a funcionalidade do sistema, adequando o mercado a um “modus operandi” que dificilmente, sofria variações e/ou proporcionava qualquer alternativa diferenciada para um mesmo serviço. Porem, e toda revolução ou modernização sempre se inicia por um “porem”, o mundo ortodoxo passou a se tornar obsoleto em resposta a uma nova dinâmica social, imposta por uma epidemia que mudaria todos os conceitos de convívio social.

Ficava então, no começo de 2020, uma grande incerteza sobre como e por quanto tempo funcionariam os protocolos de distanciamento social, a princípio, esperava-se uma solução ágil que pudesse reacender o mercado, um pequeno “hiato” na normalidade, suposição que logo se mostrou errônea e o mundo passava por um pânico generalizado (ainda existente, em menores proporções), e o congelamento das atividades passou a se tronar perigoso ameaçando o mercado que nunca dorme. O sistema ortodoxo passou a se tornar cada vez menos “possível” uma vez que suas ferramentas não se tornavam capazes de suprir as necessidades do novo “novo”, deixando assim seus serviços morosos, ainda mais difíceis e totalmente contraproducentes.

Os olhares então se voltaram para o meio digital, aquele que sempre oferecia novas alternativas, mais modernas e menos burocráticas ao sistema, mas que por se tratar de uma “novidade”, extremamente “heterodoxa”, sempre fora repelida pelo sistema jurássico (e aqui cabe todo o respeito da palavra, uma vez que ainda que não siga os padrões de modernização, fora capaz de manter-se equilibrado e funcional ao longo dos anos). Instituições outrora gigantes perante ao mercado que dominavam, passaram a ter concorrência direta, de sistemas muito menos onerosos, mais velozes eficientes e de surpreendente dinâmica.

Palavras como Digital Banking, Fintechs, Criptocoins, ICO’s e Blockchain, dominaram o mercado com a mesma velocidade que prometem. Velhos paradigmas passaram a ser quebrados, quando grandes instituições diminuíram seus custos operacionais entendo que ferramentas digitais poderiam suprir com maior eficácia suas necessidades, desmontando os velhos conceitos do ambiente físico como sinal de “poder” ou “funcionalidade”. Programas como Zoom e Google Meet, se tornaram as novas salas de reunião corporativa, home office a nova extensão da empresa e as mentes por trás da era digital os proporcionadores de um novo “gás” para a roda da fortuna não parar.

As dinâmicas vêm ganhando mais força a cada dia, e aqueles que passaram a se adequar ao “novo” mercado, tem visto em novas alternativas um sistema mais eficaz e eficiente de movimentar o mercado financeiro como um todo.

Essas novas alternativas nós proporcionaremos a você, na Alternative, com novos conceitos, unificando o conhecimento de mercado com a tecnologia. O ano de 2022 se mostra revolucionário para o mundo, com a premissa de que a era digital poderá mudar todos os conceitos passados, estabelecendo uma estrutura que promete ampliar o mercado de forma histórica, podendo ser o salvo refugio a uma economia que sofreu grandes perdas nos anos que se antecederam.

Convido você a não ficar fora dessa nova estrutura, e ainda mais, convido você a andar conosco nessa jornada que promete ser incrível.

Siga a Alternative nos LinkedIn e acesse nosso site, e se permita viver o novo com quem entende do mercado.

1 de nov. de 2023

Programa ‘Desenrola’ da Educação realiza refinanciamento do Fies com descontos em juros e multas

Renegociação é destinada a contratos fechados até o fim de 2017 com débitos vencidos e não pagos até 30 de junho de 2023.



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou nesta quarta-feira (1º) o refinanciamento de dívidas de estudantes com o Fundo de Financiamento Estudantil (FIES).

Segundo publicação do presidente na rede social X, antigo Twitter, a renegociação é destinada a contratos fechados até o fim de 2017 com débitos vencidos e não pagos até 30 de junho de 2023. “Na verdade é quase que um Desenrola para as pessoas que estavam fazendo o Fies”, disse Lula em vídeo publicado em seu perfil no X.

“No fundo, no fundo, eu posso dizer para as pessoas que estão nos ouvindo o seguinte: ô cara, se você está devendo ao Fies, está inadimplente, não se desespere. A partir de segunda-feira — não, a partir de agora, você pode procurar a Caixa, pode procurar o MEC, e você vai cuidar de saldar as suas dívidas com muito desconto para que você volte a estudar”, acrescentou.


1,2 milhão de inadimplentes

O ministro da Educação, Camilo Santana, explicou no vídeo com Lula que cerca de 1,2 milhão de pessoas estão inadimplentes, o que totaliza 54 bilhões de reais. “Inclusive, presidente, o aluno que ainda esteja no curso ou que já se formou e está devendo poderá ter desconto de 100% dos juros e multas que estão devendo”, disse o ministro.

Santana adiantou ainda que o ministério estuda mudanças no financiamento estudantil para reforçar seu caráter social.

Congresso analisa projeto de lei que reformula DPVAT

O governo federal encaminhou à Câmara dos Deputados, na terça-feira (31), em regime de urgência, o Projeto de Lei Complementar (PLP) 233/23 que reformula o seguro obrigatório de proteção às vítimas de acidentes de trânsito no Brasil. A medida busca criar um fundo mutualista privado cuja administração se manteria sob a gestão da Caixa, que opera o modelo transitório do seguro DPVAT nos últimos 3 anos.


Atualmente, o seguro obrigatório de acidentes de trânsito é regido pela Lei n.º 6.194, de 1974, e, desde janeiro de 2021 é operado por meio de modelo emergencial e transitório pela Caixa Econômica Federal, após a dissolução do consórcio que funcionava em sua gestão desde 2008.

O projeto propõe a criação de um novo arcabouço para o seguro obrigatório. Com a medida, o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) será o órgão de governança do fundo mutualista e a fiscalização das operações será realizada pela Susep (Superintendência de Seguros Privados). O texto propõe pagamentos anuais e diretos e descarta a necessidade de bilhetes ou apólices.

Concordo que os dados pessoais fornecidos acima serão utilizados para envio de conteúdo informativo, analítico e publicitário sobre produtos, serviços e assuntos gerais, nos termos da Lei Geral de Proteção de Dados. Ao clicar no botão e realizar o envio de seus dados, você autoriza o InfoMoney a coletar seus dados pessoais de acordo com a nossa Politica de privacidade.

Além disso, a proposta mantém a cobertura universal característica do DPVAT, incluindo acidentes causados por veículos não identificados ou inadimplentes. A urgência na tramitação do projeto é justificada pela inexistência de cobertura para sinistros (eventos ou situações cobertas que motivam o uso do seguro) ocorridos após 31 de dezembro de 2023. Fontes do mercado estimam que os atuais recursos para custear as indenizações durem somente até abril ou maio de 2024.

“O Projeto tem como objetivo assegurar a continuidade da política social por meio de um modelo perene e sustentável”, informa o comunicado divulgado no site do Ministério da Fazenda.

Vale lembrar que, em março deste ano, em evento do mercado segurador, o secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Barbosa Pinto, ressaltou o objetivo de se construir, ainda em 2023, a “nova arquitetura” do seguro DPVAT, que até então operava com estrutura temporária na Caixa.

Em abril, entrou em vigor a Lei 14.544/23, proveniente da Medida Provisória 1149/22, que atribuiu à Caixa a administração desses recursos de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2023. No mesmo mês, o Ministério da Fazenda criou Grupo de Trabalho para definir os novos rumos desse arcabouço legal, tendo recebido diversas propostas. Entre elas, a da CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras) sugeria livre concorrência e subsídio para motos – dois pontos que não constam no projeto de lei enviado ao Congresso.


Taxa Selic: O que é, para que serve e como influencia seus investimentos

Entenda como a taxa básica de juros da economia se movimenta e que impactos causa na economia brasileira.


“Selic” talvez seja a palavra mais repetida quando começam as discussões sobre economia, finanças ou investimentos. Tudo parece, em algum grau, estar relacionado com ela. Na verdade, é isso mesmo. A taxa Selic é tão importante no funcionamento do mercado que merece ser estudada e compreendida nos seus detalhes por quem está interessado em investir.

Para tirar todas as dúvidas sobre o que é a Selic, para que ela serve e como influencia os investimentos, InfoMoney preparou este guia completo. Com ele, vai ficar mais fácil entender o impacto que os movimentos dessa taxa provocam na economia brasileira – e também no seu bolso.


O que é taxa Selic

A taxa Selic representa os juros básicos da economia brasileira. Os movimentos da Selic influenciam todas as taxas de juros praticadas no país – sejam as que um banco cobra ao conceder um empréstimo, sejam as que um investidor recebe ao realizar uma aplicação financeira.

A Selic tem esse nome por conta do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia, um sistema administrado pelo Banco Central em que são negociados títulos públicos federais. A taxa média registrada nas operações feitas diariamente nesse sistema equivale à taxa Selic.

Mas de que tipo de operações estamos falando? São empréstimos de curtíssimo prazo – com vencimento em apenas um dia – realizados entre as instituições financeiras, que têm títulos públicos federais dados como garantia.

A taxa média desses negócios, apurada todos os dias, é chamada de Selic “efetiva”. O nome diz tudo: é o percentual de juros que efetivamente está sendo praticado nesse mercado. Mas existe ainda a Selic “meta” – e é provavelmente sobre essa que você costuma ouvir falar com mais frequência no seu dia a dia.


Para que serve e como impacta a economia

A Selic é um dos elementos centrais da estratégia de política monetária no Brasil, que está baseada em um sistema de metas de inflação. Criado em 1999, ele estabelece o compromisso do país em adotar medidas para manter a inflação dentro de uma faixa fixada periodicamente pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), composto pelos ministros e o presidente do Banco Central. O objetivo é assegurar a estabilidade da economia e evitar descontroles de preço como os que o país já viveu em décadas passadas, que causam a perda do poder de compra da moeda.

A meta de inflação no Brasil começou em 8%, com um limite de variação de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Caiu ao longo do tempo e permaneceu em 4,5% ao ano por quase 15 anos. Em 2020, a meta era 4% ao ano, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Significa que a meta é considerada cumprida se a inflação acumulada no ano ficar na faixa de 2,5% a 5,5%.

O que o governo faz para tentar manter a inflação nesse patamar? A principal estratégia de política monetária é influenciar a quantidade de dinheiro que circula na economia. Não é difícil entender a lógica: quanto mais recursos estiverem disponíveis, maior a tendência das pessoas consumirem. E quando elas aumentam a demanda por produtos e serviços, é natural que os preços subam. O contrário também é verdadeiro.

É aí que entra a Selic. Ela é a principal ferramenta que o Banco Central para controlar o volume de recursos em circulação. Por isso, quando a economia está aquecida e os preços começam a subir a ponto de minar a meta de inflação, a Selic é elevada. Com juros mais altos, fica mais caro tomar crédito – e não só para os consumidores, como também para as empresas e o próprio governo. Isso desestimula o consumo e ajuda a controlar os preços.

A medida oposta é tomada em períodos em que a inflação está controlada ou abaixo da meta. Quando há espaço, a Selic diminui, o que estimula o consumo e ajuda a aquecer a economia.


Assim, resumindo os principais efeitos da Selic no dia a dia dos brasileiros, temos:

Impacto no crédito

A taxa Selic é uma referência para o custo das linhas de crédito em geral. Quando ela é elevada, a tendência é de que empréstimos e financiamentos fiquem mais caros – ou seja, que bancos e outras instituições financeiras cobrem juros mais altos nessas operações. Já quando a Selic diminui, acontece o movimento contrário: os juros do crédito ficam mais baratos.

Impacto no consumo

Crédito e consumo andam lado a lado. Quando os empréstimos e financiamentos ficam mais caros, naturalmente o nível de consumo tende a diminuir, já que o custo dos produtos e serviços aumenta também. Por isso, a tendência é de que uma elevação da Selic cause uma redução das compras. Na situação oposta – quando a Selic cai – o consumo costuma aumentar.

Impacto nos investimentos

De modo geral, uma elevação da Selic beneficia os investimentos de renda fixa, que oferecem uma remuneração baseada em juros. É o caso dos títulos públicos do governo federal, dos tradicionais CDBs emitidos pelos bancos, das letras de crédito, das debêntures, entre outras opções. Todos esses papéis tendem a ter uma rentabilidade maior em tempos de Selic em alta. Do mesmo jeito, quando a taxa é reduzida, o mesmo acontece com o retorno deles.


Quando e como é definida a Selic

A taxa Selic “meta” é definida e anunciada pelo Comitê de Política Econômica (Copom), um órgão do Banco Central formado pelo seu presidente e por alguns diretores. Ela representa o alvo perseguido pela instituição para a Selic “efetiva”. Isso significa que o BC pode usar suas ferramentas – que basicamente são as negociações de títulos públicos – para conduzir a taxa efetiva o mais perto possível da taxa meta.

O Copom se reúne a cada 45 dias para decidir que Selic “meta” vai vigorar no próximo mês e meio. As reuniões seguem um calendário definido no ano anterior e, em geral, duram dois dias. Normalmente, segundo o Banco Central, em cada um desses encontros os participantes assistem a apresentações técnicas, discutem sobre as perspectivas para a economia brasileira e também global, avaliam as condições de liquidez e ainda, o comportamento dos mercados.

Os membros do Copom votam sobre os rumos da Selic “meta” somente depois de receber e analisar todas essas informações, além de considerar os principais riscos e potencialidades do cenário macroeconômico à frente. A decisão do Copom é divulgada no mesmo dia, por meio de um comunicado distribuído pela internet. O que é IPCA e como funciona o principal índice brasileiro de inflação.


O que é a Ata do Copom e porque é importante

Embora o público saiba de imediato qual foi a decisão do Copom sobre os rumos da Selic sempre que uma reunião acontece, o detalhamento das razões só é conhecido mais tarde. Mais precisamente, seis dias úteis depois, quando é publicada a ata da reunião. Tradicionalmente, o Copom se reúne entre terça e quarta-feira de uma semana, e o documento final sai na terça-feira da semana seguinte.

Mas por que a ata do Copom é tratada com tanta seriedade? Porque ela é um importante canal de comunicação do Banco Central com a sociedade – especialmente com o mercado e os agentes econômicos. Quanto mais transparente o órgão consegue ser, mais alinhadas estarão as expectativas do público quanto às suas decisões.

A confiança que a comunicação clara e constante gera na sociedade é importante para o funcionamento do sistema de metas de inflação. Se um comerciante confia que a inflação e a Selic permanecerão no patamar estabelecido pelo governo, ele se sentirá mais confortável para tomar suas próprias decisões.

Pode pegar um empréstimo para investir na melhoria do seu estabelecimento sem medo de que os juros aumentem no mês seguinte. Também pode ficar tranquilo para comprar (ou não) estoques, porque consegue estimar o nível de demanda que terá dali para frente. O que importa para os agentes econômicos é não serem pegos de surpresa pela condução da política monetária.

Por isso, na ata, o Copom explica e contextualiza a decisão que foi tomada sobre Selic. Normalmente, ela apresenta uma análise da evolução recente e também as perspectivas para a economia brasileira. São consideradas ainda as perspectivas para a economia global. Enquanto o comunicado sobre os resultados da reunião costuma ser um texto curto, de um ou dois parágrafos, a ata é um documento mais robusto – em geral, com duas ou três páginas de detalhamentos.

Com esse mesmo objetivo, o Banco Central publica ainda outros documentos periódicos que orientam o mercado sobre suas expectativas e decisões futuras. Um deles é o Relatório de Inflação, um extenso documento em que apresenta suas projeções para a inflação diante do cenário atual e também considerando eventuais mudanças de perspectivas.


O que faz a Selic subir e cair

Na prática, depois de estabelecer uma meta para a Selic, o Banco Central precisa agir para que a taxa efetiva se mantenha naquele patamar. Não basta o anúncio – por si só, ele não garante que os juros permaneçam no nível esperado.

A atuação do Banco Central acontece no que se chama de “mercado aberto”. Basicamente, o que ele faz é comprar e vender títulos públicos federais, todos os dias, aumentando ou diminuindo a oferta deles, de modo que a manter os juros próximos do valor definido pelo Copom.

Suponha que em uma determinada reunião foi decidido que a Selic deve aumentar. Para conduzir esse movimento de alta dos juros, o Banco Central procura vender mais títulos públicos às instituições financeiras. Para que sejam atraentes, eles precisam ser negociados a um preço mais baixo, o que implica em oferecer uma remuneração maior. Isso repercute nas taxas de juros praticadas pelas próprias instituições financeiras, pois só será interessante para elas realizar outras operações de crédito – em vez de manter o dinheiro aplicado nos títulos públicos vendidos pelo Banco Central – se as taxas também forem maiores.

Para pressionar a Selic para baixo, o Banco Central faz o contrário. Em vez de vender, ele procura comprar títulos públicos que as instituições financeiras já tenham na sua carteira. Para que, de fato, os bancos tenham interesse em vender seus papéis de volta para o Banco Central, é preciso que sejam negociados a um preço mais alto, o que tende a “empurrar” a remuneração geral dos títulos públicos para baixo.


Como investir com a Selic baixa e alta

Como já dissemos, os movimentos da Selic têm impacto sobre a remuneração que os investidores encontram nas aplicações financeiras de modo geral.

Em alguns casos, o impacto é imediato. É o caso dos investimentos de renda fixa. Esses papéis, na prática, representam títulos de crédito. Assim, quando você compra um CDB de um banco, na verdade “empresta” dinheiro a ele, por um determinado prazo, em troca de uma remuneração – ou seja, juros.

A taxa oferecida nesse caso, e em todas as outras aplicações do tipo, sofre a influência do aumento ou da redução da Selic, que é referência para o sistema financeiro como um todo.

Ainda mais direto é o impacto nos títulos públicos negociados no Tesouro Direto. A remuneração do título Tesouro Selic, por exemplo, é a própria taxa Selic (em algumas épocas com um pequeno deságio, em outras com algum adicional). Se os juros básicos sobem ou descem, a rentabilidade desses papéis reflete o movimento na hora.

Por isso, de maneira geral, períodos em que a Selic está em alta costumam ser mais favoráveis para os investimentos de renda fixa do que as épocas em que a taxa está em queda. Como no país os juros foram muito altos durante vários anos, os brasileiros se habituaram a ter bons retornos com esse tipo de papel.

Dizemos que a Selic alta “costuma” ser favorável à renda fixa por uma razão. Se os juros estiverem altos, mas a inflação também, a chamada rentabilidade real será pequena. Ela representa o retorno obtido com uma aplicação, descontada a inflação. É, na prática, quanto o investidor ganha de fato. Se, em dado momento, a Selic estiver em – digamos – 8% ao ano e a inflação a 5%, a rentabilidade real será de aproximadamente 3%. Mas se os juros caírem para 5% anuais e a inflação, para 1%, o investidor terá um retorno real maior: de 4%.

Já quando observamos outros tipos de investimentos, como os de renda variável, a análise é diferente. Ativos como as ações negociadas na bolsa de valores sofrem um impacto indireto dos movimentos da Selic. E isso por algumas razões:Uma Selic mais baixa costuma impulsionar o consumo. Se as pessoas consomem mais, as empresas tendem a vender mais os seus produtos. Com resultados melhores, as ações dessas companhias tendem a distribuir mais dividendos e também a se valorizar. Já quando a Selic aumenta, a atividade econômica em geral acaba arrefecendo, assim como os resultados das empresas.Ao mesmo tempo em que estimula o consumo, a Selic baixa também reduz o custo do crédito para as empresas. Isso facilita investimentos, por exemplo, na expansão das instalações ou outros projetos que as permitam crescer. Empresas que crescem tendem a apresentar melhores resultados, o que, novamente, beneficia suas ações. Se, por outro lado, a Selic aumenta, todo esse movimento fica prejudicado.

Resumindo: em linhas gerais, em períodos de Selic elevada os investimentos de renda fixa podem se tornar opções mais atraentes, enquanto em épocas de juros baixos a renda variável tende a oferecer melhores retornos.


Qual é a relação entre CDI e Selic

Quem já é um investidor está habituado a ouvir falar da Selic e também da taxa do CDI com frequência. Ambas são importantes referências para a rentabilidade das aplicações financeiras. Normalmente, elas caminham muito próximas: a diferença porcentual entre as duas costuma ser muito pequena. Mas em que elas são distintas?

Como explicamos no início deste guia, a Selic representa a taxa média dos empréstimos feito entre bancos tendo títulos públicos federais como garantia, e registrados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia. Todo esse mecanismo tem como objetivo conduzir a política monetária do país em busca da estabilidade da economia.

A taxa do CDI, por sua vez, tem outra origem. CDI significa Certificado de Depósito Interbancário, que representa empréstimos realizados entre instituições financeiras com seus próprios recursos. Os bancos realizam essas operações porque, por lei, precisam encerrar todos os dias com os balanços equilibrados – ou seja, se tiveram desembolsos de dinheiro de um lado, têm de buscar recursos para cobri-los de outro. Muitas vezes, a maneira que encontram para buscar esses recursos é tomá-los emprestados de outras instituições financeiras.

Esses empréstimos também são de curtíssimo prazo, mas ao contrário das operações que dão origem à Selic, são registrados em outro sistema: o da Cetip, incorporada à B3 – a bolsa brasileira – em 2017.



28 de out. de 2023

As taxas de juros subirão ainda mais? Reunião do Fed na quarta-feira pode fornecer pistas

Aaron Schwartz/Xinhua via Getty Images

Espera-se que o Federal Reserve mantenha sua taxa básica de juros estável pela segunda reunião consecutiva na quarta-feira.

Os investidores estarão atentos às palavras do presidente do Fed, Jerome Powell, quando ele falar numa conferência de imprensa na tarde de quarta-feira, em busca de dicas sobre a disposição do Fed de aumentar as taxas de juros em reuniões futuras.

A campanha anti-inflacionária da Fed de subidas das taxas de juro fez subir os custos dos empréstimos para todos os tipos de empréstimos, incluindo hipotecas, cartões de crédito e empréstimos para aquisição de automóveis.

Todos os olhares estão voltados para a reunião de quarta-feira da Reserva Federal em busca de pistas sobre se as taxas de juro de todos os tipos de empréstimos permanecerão nos níveis mais elevados das últimas décadas – ou se irão subir ainda mais.

Espera-se que os formuladores de políticas do banco central mantenham estável a influente taxa dos fundos federais do #Fed quando se reunirem na próxima quarta-feira, mantendo a pressão que empurrou as taxas típicas de hipotecas de 30 anos para dentro de 8% e os juros dos empréstimos de automóveis ao ponto onde pagamentos acima de US$ 1.000 por mês estão se tornando comuns. O Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC) optou por manter a sua taxa inalterada na última reunião em Setembro, depois de a ter aumentado para um intervalo de 5,25% a 5,50% em Julho.

Com a decisão sobre as taxas considerada uma conclusão precipitada com base nos comentários dos funcionários do Fed neste mês, os investidores acompanharão de perto a declaração de política do Fed e a conferência de imprensa do presidente do Fed, Jerome Powell, em busca de pistas sobre se as taxas subirão ainda mais antes de caírem em reuniões futuras. .

“Todo o foco estará na conferência de imprensa pós-reunião com o presidente Jerome Powell, onde ele provavelmente deixará a porta aberta para aumentos adicionais, mas deixará claro que estes estão condicionados à continuação de surpresas ascendentes para a inflação e o crescimento”, Michael Pearce, economista-chefe dos EUA na Oxford Economics, escreveu em um comentário.

O objetivo do Fed é manter as taxas de juro suficientemente altas para que os indivíduos e as empresas gastem menos dinheiro, a economia abrande e a inflação recue até ao objetivo do Fed de uma taxa anual de 2%, mas não tão elevada que o país mergulhe numa recessão.

Alguns especialistas acham que o Fed já parou de aumentar as taxas, em grande parte porque os mercados financeiros estão fazendo parte do trabalho do Fed para isso, dificultando a obtenção de dinheiro. Os rendimentos dos títulos do Tesouro de 10 anos, que influenciam os custos de captação de todos os tipos de empréstimos, atingiram o maior nível em 16 anos no início desta semana, em meio às preocupações dos investidores com a inflação elevada.

“Com os mercados a fazerem o trabalho pesado em termos de condições financeiras mais restritivas, os argumentos para que a Fed permaneça em espera a partir daqui são fortes”, escreveu Pearce.

Por outro lado, ainda há uma hipótese de a Fed aumentar a taxa dos fundos federais acima do seu atual máximo de 22 anos na sua reunião de Dezembro ou nas seguintes. Embora relatórios recentes tenham mostrado que a inflação está a cair gradualmente e permanece bem abaixo da taxa anual máxima de 9,1% atingida no Verão passado, outros dados mostram que ainda poderá haver pressão ascendente sobre os preços que a Fed tentará sufocar com taxas ainda mais elevadas.

Por exemplo, os consumidores continuaram a aumentar os seus gastos, ignorando as taxas de juro mais elevadas nos cartões de crédito e outros empréstimos, e confundindo os economistas, mantendo a economia a crescer a um ritmo mais rápido do que quase qualquer um esperava há um ano. Os empregadores continuam a criar empregos, e não a despedir pessoas como fariam numa recessão. Os compradores podem até estar aceitando com tranquilidade a retomada dos pagamentos exigidos em outubro para empréstimos federais a estudantes.

Mas há sinais de que o poder de compra dos consumidores está à beira do colapso. Mais pessoas estão a ficar para trás em contas como empréstimos para automóveis, e os bancos estão a tornar-se mais exigentes quanto a quem emprestam dinheiro e em que termos, tornando mais difícil contrair empréstimos para itens caros, ao mesmo tempo que os aumentos das taxas os tornam mais caros. Todos os dados conflitantes provavelmente deixam o banco central em modo de esperar para ver, disseram os especialistas.

“Esperamos que a Fed reconheça a recente força na atividade económica, mas, com condições financeiras mais restritivas, suavize a orientação sobre a necessidade de um aperto adicional”, escreveram Ellen Zentner, economista-chefe do Morgan Stanley, e outros economistas, num comentário.