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31 de out. de 2023

Trust ou Offshore: qual estrutura é melhor para investir no exterior?

Ambas as estruturas oferecem proteção e planejamento patrimonial no exterior, mas diferem no crucial: a finalidade da alocação


A nova tributação de investimentos no exterior em discussão no Congresso Nacional pode mudar a dinâmica de aplicações de brasileiros lá fora, mas não acabar com a prática de vez. Segundo especialistas consultados pelo InfoMoney, a decisão de criar ou não uma offshore ou trust irá variar caso a caso. Mas, qual estrutura é a melhor?

Os investimentos diretos no exterior por brasileiros somavam US$ 474,1 bilhões em 2021, segundo os dados mais recentes do Banco Central (BC), divulgados em março de 2023. Trata-se do maior valor já registrado e representa um avanço de 5,8% em relação a 2020.

Os paraísos fiscais – países que têm vantagens tributárias para pessoas físicas e empresas – são os principais destinos deste capital. Conforme os dados do BC, dentre os cinco países que detêm o maior volume financeiro vindo do Brasil, três são paraísos fiscais: Ilhas Cayman, Ilhas Virgens Britânicas e Bahamas.

O trio somou 46,2% do total registrado de investimentos de brasileiros no exterior em 2021, equivalente a US$ 199,76 bilhões. Grande parte desse dinheiro está alocado em empresas offshore chamadas de PIC (Private Investment Company), sediadas nesses países.

“Existe um preconceito muito grande no Brasil com empresas offshore e paraísos fiscais porque são estruturas que foram utilizadas para atividades ilegais”, diz Alexandre Arregui, advogado especialista em Planejamento Patrimonial e Sucessório. “Mas não é ilegal ou ilícito ter uma offshore, desde que se cumpra as regras da Receita Federal.”

Segundo Arregui, atualmente existe um intercâmbio de informações entre países muito maior do que no passado, de modo que há mais transparência e confiança em manter uma empresa no exterior para usufruir de vantagens tributárias.

Mas não são somente os impostos baixos ou nulos que são atrativos em empresas offshore. A companhia sediada no estrangeiro também oferece blindagem e proteção patrimonial contra riscos políticos e cambiais, além de mais facilidade para o planejamento sucessório de bens.

Uma PIC pode ser constituída por uma pessoa física ou jurídica para fazer negócios e/ou investir no exterior. É possível investir em Bolsa (ações, fundos, REITs, renda fixa), imóveis (patrimônio físico), private equity (startups) e outros bens, como peças de arte, veículos de luxo e outros.


Trust

Outra estrutura para gestão de patrimônio no exterior que é bastante associada às offshore é a trust. A trust é um acordo em que o dono do patrimônio passa os seus bens para uma terceira pessoa administrar segundo regras previstas em contrato.

Trust não é um investimento e não tem como função principal ser uma estrutura para investimento. Essencialmente, a trust é constituída para planejamento patrimonial. O acordo é firmado entre três partes:
  • O dono do patrimônio (settlor) que institui a trust;
  • Administrador e distribuidor dos bens (trustee);
  • Beneficiários (beneficiary)

Ao firmar uma trust, o dono do patrimônio concede os seus bens para o trustee e deixa de ter controle sobre o patrimônio. Se a trust estabelecida for revogável, é possível retomar a posse dos bens no prazo determinado em contrato. Porém, se for irrevogável, somente os beneficiários terão direito àquele patrimônio.

“Esta é uma diferença crucial entre trust e PIC. Ao firmar a trust, você concede o controle dos seus bens ao trustee, que irá gerir segundo as regras do acordo. Na PIC, você ainda é dono e tem todo o controle do patrimônio daquela empresa”, diz Alessandro Fonseca, sócio de Gestão Patrimonial, Família e Sucessões do Mattos Filho.

Por ser um contrato firmado entre o settlor e o trustee, a trust possui muita flexibilidade em relação às suas cláusulas. É possível estabelecer uma série de regras em relação à administração do patrimônio. Por isso, o uso mais comum é para o planejamento sucessório.

“É possível colocar regras para distribuição aos beneficiários. Porcentagem para cada um, idade ou outra imposição para liberar os bens, pagamento de rendimentos mensais. São muitas opções que a legislação brasileira não concede”, diz Siqueira, da Portofino.


Custos e impostos

Offshores e Trusts são concebidos em paraísos fiscais para ter vantagens tributárias. Segundo a legislação brasileira, paraísos fiscais são países que não tributam a renda ou que têm impostos inferiores a 20% – valor menor do que o teto do Imposto de Renda brasileiro, de 27,5%.

As Ilhas Virgens Britânicas, um dos paraísos fiscais listados pela Receita Federal, não cobram nenhum imposto sobre renda, ganhos de capital, herança e doações. A única cobrança é uma taxa anual do governo, a partir de US$ 925 (R$ 4,45 mil).

Para brasileiros que têm PICs, atualmente, os lucros são tributados apenas quando distribuídos ou creditados, no exterior ou no Brasil. Se não há movimentação ou o lucro é reinvestido, o valor fica livre de imposto. Entretanto, está em tramitação no Congresso um projeto de lei que visa mudar essa forma de tributação.

No caso da trust é mais complicado. A trust não está prevista na legislação brasileira. Ela é uma estrutura de países que herdaram as leis anglo-saxônicas, enquanto o Brasil importou as regras romanas. Existem projetos de lei com propostas de regulamentação, mas, atualmente, não há um entendimento jurídico definido.

Isso gera insegurança em relação à tributação aplicável no momento da distribuição do patrimônio para os beneficiários. Segundo Fonseca, há duas possíveis leituras jurídicas: como herança, em que o imposto pode incidir em até 8% (a depender do estado); ou como renda, com cobrança de até 27,5% de imposto pela Receita Federal.

Em termos de custos iniciais, abrir uma trust ou uma offshore varia entre 50% e 100% do valor da manutenção anual. Já as anuidades variam entre US$ 2 mil e US$ 4 mil para uma PIC e de US$ 10 mil a US$ 15 mil para uma trust.


Offshore ou Trust?

Fonseca, do Mattos Filho, afirma que uma trust não é a melhor estrutura para quem está interessado somente em investir no exterior. “É uma estrutura cara de se manter, muita complexa de instituir e que oferece riscos para quem está no Brasil, porque não tem uma regulamentação própria”, diz.

Se o objetivo é investir no exterior, entre trust e offshore, Fonseca afirma que a segunda é uma escolha mais adequada, mas ressalta que somente vale a pena se o tamanho do patrimônio puder arcar com os custos e ainda assim obter lucro.

Segundo o relatório do Banco Central, cerca de 70% das pessoas que fazem investimento direto no exterior detêm entre US$ 1 milhão e US$ 10 milhões de patrimônio. Os especialistas indicam que o valor mais adequado seria a partir de US$ 500 mil (R$ 2,4 milhões).

Atualmente há contas internacionais que permitem um acesso amplo a investimentos internacionais para valores de patrimônio menores”, diz Fonseca. “A estrutura de offshore faz sentido para volumes financeiros muito altos e outras formas de patrimônio, como imóveis.


Mudança nos impostos

Aprovado na semana passada pela Câmara dos Deputados, o projeto de lei dos fundos exclusivos e offshores (PL 4.173/23) deve mudar a tributação desses investimentos. Para virar, o texto ainda deverá passar pelo Senado e, depois, por sanção Presidencial.

Entre as propostas voltadas para offshores, está a mudança da cobrança apenas na distribuição de lucros para um recolhimento anual (come-cotas), com alíquota fixa de 15%.

Estará sujeita à mesma alíquota a variação cambial do investimento que for trazido para o Brasil quando a aplicação for liquidada. Ou seja, quando o capital principal do investimento voltar para o Brasil e for convertido para reais, o investidor terá que pagar o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) da conversão e os 15% da variação cambial sobre o investimento.

Outra mudança será na introdução do conceito de renda passiva para classificar as offshores que se enquadram para aplicação do imposto. O texto prevê que as PICs que tenham mais de 40% do seu lucro em renda passiva (juros, dividendos, royalties, aluguéis, ganhos de capital e outros) estarão sujeitas à nova tributação.

Nem todas as offshores poderão ter o mesmo tratamento. Pelo texto aprovado na Câmara, apenas as PICs com sede em paraísos fiscais passariam a ser obrigadas a entregar balanço seguindo as regras de contabilidade brasileiras. As demais, sediadas em outros países, poderiam continuar acompanhando a norma local.

“É uma medida importante, porque existem casos de países que têm normas muito diferentes das brasileiras. Como a maioria das offshores está sediada em paraísos fiscais, grande parte dos balanços vai ter que seguir a contabilidade brasileira”, explica Leonardo Freitas de Moraes e Castro, advogado e sócio do VBD Advogados.

O PL segue para análise do Senado Federal. Se aprovado por lá e for sancionado pela Presidência, a nova tributação teria efeito a partir de 1º de janeiro de 2024, com aplicação da declaração de imposto de renda de 2025. Para antecipar a arrecadação, a proposta prevê uma alíquota menor, de 8%, para atualização dos ganhos até aqui.

No caso das trusts, o PL 4.173/23 não traz grandes mudanças. No entanto, Castro aponta que as mudanças gerais serão aplicadas também a esses veículos, incluindo alíquota de 15%, a variação cambial para repatriação dos valores e a taxa de 8% para atualização dos bens.


28 de out. de 2023

As taxas de juros subirão ainda mais? Reunião do Fed na quarta-feira pode fornecer pistas

Aaron Schwartz/Xinhua via Getty Images

Espera-se que o Federal Reserve mantenha sua taxa básica de juros estável pela segunda reunião consecutiva na quarta-feira.

Os investidores estarão atentos às palavras do presidente do Fed, Jerome Powell, quando ele falar numa conferência de imprensa na tarde de quarta-feira, em busca de dicas sobre a disposição do Fed de aumentar as taxas de juros em reuniões futuras.

A campanha anti-inflacionária da Fed de subidas das taxas de juro fez subir os custos dos empréstimos para todos os tipos de empréstimos, incluindo hipotecas, cartões de crédito e empréstimos para aquisição de automóveis.

Todos os olhares estão voltados para a reunião de quarta-feira da Reserva Federal em busca de pistas sobre se as taxas de juro de todos os tipos de empréstimos permanecerão nos níveis mais elevados das últimas décadas – ou se irão subir ainda mais.

Espera-se que os formuladores de políticas do banco central mantenham estável a influente taxa dos fundos federais do #Fed quando se reunirem na próxima quarta-feira, mantendo a pressão que empurrou as taxas típicas de hipotecas de 30 anos para dentro de 8% e os juros dos empréstimos de automóveis ao ponto onde pagamentos acima de US$ 1.000 por mês estão se tornando comuns. O Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC) optou por manter a sua taxa inalterada na última reunião em Setembro, depois de a ter aumentado para um intervalo de 5,25% a 5,50% em Julho.

Com a decisão sobre as taxas considerada uma conclusão precipitada com base nos comentários dos funcionários do Fed neste mês, os investidores acompanharão de perto a declaração de política do Fed e a conferência de imprensa do presidente do Fed, Jerome Powell, em busca de pistas sobre se as taxas subirão ainda mais antes de caírem em reuniões futuras. .

“Todo o foco estará na conferência de imprensa pós-reunião com o presidente Jerome Powell, onde ele provavelmente deixará a porta aberta para aumentos adicionais, mas deixará claro que estes estão condicionados à continuação de surpresas ascendentes para a inflação e o crescimento”, Michael Pearce, economista-chefe dos EUA na Oxford Economics, escreveu em um comentário.

O objetivo do Fed é manter as taxas de juro suficientemente altas para que os indivíduos e as empresas gastem menos dinheiro, a economia abrande e a inflação recue até ao objetivo do Fed de uma taxa anual de 2%, mas não tão elevada que o país mergulhe numa recessão.

Alguns especialistas acham que o Fed já parou de aumentar as taxas, em grande parte porque os mercados financeiros estão fazendo parte do trabalho do Fed para isso, dificultando a obtenção de dinheiro. Os rendimentos dos títulos do Tesouro de 10 anos, que influenciam os custos de captação de todos os tipos de empréstimos, atingiram o maior nível em 16 anos no início desta semana, em meio às preocupações dos investidores com a inflação elevada.

“Com os mercados a fazerem o trabalho pesado em termos de condições financeiras mais restritivas, os argumentos para que a Fed permaneça em espera a partir daqui são fortes”, escreveu Pearce.

Por outro lado, ainda há uma hipótese de a Fed aumentar a taxa dos fundos federais acima do seu atual máximo de 22 anos na sua reunião de Dezembro ou nas seguintes. Embora relatórios recentes tenham mostrado que a inflação está a cair gradualmente e permanece bem abaixo da taxa anual máxima de 9,1% atingida no Verão passado, outros dados mostram que ainda poderá haver pressão ascendente sobre os preços que a Fed tentará sufocar com taxas ainda mais elevadas.

Por exemplo, os consumidores continuaram a aumentar os seus gastos, ignorando as taxas de juro mais elevadas nos cartões de crédito e outros empréstimos, e confundindo os economistas, mantendo a economia a crescer a um ritmo mais rápido do que quase qualquer um esperava há um ano. Os empregadores continuam a criar empregos, e não a despedir pessoas como fariam numa recessão. Os compradores podem até estar aceitando com tranquilidade a retomada dos pagamentos exigidos em outubro para empréstimos federais a estudantes.

Mas há sinais de que o poder de compra dos consumidores está à beira do colapso. Mais pessoas estão a ficar para trás em contas como empréstimos para automóveis, e os bancos estão a tornar-se mais exigentes quanto a quem emprestam dinheiro e em que termos, tornando mais difícil contrair empréstimos para itens caros, ao mesmo tempo que os aumentos das taxas os tornam mais caros. Todos os dados conflitantes provavelmente deixam o banco central em modo de esperar para ver, disseram os especialistas.

“Esperamos que a Fed reconheça a recente força na atividade económica, mas, com condições financeiras mais restritivas, suavize a orientação sobre a necessidade de um aperto adicional”, escreveram Ellen Zentner, economista-chefe do Morgan Stanley, e outros economistas, num comentário.


27 de out. de 2023

O que é e como abrir uma Offshore

Benefícios fiscais e facilidade nas movimentações financeiras são características dessa estrutura. Mas será que é simples (e legal) abrir uma offshore?


Certamente, você já se deparou com o termo offshore nos noticiários sobre economia ou política, normalmente envolvendo algum fato polêmico ou escândalos financeiros em relação a dinheiro no exterior. Certo?

Junto de offshore, costuma vir a expressão “paraíso fiscal”, que também remete a vantagens financeiras lá fora. Muitas vezes, a forma como esses dois conceitos chegam até as pessoas leva a crer que, necessariamente, estão ligados a algo obscuro ou ilícito.

Aqui, o primeiro spoiler sobre o conteúdo deste guia: offshore é um formato jurídico totalmente legal. Inclusive, os detentores desse tipo de empresa têm a obrigação de prestar contas financeiras e fiscais às autoridades brasileiras.

Para entender o que é uma offshore, como funciona, o que justifica a sua existência e demais aspectos importantes sobre o tema, continue a leitura.


O que é offshore?

O termo offshore – que significa algo como “fora da costa” – se refere a uma forma de investir no exterior, seja por meio de uma conta bancária ou de uma empresa constituída em outro país.

Em outras palavras, uma offshore existe quando o proprietário da conta ou empresa mora em um país e realiza negócios em outros. Por sua vez, esses negócios podem ter origens diversas, como investimentos no mercado financeiro, imobiliário, atividades operacionais de empresas, e assim por diante.

Teoricamente, é possível abrir uma offshore em qualquer país. No entanto, o que mais ocorre na prática é vermos esse formato jurídico em países que possuem algum tipo de tributação favorecida – os chamados paraísos fiscais. Ou seja, o que motiva realmente alguém a abrir uma offshore é a economia tributária que se pode ter em determinados investimentos ou atividades empresariais.


Empresa offshore é algo legal?

Não só é legal, como há offshores espalhadas em diversos lugares do mundo. Muitas vezes, o que não é lícito são os recursos movimentados por essas empresas no exterior. Mas isso nada tem a ver com o formato jurídico dessas empresas.

Dependendo da jurisdição à qual pertencem, as offshores podem apresentar peculiaridades distintas.


Como funcionam empresas offshore?

Uma das características das empresas offshore é o fato de os seus proprietários não estarem domiciliados no país que as abriga. Além disso, para serem consideradas como tal, a sua gestão deve ser feita no país de origem dos proprietários.

Um aspecto fundamental em relação ao funcionamento das offshores é sua jurisdição, pois cada país tem suas próprias normas legais sobre o tema. Pedro Barreto, chaiman da consultoria de investimentos internacionais Ativore, observa que a estrutura mais utilizada por brasileiros é BVI (Ilhas Virgens Britânicas), seguida de Ilhas Cayman. Ambas são territórios britânicos ultramarinos, localizadas no Caribe, cada qual com seu próprio governo mas sob o mesmo sistema jurídico.

Tanto BVI quanto Cayman oferecem vantagens como um sistema jurídico sólido, facilidade de registro e confidencialidade em relação a informações sobre os proprietários das offshores. Além disso, nenhuma das duas cobra impostos sobre heranças, e existem acordos que evitam a dupla tributação entre diferentes territórios.

Segundo Barreto, BVI e Cayman já conhecem a cultura brasileira, inclusive muitas pessoas falam português por lá, o que não ocorre em outras jurisdições. No entanto, pelo fato de ser mais simples, menos burocrática e mais barata, BVI é a primeira opção dos brasileiros que querem abrir uma offshore.

Outro ponto observado por Barreto é que, a partir de 2024, BVI exigirá contabilidade de quem possui uma offshore no território, algo que já é necessário em Cayman e em outras localidades, como Uruguai, por exemplo. Aqui, o chaiman faz um alerta sobre a importância dos registros contábeis, mesmo quando a jurisdição não obriga a isso.

“Digamos que você não tenha uma contabilidade organizada e sofra algum tipo de auditoria. Nesse caso, o fisco pode questionar se realmente você tem uma empresa lá fora, ou se é só um aglomerado de ativos. Na segunda hipótese, corre-se o risco de haver desconsideração da pessoa jurídica e, nesse caso, você será tributado como pessoa física, o que é muito mais caro”.


Quanto custa abrir uma offshore?

Os gastos que o investidor terá para abrir esse tipo de estrutura envolvem custos operacionais (como tradução de documentos e sistemas de prevenção à lavagem de dinheiro, por exemplo), além de custos legais e de contabilidade, se for o caso.

De acordo com Barreto, para abrir uma offshore em BVI hoje, o desembolso total será entre US$ 1.600 a US$ 2.000. Além disso, serão necessários de US$ 1.400 a US$ 1.800 anualmente para manter a estrutura no exterior.

“O valor anual que será desembolsado contempla as taxas pagas ao governo e o trabalho do agente lá fora, que ficará renovando a licença da empresa. No caso de existir contabilidade, haverá um custo adicional que dependerá da complexidade das operações. Se for algo mais simples, o valor fica em torno de US$ 1.200 por ano”, explica.


Qual a diferença entre onshore e offshore?

Em termos financeiros e operacionais, define-se onshore como todas as transações que ocorrem no país de origem da empresa. Nesse caso, as negociações são regidas pelas respectivas legislações internas.

Em contrapartida, offshore remete a operações feitas no exterior por uma empresa que não tem operação no respectivo país.


O que é paraíso fiscal?

Na maioria das vezes, as offshores são abertas em paraísos fiscais. Basicamente, esses são locais que oferecem vantagens tributárias, como alíquotas bem menores, ou mesmo isenção de impostos em muitos casos.

De acordo com a definição da Receita Federal, um paraíso fiscal é classificado “em função da baixa tributação ou da pouca transparência sobre informações de empresas lá domiciliadas”. Em outras palavras, os paraísos fiscais asseguram sigilo em relação aos envolvidos nas transações realizadas pelas offshores. Dessa forma, pode-se movimentar qualquer quantia de dinheiro com baixo ou nenhum custo, sem que seja necessário revelar as identidades de quem o fizer.

Fazem parte desse grupo os países que possuem carga tributária inferior a 20%. Atualmente, há cerca de 70 países considerados paraísos fiscais pela Receita Federal. Apesar de grande quantidade deles – e os mais conhecidos – estarem na região do Caribe (como Aruba, Ilhas Cayman e Bahamas), países como Luxemburgo, Suíça, Irlanda, Hong Kong, Singapura, Emirados Árabes Unidos e Líbano também integram essa lista.


Como abrir uma offshore?

Agora que já sabemos o que é e como funciona uma offshore, é hora de entender como ocorre o processo de abertura. Existem diversos fatores a serem avaliados, e precisam seguir uma determinada ordem. Lembrando que é necessário ter um agente residente no país sede da estrutura, para que ele faça todos os trâmites necessários junto ao fisco e demais entes do governo local.

O primeiro passo é definir quais são os objetivos da offshore. Ou seja, quais são os bens que o cliente deseja colocar sob a estrutura da empresa – ativos financeiros, bens imobilizados, royalties ou outros intangíveis, outras empresas, e assim por diante.

Feito isso, a etapa seguinte é escolher a jurisdição mais adequada. Há diferenças entre elas e será preciso avaliar qual poderá oferecer melhores custos operacionais e condições mais vantajosas, como redução ou isenção de impostos.

Definida a jurisdição, começa a etapa de identificar os prestadores de serviços locais que podem oferecer o melhor suporte. Nesse caso, é fundamental checar a reputação desses profissionais e se eles têm uma estrutura adequada para questões operacionais, como tradução no caso de o cliente não falar a língua local, por exemplo.

Depois de concluídos os três primeiros passos (objetivo, escolha da jurisdição e do prestador de serviços), daí sim começa o processo de abertura. Embora não seja propriamente difícil, essa é a etapa mais trabalhosa do processo, pois envolve o preenchimento de vários formulários com dados pessoais. Por exemplo, será preciso informar quem são os donos ou beneficiários da offshore, apresentar comprovantes de identidade e residência, eventualmente comprovação de renda, antecedentes criminais e outros documentos, de acordo com os critérios do prestador de serviços local. Sendo que uns podem ser mais rigorosos do que outros no que se refere à documentação e comprovações legais.

Por fim, com tudo já aprovado, vem o momento de comprovar a origem dos recursos que serão direcionados à offshore. Aqui, começa uma nova análise, e também é possível que novas informações e/ou documentos comprobatórios venham a ser solicitados.


Como funcionam as contas offshore?

A lógica de uma conta offshore é a mesma de uma empresa aberta sob esse formato. Ou seja, esse tipo de conta é aberta fora do país de residência do usuário, com o objetivo de reduzir custos de tributação e obter taxas de juros mais atrativas.

Além disso, quem possui uma conta offshore pode fazer transações em diferentes moedas, de forma segura e sem muita burocracia. Lembrando que, a exemplo das empresas offshore, essa conta também permite sigilo nas operações.

Na prática, uma conta offshore funciona de maneira bastante simples. Depois de aberta, o cliente pode utilizá-la para fazer e receber depósitos, pagamentos, transferências e demais movimentações. Muitas dessas contas são abertas em paraísos fiscais, justamente para aproveitar as vantagens tributárias que vimos anteriormente.


Como enviar dinheiro para uma offshore?

Com a conta aberta, já é possível enviar o dinheiro para a offshore. No entanto, as remessas de recursos para o exterior precisam ser comunicadas à Receita Federal. Esse órgão é responsável por controlar essas transações, verificando se os recursos têm origem legal e se estão livre de ônus ou possuem alguma pendência financeira por aqui. Portanto, antes de mandar dinheiro para fora do país, é necessário ter muita atenção às regras brasileiras de evasão de divisas.

Lembrando que, por si só, as offshores não são tributadas no Brasil. Porém, se os seus sócios enviarem dinheiro do Brasil para o exterior, ou se a empresa exercer alguma atividade aqui, daí sim será preciso declarar e recolher os respectivos impostos, segundo o ordenamento jurídico brasileiro.


Investimentos offshore

Com o dinheiro fora do país, é possível ter acesso a uma diversificação muito maior de ativos para investir. Por exemplo, nas duas bolsas norte-americanas, NYSE e Nasdaq, há mais de 6 mil empresas listadas, ao passo que, aqui no Brasil, as companhias que negociam ações na B3 não chegam a 500.

Ainda em relação ao mercado americano, outra alternativa na renda variável são os REITs, os fundos imobiliários dos EUA. Porém, há um alerta quanto a essa modalidade: diferentemente dos FIIs brasileiros, os dividendos dos REITs são tributados em 30% se o investidor não for residente.

Também existem opções interessantes na renda fixa para quem quer investir no exterior. Um exemplo são os bonds, que podem ser títulos emitidos pelos governos ou por empresas estrangeiras. Os mais conhecidos são os bonds americanos, por serem considerados ativos livres de risco.


Vantagens e desvantagens de uma offshore

Para o investidor, uma vantagem de uma offshore é a economia tributária, com redução ou mesmo isenção de impostos. Com isso, ele pode melhorar a competitividade da empresa, se ela for operacional, ou rentabilizar o patrimônio, se ela for composta por bens pessoais.

Em muitos casos, as offshores são excelentes instrumentos de planejamento sucessório. Ao determinar cotas para os herdeiros em vez de bens físicos, isso facilita a divisão da herança, evitando possíveis litígios no futuro. Inclusive, dependendo do país escolhido para a offshore, a transmissão da herança não será tributada e ocorrerá de forma bem mais rápida do que em um processo de inventário.

Outra vantagem da estrutura é a preservação da identidade dos sócios e o sigilo das transações realizadas. Dependendo do caso, isso pode ser importante para um empresário que não deseja expor o seu negócio à concorrência.

Normalmente, os países nos quais as offshores são abertas são bastante estáveis politicamente. Isso faz com que a sua economia também seja constante, o que dá mais segurança ao investidor. Por fim, a liberdade para operar com diferentes moedas fortes e aproveitar boas oportunidades no câmbio também é um ponto positivo dessas empresas.

Por outro lado, há quem tenha um pé atrás quanto a investimentos em paraísos fiscais, justamente pelo formato sigiloso dessas operações. Isso pode afastar potenciais investidores, o que acaba sendo uma desvantagem das offshores.

E, se a empresa for operacional, também poderá haver a barreira do idioma e do fuso horário, caso seja necessário falar constantemente com pessoas de outro país. No entanto, esses aspectos acabam sendo pouco relevantes, tendo em vista todas as vantagens que uma offshore bem estruturada pode trazer ao seu proprietário.


Mudança na tributação

Atualmente, os rendimentos obtidos por meio de entidades offshore são submetidos a um regime tributário mais benéfico do que no Brasil. Ao contrário do que acontece com a maioria dos fundos de investimento, os lucros apurados por controladas no exterior somente ficam sujeitos à cobrança de Imposto de Renda quando são disponibilizados ao sócio que seja residente fiscal no Brasil.

Ou seja, enquanto o sócio da offshore não embolsa os lucros, não há incidência do imposto. No entanto, essa taxação diferenciada, também chamada de diferimento tributário, deve acabar a partir de 2024.

Em outubro de 2023, a Câmara dos Deputados aprovou um Projeto de Lei que prevê a tributação de rendimentos de fundos offshore em 15%, com cobrança anual (come-cotas) a partir de 2024. Já os ganhos acumulados até agora seriam taxados em 8%.

Antes de virar lei, o texto ainda será analisado pelo Senado Federal.

Integração de taxas de câmbio de Bitcoin em tempo real em sistemas de informações contábeis (AIS) 26 de outubro de 2023

O Bitcoin emergiu como um divisor de águas no setor financeiro, cativando tanto entusiastas da tecnologia quanto investidores. Mas o que essa moeda digital tem a ver com contabilidade? Deixe-me descrever como a integração das taxas de câmbio do Bitcoin em tempo real pode revolucionar os sistemas de gestão financeira na contabilidade.

Para que serve um Sistema de Informação Contábil (AIS)?

Os Sistemas de Informação Contábil fornecem uma estrutura estruturada para registrar, processar e analisar informações financeiras.

Quando combinado com as taxas de câmbio do Bitcoin em tempo real, o AIS torna-se uma força imparável que agiliza as operações financeiras como nunca antes.

Veremos os benefícios da integração das taxas de câmbio Bitcoin em tempo real nos sistemas AIS e alguns desafios que podem surgir durante a sua implementação, e fornecerei insights práticos sobre como integrar perfeitamente essas taxas nas suas práticas contábeis existentes.


Benefícios da integração de taxas de câmbio de Bitcoin em tempo real

Relatórios Financeiros Precisos

A integração das taxas de câmbio do Bitcoin atualizadas é essencial para garantir a precisão das demonstrações financeiras, pois fornecem um retrato atualizado do valor atual atribuído aos ativos do Bitcoin.

Além disso, a integração de taxas de câmbio em tempo real elimina a necessidade de entrada manual de dados e cálculos ao converter entre Bitcoins e moedas tradicionais. Isto não só economiza tempo, mas também minimiza o erro humano nos processos de avaliação e conversão.

Este nível de precisão tem uma importância significativa na avaliação do bem-estar fiscal de uma entidade e na facilitação de processos de tomada de decisão bem informados.

Tomada de decisão informada

A tomada de decisões estratégicas eficazes para os líderes empresariais depende de informações oportunas e precisas, portanto, ao integrar as taxas de câmbio do Bitcoin em tempo real nos seus Sistemas de Informação Contábil, esses líderes podem avaliar de forma abrangente a influência das flutuações dos preços do Bitcoin na situação financeira da sua empresa.

Usando esses dados cruciais, eles podem navegar com prudência pelo cenário e executar escolhas bem informadas para otimizar os resultados de seus negócios.

Gerenciamento de risco aprimorado

A volatilidade inerente às criptomoedas, exemplificada pelas flutuações rápidas e imprevisíveis no valor de ativos como o Bitcoin, sublinha um elemento significativo de risco que as empresas devem enfrentar.

Para navegar eficazmente neste cenário, a integração de dados em tempo real nas suas operações torna-se fundamental, pois permite às empresas acompanhar de perto as mudanças dinâmicas nos valores das criptomoedas. Isto, por sua vez, permite a implementação de estratégias proativas de gestão de risco que podem mitigar potenciais perdas e melhorar a tomada de decisões, promovendo, em última análise, uma abordagem mais segura e adaptativa à participação no mundo das criptomoedas.

Auditoria simplificada

Para fins de conformidade regulatória e auditoria, registros financeiros precisos são essenciais. A integração em tempo real das taxas de câmbio do Bitcoin garante transparência e facilita processos de auditoria mais tranquilos.

Melhora as transações

Ao ter acesso às taxas de câmbio do Bitcoin em tempo real, uma empresa pode facilitar as operações comerciais internacionais, permitindo conversões rápidas entre diferentes moedas. Isto é particularmente benéfico para empresas envolvidas em comércio transfronteiriço ou que lidam com clientes estrangeiros que preferem usar Bitcoins como pagamento.

Desafios

A integração das taxas de câmbio do Bitcoin em tempo real nos sistemas de informação contábil tem seus desafios. Um dos principais obstáculos é a volatilidade do próprio Bitcoin. O valor do Bitcoin pode flutuar dramaticamente em um curto período, tornando difícil registrar e contabilizar com precisão as transações.

Outro desafio reside na complexidade da implementação da infra-estrutura tecnológica necessária. Os sistemas AIS precisam de ser atualizados em tempo real para refletir as taxas de câmbio atuais, o que exige uma integração perfeita com fontes de dados fiáveis. Este processo de integração pode exigir recursos e conhecimentos de desenvolvimento significativos.

Isso significa que você precisa contratar programadores competentes para configurá-lo corretamente e, então, pagar continuamente pela API da qual obtém seus dados.

Quaisquer discrepâncias ou erros no registro das transações Bitcoin podem levar a perdas ou demonstrações financeiras imprecisas . As empresas devem estabelecer controlos robustos e processos de validação para mitigar estes riscos de forma eficaz.

A conformidade regulatória representa outro problema para a integração das taxas de câmbio Bitcoin em tempo real nos sistemas AIS. Os governos de todo o mundo ainda estão a debater-se sobre como regular criptomoedas como o Bitcoin, levando a um cenário jurídico em constante evolução que as empresas devem navegar com cuidado.

O treinamento e a educação dos funcionários são componentes essenciais para uma integração bem-sucedida. À medida que surgem novas tecnologias, os funcionários precisam de compreender plenamente as oportunidades que apresentam e os riscos associados. Fornecer programas de formação abrangentes pode ajudar a garantir que os membros do pessoal tenham o conhecimento e as competências necessárias para utilizar estes sistemas de forma eficaz, ao mesmo tempo que cumprem os regulamentos relevantes.

Como integrar taxas de câmbio de Bitcoin em tempo real no AIS

Uma maneira eficaz de integrar as taxas de câmbio do Bitcoin no AIS em tempo real é utilizar APIs (Interfaces de Programação de Aplicativos). Essas APIs permitem que plataformas AIS se conectem a exchanges confiáveis ​​de criptomoedas e recuperem taxas atualizadas automaticamente.

Você deve selecionar um provedor de serviços terceirizado confiável que ofereça conexões API confiáveis. É bom considerar fatores como precisão dos dados, medidas de segurança e suporte ao cliente ao escolher um fornecedor.

Uma vez estabelecida a ligação API, as empresas precisam de configurar a sua plataforma AIS em conformidade. Isso envolve mapear os campos relevantes dentro do sistema para capturar dados relacionados às transações Bitcoin com precisão.

Você deve observar que não basta configurar a API e esquecê-la, ela requer monitoramento e manutenção regulares. Isso inclui verificar a precisão dos dados, atualizar versões de software ou patches, se necessário, e resolver prontamente quaisquer problemas técnicos que possam surgir.


Ao abraçar esses avanços, os profissionais de contabilidade podem se posicionar como ativos valiosos para suas organizações ou clientes. Eles serão capazes de aproveitar os dados em tempo real fornecidos pelas trocas de Bitcoin para tomar decisões informadas com rapidez e precisão. Além disso, estarão mais bem equipados para navegar em quadros regulamentares complexos em torno das criptomoedas.

18 de out. de 2023

A taxa de inflação do Reino Unido se mantem em 6,7% em setembro, desafia as expectativas,

A taxa de inflação do Reino Unido manteve-se em 6,7% em Setembro, desafiando as previsões anteriores de uma ligeira descida. Esta taxa é a mais elevada entre as principais economias avançadas e sustenta a possibilidade.



A taxa de inflação do Reino Unido manteve-se em 6,7% em Setembro, desafiando as previsões anteriores de uma ligeira descida. Esta taxa é a mais elevada entre as principais economias avançadas e sustenta a possibilidade de um futuro aumento das taxas de juro.

Os dados de Setembro indicam o fim de uma sequência de taxas de inflação em queda e alimentam os debates em curso no governo e nas instituições financeiras sobre como gerir a inflação elevada.

Uma pesquisa da Reuters previa uma pequena queda na taxa de inflação. Apesar destas previsões, duas medidas principais monitorizadas pelo Banco de Inglaterra (BoE) – a inflação subjacente e os preços dos serviços – permaneceram fortes.

A inflação subjacente, que exclui matérias-primas voláteis como energia e alimentos, caiu para 6,1%, mas esta diminuição foi menor do que inicialmente esperado.

O Chanceler Jeremy Hunt comentou: “Como vimos noutros países do G7, a inflação raramente cai em linha reta, mas se mantivermos o nosso plano, ainda esperamos que continue a cair este ano. As notícias de hoje mostram que isto é ainda mais importante para que possamos aliviar a pressão sobre as famílias e as empresas.”

O Gabinete de Estatísticas Nacionais (ONS) revelou que um aumento nos preços da gasolina e do gasóleo anulou quaisquer reduções no custo dos alimentos e outros utensílios domésticos. Yael Selfin, economista-chefe da KPMG UK, mencionou que os preços da energia “ressurgiram como um risco ascendente para a inflação”.

Ian Stewart, economista-chefe da Deloitte, observou: “O progresso na redução da inflação está a revelar-se lento. A persistência da inflação subjacente e das pressões sobre os preços dos serviços sugere que as taxas de juro deverão permanecer próximas dos níveis actuais durante grande parte do próximo ano.”

Os mercados financeiros reagiram aos dados aumentando a probabilidade de outro aumento das taxas de juro por parte do BoE, embora não necessariamente logo em 2 de Novembro, quando o banco central anunciar a sua próxima decisão. Andrew Bailey, Governador do BoE, tinha indicado anteriormente que as futuras votações sobre ajustamentos das taxas de juro seriam “apertadas”.

A economista do Morgan Stanley, Bruna Skarica, disse: “Esperamos que o MPC permaneça em espera este ano, mas continue a resistir a quaisquer cortes rápidos”. Ela espera que os cortes nas taxas comecem em maio de 2024 ou um pouco mais tarde.

No início desta semana, foi relatado que os salários ultrapassaram a inflação pela primeira vez em quase dois anos, aliviando alguma pressão sobre o BoE e sugerindo um potencial fim das elevadas taxas de inflação. Os salários aumentaram a uma taxa anual de 7,8% entre junho e agosto, segundo a BBC.

Esta notícia surge num momento em que o Reino Unido enfrenta os preços do gás mais elevados da Europa e uma taxa de inflação homóloga em Setembro que ultrapassou as da França, da Alemanha e da UE como um todo.

10 de out. de 2023

Mubadala planeja investir US$ 1 bilhão por ano no Brasil

Mubadala / Divulgação

O CEO da Mubadala Capital, Oscar Fahlgren, disse, em entrevista para a Bloomberg, que a companhia pretende investir mais de US$ 1 bilhão (R$ 5 bilhões na cotação atual) por ano para expandir suas participações no Brasil, que vão de uma refinaria de petróleo até uma concessão rodoviária

O presidente do braço de investimentos do fundo soberano de Abu Dhabi, afirmou que os investimentos seguem em linha com o otimismo em relação às perspectivas de crescimento do País sob o comando do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“O PIB está crescendo mais do que o esperado e temos visto estabilidade política desde que a nova administração assumiu”, disse ele, por videoconferência. “O clima na comunidade internacional ficou mais favorável ao Brasil.”

A empresa acaba de fechar um segundo fundo específico para Brasil, com mais de US$ 710 milhões, mais que o dobro do primeiro veículo de investimento, e deve começar a captar para um fundo maior ainda em 2024, disse Fahlgren.

A Mubadala Capital tem US$ 20 bilhões sob gestão, dos quais cerca de dois terços provêm de terceiros investidores externos, e continua a procurar investimentos oportunos em empresas ativos em dificuldades. Os próximos passos poderão incluir empresas de varejo em dificuldades, o desenvolvimento de uma nova bolsa de valores para competir com a B3 ou mesmo a criação de uma nova liga de futebol no Brasil.

Reestatização de refinaria

O grupo também é dono da Acelen, empresa que adminstra a refinaria de Mataripe, antiga Landulfo Alves (RLAM), adquirida da Petrobras (PETR3;PETR4) durante o governo passado, na Bahia. A Mubadala Capital e a Petrobras assinaram recentemente um acordo para avaliar uma unidade de biodiesel e combustível para aviação sustentável na refinaria. A planta poderia se tornar uma das maiores produtoras de combustíveis renováveis do planeta, disse Fahlgren.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem dado declarações indicando que a Petrobras recompre a refinaria de Mataripe. Fahlgren não quis comentar se há negociações em andamento.

Fundo encerrou recentemente um segundo fundo específico para o Brasil com mais de US$ 710 milhões, e deve começar outro fundo já em 2024

O Mubadala Capital, o braço de investimentos do fundo soberano de Abu Dhabi, está otimista quanto às perspectivas de crescimento do Brasil sob o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e planeja investir mais de US$ 1 bilhão por ano para expandir suas participações no país, que vão desde uma refinaria de petróleo até uma estrada com pedágio.

Mais de uma década depois de vir ao Brasil para investir no império de commodities do então bilionário Eike Batista, a empresa aportou mais de US$ 5 bilhões no país, disse Oscar Fahlgren, presidente da Mubadala Capital no Brasil, em entrevista. A escala e o potencial de retorno no Brasil fazem dele o local mais atraente da América do Sul, disse ele.

Corrida dos marombas Mubadala abocanha 51% da rede de academias Bluefit por R$ 464 milhões, Companhia deve fazer um novo aumento de capital; concorrente Smart Fit quer retomar expansão no Brasil

O PIB está a crescer mais do que o esperado e temos visto estabilidade política desde que o novo governo assumiu”, afirmou. “O clima na comunidade internacional está favorecendo o Brasil e, em última análise, esse é um ambiente benéfico para se estar.”

A gestora acaba de fechar um segundo fundo específico para o Brasil com mais de US$ 710 milhões, mais que o dobro do primeiro fundo, e deve começar a levantar capital para um fundo ainda maior em 2024, acrescentou Fahlgren.

O Mubadala Capital tem US$ 20 bilhões sob gestão, dos quais cerca de dois terços provêm de investidores externos. E continua a procurar oportunidades no país. No radar da gestora estão empresas com dificuldades de capital, uma nova Bolsa de Valores para competir com a B3 e, até mesmo, a criação de uma nova liga de futebol no Brasil.

Oscar Fahlgren, chefe do Mubalada no Brasil: país segue sendo a ‘bola da vez’ 
(Dado Galdieri/Bloomberg)

A entrada dos Emirados Árabes Unidos no Brics provavelmente aumentará os fluxos de capital entre os países membros, disse o executivo, acrescentando que a turbulência no resto do mundo torna o Brasil um destino de investimento ainda mais atraente.

O Mubadala Capital concentrou-se em ativos problemáticos com avaliações atraentes que podem ser revertidas. Seu portfólio inclui uma rodovia com pedágio no Estado de São Paulo e a produtora de etanol Atvos, ambas adquiridas junto à Novonor, a antiga Odebrecht.

O grupo também é dono da Acelen, empresa que criou para operar uma refinaria de petróleo adquirida da Petrobras na Bahia. O Mubadala Capital e a Petrobras assinaram recentemente um acordo para estudar uma unidade de biocombustíveis na refinaria de Mataripe para diesel renovável e combustível de aviação, que poderia se tornar um dos maiores produtores de combustíveis renováveis ​​do planeta, disse Fahlgren.

Algumas autoridades pediram que a Petrobras, que tem uma política de proteger os consumidores da volatilidade dos preços dos combustíveis no curto prazo, recomprasse a refinaria de Mataripe. Fahlgren se recusou a comentar se há negociações em andamento.

“Somos uma empresa de investimento internacional. Em princípio, sempre manteríamos uma conversa com todos e quaisquer nossos ativos, se isso fizer sentido para nossos investidores e para nós como empresa”, prosseguiu.

No campo da energia verde, a Mubadala Capital também está expandindo a produção na Atvos e explorando a adição de outros biocombustíveis, incluindo combustível de aviação sustentável, ao seu portfólio atual.

“Tiramos a empresa da recuperação judicial, libertando o seu potencial de crescimento, e estamos a investir fortemente na expansão”, completou.

30 de set. de 2023

Benefícios do gerenciamento de ativos criptográficos

O gerenciamento de ativos criptográficos é o processo de gerenciamento e supervisão de seus investimentos em criptomoedas; isso pode ser feito por você mesmo ou com a ajuda de um gestor de fundos criptográficos. Devido à sua volatilidade, como a queda do preço do bitcoin, é melhor usar uma empresa de gestão de ativos criptográficos para ajudá-lo a manter seu portfólio criptográfico. Porém, é possível administrar e ter sucesso com seus próprios ativos se você tiver o conhecimento adequado.

Conforme explicamos abaixo, a implementação de uma estratégia abrangente de gerenciamento de ativos criptográficos traz vários benefícios.


Diversificação

O gerenciamento de ativos criptográficos permite a diversificação entre diferentes criptomoedas, reduzindo o risco associado ao investimento em um único ativo.

Se você investir todo o seu dinheiro em um único ativo criptográfico, estará exposto a todo o risco desse ativo. Se o preço do ativo cair, você poderá perder muito dinheiro.

No entanto, se você diversificar seu portfólio em vários ativos criptográficos, seu risco será distribuído. Se o preço de um ativo cair, as perdas podem ser compensadas pelos ganhos de outros ativos da sua carteira.

Diversificar seus ativos criptográficos usando stablecoins pode ser benéfico para proteção contra crises de mercado . Por exemplo, você pode manter uma parte do seu portfólio em stablecoins, que são moedas indexadas ao valor de uma moeda fiduciária, como o dólar americano. Isto pode ajudar a proteger a sua carteira contra perdas caso o mercado global sofra uma recessão.

Algumas dicas específicas para diversificar seu portfólio de criptografia Invista em uma variedade de ativos criptográficos em vez de um. Não coloque todos os ovos na mesma cesta. Em vez disso, invista em uma variedade de moedas diferentes, como Bitcoin, Ethereum, Litecoin, etc.

Invista em diferentes categorias – deixe seu portfólio de criptografia ser diversificado em diferentes nichos. Por exemplo, você pode investir em ativos criptográficos relacionados a finanças, jogos ou NFTs. Isto pode ajudar a reduzir o risco se um setor do mercado apresentar desempenho inferior.

Além disso, considere investir para obter ganhos de curto e longo prazo. Por exemplo, você poderia manter alguns ativos criptográficos no longo prazo, enquanto poderia negociar alguns de forma mais ativa. Isso pode ajudar a reduzir o risco e melhorar o retorno geral.

A diversificação ajuda na gestão de ativos criptográficos, reduzindo a perda que pode estar associada a qualquer potencial desaceleração em um determinado ativo.


Disponibilidade de ferramentas de gestão de risco

O gerenciamento eficaz de ativos criptográficos ajuda os investidores a mitigar o risco usando ordens de stop-loss; isso protege contra perdas significativas. Tudo o que você precisa fazer é definir um preço específico abaixo do qual a plataforma de negociação vende automaticamente os ativos criptográficos para você, mesmo que o limite tenha sido atingido enquanto você dormia.

Esta opção de interromper automaticamente qualquer perda que possa ocorrer mesmo quando você não está online é altamente benéfica para o gerenciamento de seus ativos criptográficos.


Acessibilidade 24 horas por dia, 7 dias por semana

Um dos benefícios mais significativos do gerenciamento de ativos criptográficos é a acessibilidade 24 horas por dia ao mercado. Ao contrário dos mercados financeiros tradicionais, que têm horários de negociação específicos e muitas vezes fecham aos fins de semana e feriados, o mercado de criptomoedas funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana. Isso significa que investidores e traders podem comprar, vender ou gerenciar seus ativos criptográficos a qualquer momento, proporcionando flexibilidade incomparável.

Ao contrário dos mercados de ações que têm horários de negociação específicos adaptados aos seus respetivos fusos horários, o mercado de criptomoedas opera continuamente, permitindo que participantes de todo o mundo negociem a qualquer momento.

Isto é particularmente vantajoso para investidores globais, pois elimina a necessidade de ajustar a programação para corresponder aos horários de mercado num fuso horário diferente. Esteja você em Nova York, Austrália ou Londres, você pode participar da negociação de criptografia conforme sua conveniência.


Alcance global

Os mercados criptográficos são globais e descentralizados, o que significa que não estão sujeitos às regulamentações e limitações impostas por qualquer país ou governo.

O alcance global dos mercados de criptomoedas é um aspecto transformador da gestão de ativos criptográficos. Ao contrário dos sistemas financeiros tradicionais, que são frequentemente restringidos por fronteiras nacionais e quadros regulamentares, as criptomoedas operam à escala global, transcendendo as limitações geográficas.

Esta natureza global inerente e inclusão capacitam pessoas que foram historicamente excluídas dos sistemas financeiros tradicionais, concedendo-lhes a capacidade de armazenar valor, investir e realizar transações de forma segura e conveniente.

Além disso, a acessibilidade global dos mercados de criptomoedas promove a inovação e a diversidade financeiras. Facilita o acesso a uma vasta gama de ativos digitais além dos limites das ofertas financeiras de qualquer nação.


Nenhuma autoridade central

Ao contrário dos sistemas financeiros tradicionais, as criptomoedas não são controladas por uma autoridade central como um banco central.

Esta falta de controlo central significa que existem menos restrições regulamentares, permitindo que os indivíduos tenham mais controlo sobre os seus próprios ativos e decisões de investimento.

O uso de tecnologias par a par em algumas plataformas de negociação, como a Binance, torna muito difícil a interferência do governo; isso reduz o risco de mudanças repentinas nas políticas que afetam seus investimentos.

Esta característica única oferece diversas vantagens para indivíduos envolvidos na gestão de ativos criptográficos. Isto significa que a falta de uma autoridade reguladora única se traduz numa maior autonomia financeira porque os participantes na gestão de criptoativos têm um maior grau de controlo sobre os seus ativos e decisões financeiras. Não dependem dos caprichos de uma autoridade central que pode congelar contas, impor controlos de capital ou alterar políticas monetárias.


Barreiras mais baixas à entrada

O gerenciamento de ativos criptográficos geralmente apresenta barreiras de entrada mais baixas em comparação com as finanças tradicionais. Muitas bolsas de criptomoedas permitem que os utilizadores comecem a negociar com quantidades relativamente pequenas de capital, tornando-o acessível a uma gama mais ampla de indivíduos, incluindo aqueles que podem não ter tido acesso aos mercados financeiros tradicionais.


Fornece liquidez global

A liquidez global é uma vantagem importante do gerenciamento de ativos criptográficos que surge da natureza descentralizada e 24 horas por dia, 7 dias por semana dos mercados de criptomoedas.

A liquidez refere-se à facilidade com que os ativos podem ser comprados ou vendidos sem afetar significativamente o seu preço.

Nos mercados financeiros tradicionais, a liquidez pode variar significativamente dependendo da hora do dia, com menor liquidez fora do horário de negociação.

Os mercados de criptomoedas, no entanto, mantêm sempre níveis de liquidez relativamente elevados devido ao seu funcionamento contínuo. Isto é particularmente vantajoso para traders e investidores, pois permite a execução de ordens com derrapagem mínima de preços, facilitando a entrada e saída de posições conforme desejado.

A disponibilidade de liquidez global na gestão de ativos criptográficos vai além da simples negociação. Também impulsionou o crescimento de vários produtos e serviços financeiros, como empréstimos, empréstimos e bolsas descentralizadas (DEXs).

Estes serviços dependem da liquidez para funcionarem de forma eficaz, e a natureza contínua dos mercados criptográficos garante que os utilizadores possam aceder a estes serviços a qualquer momento, proporcionando oportunidades de geração de rendimento e otimização de carteira.


Facilita transações transfronteiriças rápidas, seguras e baratas

As criptomoedas revolucionaram as transações transfronteiriças, simplificando e acelerando o processo. Ao contrário das transferências internacionais tradicionais de dinheiro, que muitas vezes envolvem vários intermediários, conversões de moeda e taxas significativas, as criptomoedas oferecem uma solução mais eficiente e económica.

Quando indivíduos ou empresas realizam transações transfronteiriças usando criptomoedas, eles podem fazê-lo com o mínimo de atrito e despesas gerais reduzidas.

Uma das principais vantagens do gerenciamento de ativos criptográficos em transações internacionais é a velocidade. As transações de criptomoeda podem ser liquidadas quase instantaneamente, especialmente para redes blockchain projetadas para confirmações rápidas. Isto contrasta fortemente com as transferências bancárias internacionais tradicionais, que podem levar dias para chegar ao seu destino devido aos bancos intermediários e aos diferentes fusos horários.

A capacidade de enviar fundos rapidamente torna as criptomoedas particularmente atraentes para empresas envolvidas no comércio internacional, freelancers que recebem pagamentos de clientes no exterior e indivíduos que precisam apoiar familiares em outros países.


Segurança e Transparência

A tecnologia Blockchain, que sustenta as criptomoedas, é conhecida por seus recursos de segurança e transparência. As transações são registradas em um livro público, dificultando que atividades fraudulentas passem despercebidas. Além disso, as carteiras criptografadas e as práticas de segurança fornecem aos usuários um alto nível de controle e segurança sobre seus ativos.


Propriedade e Controle

Com o gerenciamento de ativos criptográficos, os usuários têm propriedade e controle diretos sobre seus ativos. Não dependem de intermediários como bancos ou corretores, reduzindo o risco de congelamento de contas, apreensão de activos ou outras restrições às suas participações.

Propriedade e controle são princípios fundamentais que distinguem a gestão de ativos criptográficos dos sistemas financeiros tradicionais. Isso significa que quando você possui criptomoedas, você tem controle total sobre suas chaves privadas, que são as chaves criptográficas que concedem acesso aos seus ativos.

Ao contrário das instituições financeiras tradicionais, onde você depende de intermediários como bancos ou corretores para administrar seus ativos, na gestão de ativos criptográficos você é seu próprio custodiante.

Isso oferece várias vantagens significativas, como autonomia e segurança financeira incomparáveis. Seus ativos são armazenados em uma carteira que só você pode acessar, reduzindo o risco de acesso não autorizado ou roubo.

Este controlo é particularmente valioso em regiões com instabilidade política ou económica, onde a apreensão ou congelamento de contas bancárias é uma preocupação. Nesses cenários, os indivíduos podem proteger a sua riqueza mantendo criptomoedas numa carteira segura, garantindo que os seus ativos permanecem acessíveis e sob o seu controlo.

Outro benefício da gestão de criptoativos relacionado ao controle é a ausência de intermediários. Isto minimiza o risco de congelamentos arbitrários de contas ou apreensões de ativos. Nos sistemas financeiros tradicionais, as instituições financeiras podem congelar contas ou confiscar activos em determinadas circunstâncias, tais como disputas legais, investigações regulamentares ou ordens governamentais.

Isso pode levar a interrupções significativas e dificuldades financeiras para os indivíduos. Com as criptomoedas, a natureza descentralizada da tecnologia blockchain significa que não existe uma autoridade central com poder de congelar contas ou confiscar ativos.


15 razões pelas quais você DEVE INVESTIR em CRIPTO

O gerenciamento de ativos criptográficos oferece uma série de benefícios, incluindo acessibilidade 24 horas por dia, 7 dias por semana, alcance global, barreiras de entrada mais baixas e maior controle sobre seus ativos financeiros. Estas vantagens tornam-no numa opção apelativa para quem procura maior liberdade financeira e flexibilidade na gestão dos seus investimentos.


Por: Nansel Nanzip Bongdap

29 de set. de 2023

O que são ações? Como eles se comparam às ações,

O que são ações?

As ações são unidades de propriedade de uma empresa. Os termos “ações” e “ações” são frequentemente usados ​​de forma intercambiável, mas representam uma empresa de forma diferente. Embora isso possa parecer confuso, é uma questão de como você está falando sobre uma empresa e de quanta propriedade você possui nela. Por exemplo, digamos que a empresa XYZ emitiu ações e você comprou 10 ações delas. Se cada ação representar 1% da propriedade, você possui 10% da empresa. A empresa emitiu ações e você comprou ações dela.


Outra maneira de pensar nisso é que você compra ações, não compra ações. Ações é um termo mais geral, usado para se referir aos instrumentos financeiros que uma empresa emite, enquanto ações são o que você realmente compra.

  • As ações representam unidades de propriedade de uma empresa ou ativo financeiro de propriedade de investidores que trocam capital em troca dessas unidades.
  • As ações ordinárias permitem direitos de voto e possíveis retornos por meio de valorização de preços e dividendos.
  • As ações preferenciais não oferecem valorização de preço, mas podem ser resgatadas a um preço atraente e oferecer dividendos regulares.
  • Muitas empresas emitem ações, mas apenas as ações de empresas de capital aberto são encontradas nas bolsas de valores.

Compreendendo as ações

Ao estabelecer uma empresa, os proprietários podem optar por emitir ações para levantar capital. As empresas então dividem suas ações em ações, que são vendidas aos investidores. Esses investidores são geralmente bancos de investimento ou corretores que, por sua vez, vendem as ações a outros investidores individualmente ou por meio de instrumentos como fundo mútuo ou fundo negociado em bolsa.

As ações equivalem à propriedade de uma empresa. Por representarem propriedade e não dívida, não há obrigação legal de a empresa reembolsar os acionistas se algo acontecer ao negócio.

No entanto, algumas empresas podem distribuir pagamentos aos acionistas através de dividendos. Outros podem optar por não fazê-lo, preferindo destinar todas as receitas à operação, ao crescimento e à garantia do futuro da empresa.

Fundadores, sócios ou funcionários específicos, como executivos, geralmente possuem ações de empresas ou parcerias privadas.


Como as ações são emitidas e regulamentadas

Geralmente, o conselho de administração de uma empresa recebe um número específico de ações que podem ser emitidas. Estas são chamadas de ações autorizadas. Ações emitidas são o número de ações vendidas aos acionistas e contabilizadas para fins de propriedade. Assim, uma empresa pode ter 10 milhões de ações autorizadas, mas emitir apenas 8 milhões.

Como a propriedade dos acionistas é afetada pelo número de ações autorizadas, os acionistas poderão votar para limitar esse número conforme considerarem apropriado. Quando os acionistas desejam aumentar o número de ações autorizadas, eles se reúnem para discutir o assunto e firmar um acordo. Quando concordam em aumentar ou diminuir o número de ações autorizadas, é feita solicitação formal ao estado por meio do arquivamento de artigos de alteração.

As ações de empresas de capital aberto são listadas em bolsas públicas, geralmente por meio de um processo denominado oferta pública inicial (IPO). Este é um processo caro, altamente regulamentado e demorado, no qual uma empresa passa por fases de captação de recursos e escrutínio por parte dos reguladores.

As ações de empresas privadas são geralmente emitidas por meio de opções de ações da empresa ou como outros incentivos a determinados funcionários. Estas ações ainda são regulamentadas, mas geralmente não atendem aos critérios da Comissão de Segurança e Câmbio para serem listadas em bolsa.

A emissão e distribuição de ações nos mercados públicos e privados são regulamentadas pela Securities and Exchange Commission (SEC). A negociação de ações no mercado secundário é supervisionada pela SEC e pela Autoridade Reguladora da Indústria Financeira (FINRA).


Tipos de ações

Conforme mencionado, qualquer empresa pode emitir ações, mas as empresas de capital aberto têm maior probabilidade de dividir suas ações em diferentes tipos de ações.


Ações ordinárias

Muitas empresas emitem ações ordinárias, que são divididas em ações. Geralmente são chamadas de ações ordinárias. Estes proporcionam aos compradores – chamados acionistas – um direito residual sobre a empresa e os seus lucros, proporcionando um crescimento potencial do investimento através de ganhos de capital e dividendos.

As ações ordinárias também vêm com direito a voto, dando aos acionistas mais controle sobre o negócio.3Esses direitos permitem que os acionistas de uma empresa votem em atos societários específicos, elejam os membros do conselho de administração e aprovem a emissão de novos títulos ou o pagamento de dividendos. Além disso, as ações ordinárias podem incluir direitos de preferência, garantindo que os acionistas possam comprar novas ações e reter sua porcentagem de propriedade quando a empresa emitir novas ações.


Ações Preferenciais

As ações preferenciais também podem ser divididas em ações, comumente chamadas de ações preferenciais. Em comparação com as ações ordinárias, as ações preferenciais normalmente não oferecem muita valorização de mercado ou direitos de voto na empresa. No entanto, este tipo de ações normalmente tem critérios de pagamento definidos, como dividendos pagos regularmente, tornando as ações menos arriscadas do que as ações ordinárias.

Como as ações preferenciais têm prioridade sobre as ações ordinárias se a empresa entrar em processo de falência e for forçada a reembolsar seus credores, os acionistas preferenciais recebem o pagamento antes dos acionistas ordinários, mas depois dos detentores de títulos. Esse tratamento prioritário reduz ainda mais o risco em comparação às ações ordinárias.


O que são ações em palavras simples?

As ações representam uma unidade de propriedade da empresa que as emitiu.


Qual é a diferença entre uma ação e uma ação?

Uma ação é um instrumento patrimonial emitido por uma empresa. É dividido em ações, que representam a propriedade.


As ações geram dinheiro para você?

As ações ordinárias podem gerar dinheiro por meio de ganhos de capital ou recompras. As ações preferenciais podem gerar dinheiro para você por meio de dividendos ou preços de recompra mais altos.



20 de set. de 2023

Ações ordinárias: o que são, diferentes tipos vs. ações preferenciais

As ações ordinárias não são apenas um pedaço de papel – ou, atualmente, uma entrada digital – mas um bilhete para a propriedade de uma empresa. Quando você detém ações ordinárias, você pode influenciar as decisões corporativas votando no conselho de administração e nas políticas corporativas. No longo prazo, este tipo de capital pode oferecer retornos atraentes. Mas lembre-se, isto tem um problema: se uma empresa tiver de liquidar os seus ativos, os acionistas ordinários ficam no final da fila, sendo pagos apenas depois de os detentores de obrigações, os acionistas preferenciais e outros credores terem recebido a sua parte.


O valor das ações ordinárias emitidas é relatado na seção de patrimônio líquido do balanço patrimonial da empresa.

  • Ações ordinárias são um título que representa a propriedade de uma empresa.
  • Em uma liquidação, os acionistas ordinários recebem todos os ativos restantes após o pagamento dos credores, detentores de títulos e acionistas preferenciais.
  • Existem diferentes tipos de ações negociadas no mercado: as ações de valor têm um preço mais baixo em relação aos seus fundamentos e as ações de crescimento estão em empresas que tendem a aumentar de valor devido ao aumento dos lucros.
  • Os investidores devem diversificar as suas carteiras, investindo dinheiro em diferentes títulos com base na sua tolerância ao risco.

Ações ordinárias explicadas

As ações ordinárias são principalmente uma forma de propriedade em uma empresa, representando um direito sobre parte dos ativos e lucros da empresa. Se você é acionista, isso o torna “co-proprietário”, mas não significa que você possui os ativos físicos da empresa, como cadeiras ou computadores; aqueles são de propriedade da própria corporação, uma entidade legal distinta. Em vez disso, como acionista, você possui um direito residual aos lucros e ativos da empresa, o que significa que tem direito ao que resta depois que todas as outras obrigações forem cumpridas.

Negociadas em bolsa, as ações ordinárias podem ser compradas e vendidas por investidores ou traders, e os acionistas ordinários têm direito a dividendos quando o conselho de administração da empresa os declara. Normalmente, eles são pagos com base nos lucros da empresa, e a decisão de distribuí-los é tomada pelo conselho, levando em consideração fatores como desempenho da empresa, requisitos futuros de capital e objetivos financeiros mais amplos.

As primeiras ações ordinárias foram emitidas em 1602 pela Companhia Holandesa das Índias Orientais e negociadas na Bolsa de Valores de Amsterdã. Ao longo dos quatro séculos seguintes, foram criados mercados de ações em todo o mundo, com grandes bolsas como a Bolsa de Valores de Londres e a Bolsa de Valores de Tóquio listando dezenas de milhares de empresas.

As maiores ações sediadas nos EUA são negociadas em bolsas públicas, como a Bolsa de Valores de Nova York ( NYSE ) ou a Nasdaq. Em meados de 2023, a NYSE tinha cerca de 2.300 listagens próprias, com outras 5.700 listadas em outros mercados de ações dos EUA, tornando a NYSE a maior do mundo em valor de mercado.1As empresas menores que não conseguem atender aos requisitos de listagem dessas grandes bolsas são consideradas não listadas e suas ações são negociadas no mercado de balcão.


O que são ações preferenciais?

As ações preferenciais são uma classe distinta de ações que oferece direitos diferentes em comparação com as ações ordinárias. Embora ambos os tipos confiram propriedade de uma empresa, os acionistas preferenciais têm maior direito aos ativos e dividendos da empresa do que os acionistas ordinários. Esse status elevado se reflete no nome de ações “preferenciais”.


Ações ordinárias vs. ações preferenciais

As ações ordinárias e preferenciais permitem que os investidores detenham uma participação em uma empresa, mas existem diferenças importantes que os investidores precisam compreender.



Direito a voto

Os acionistas de uma empresa têm o direito de votar em decisões importantes relativas à gestão da empresa. Por exemplo, os acionistas votam nos membros do conselho de administração. Normalmente, as ações ordinárias permitem que o acionista vote, mas as ações preferenciais muitas vezes não conferem direito a voto.


Dividendos

Tanto os acionistas ordinários quanto os preferenciais podem receber dividendos de uma empresa. No entanto, os dividendos das ações preferenciais são especificados antecipadamente com base no valor nominal ou nominal da ação e na taxa de dividendos das ações. As empresas podem escolher se e quanto pagarão ou não em dividendos aos acionistas ordinários.

Caso uma empresa não tenha dinheiro suficiente para pagar dividendos a todos os acionistas, os acionistas preferenciais têm prioridade sobre os acionistas ordinários e são pagos primeiro. Para os detentores de ações preferenciais cumulativas, quaisquer pagamentos de dividendos omitidos acumulam-se como “dividendos em atraso” e devem ser pagos antes que os dividendos sejam emitidos aos acionistas ordinários.


Negociação e alterações de preços

Ações ordinárias e ações preferenciais são negociadas no mercado aberto. Os investidores podem optar por comprar ou vender qualquer tipo de ação.

No entanto, os investidores geralmente negociam ações ordinárias em vez de ações preferenciais. Devido aos seus dividendos fixos e ao perfil de risco mais baixo, as ações preferenciais normalmente apresentam menos volatilidade de preços e maior potencial de crescimento do que as ações ordinárias.

Devido aos seus dividendos estáveis ​​e à menor volatilidade, as ações preferenciais são frequentemente favorecidas por investidores institucionais que procuram um fluxo de rendimento previsível. Estas ações também são normalmente menos líquidas do que as ações ordinárias, o que significa que são negociadas com menos frequência, tornando-as menos adequadas para investidores de retalho que procuram ganhos a curto prazo.


Falência Corporativa

Para as ações ordinárias, quando uma empresa vai à falência, os acionistas ordinários não recebem sua parte dos ativos até depois dos credores, detentores de títulos e acionistas preferenciais. Isso torna as ações ordinárias mais arriscadas do que dívidas ou ações preferenciais.

A vantagem das ações ordinárias é que elas geralmente superam os títulos e as ações preferenciais no longo prazo. A maioria das empresas emite todos os três tipos de títulos. Por exemplo, a Wells Fargo & Company possui vários títulos disponíveis no mercado secundário: ações preferenciais, como a Série L (WFC-L), e ações ordinárias ( WFC ).


Ofertas públicas iniciais

Para uma empresa emitir ações, ela inicia uma oferta pública inicial (IPO). Um IPO é uma forma importante para uma empresa que busca capital adicional para expandir o empreendimento. Para iniciar o processo de IPO, uma empresa trabalha com um banco de investimento subscritor para determinar o tipo e o preço das ações. Concluído o IPO, as ações ficam disponíveis para compra pelo público em geral no mercado secundário.


Vantagens e desvantagens

Tanto as ações ordinárias quanto as preferenciais têm prós e contras que os investidores devem considerar.


Prós e contras das ações ordinárias

Prós:
    • Negociadas com mais frequência do que ações preferenciais
    • Maiores retornos potenciais
    • Direito a voto
Contras:
    • Pode não receber dividendos
    • Menor prioridade para recebimento de dividendos ou em caso de falência
    • Mais volatilidade de preços

Prós e contras das ações preferenciais

Prós:
    • Maior prioridade para receber dividendos
    • Menos volatilidade de preços
    • Dividendos fixos que não diminuirão
Contras:
    • Pode não ter direito de voto
    • Retornos potenciais mais baixos
    • Negociado com menos frequência

Como investir em ações ordinárias

As ações devem ser consideradas uma parte importante da carteira de qualquer investidor. Eles apresentam maior risco do que ativos como CDs, ações preferenciais e títulos. No entanto, o maior risco acarreta um maior potencial de recompensas. No longo prazo, as ações tendem a superar outros investimentos, mas no curto prazo apresentam mais volatilidade.

Os investidores podem escolher entre diferentes tipos de ações ordinárias. As ações de crescimento pertencem a empresas que deverão obter lucros crescentes, o que aumenta o valor das suas ações. Entretanto, as ações de valor têm preços mais baixos em relação aos seus fundamentos e muitas vezes pagam dividendos, ao contrário das ações de crescimento.

As ações também são classificadas por capitalização de mercado em categorias de grande, média e pequena capitalização. As ações de grande capitalização são negociadas com mais frequência e geralmente representam empresas estáveis ​​e bem estabelecidas. Em contraste, as ações de pequena capitalização pertencem frequentemente a empresas mais novas e orientadas para o crescimento e tendem a ser mais voláteis.


Como investir em ações preferenciais

Os investidores podem negociar ações preferenciais da mesma forma que ações ordinárias. No entanto, devido à forma como diferem das ações ordinárias, os investidores precisam de uma abordagem diferente ao investir nelas.

Pesquisar a empresa emissora é essencial. Investir em ações preferenciais de uma empresa instável é tão arriscado quanto comprar suas ações ordinárias. Se a empresa tiver um desempenho ruim, ambos os tipos de ações provavelmente produzirão perdas.

Uma coisa importante a considerar ao escolher ações preferenciais é o dividendo. Compare os dividendos que você receberá em relação ao preço das ações para determinar se o rendimento oferece um retorno atraente. Um melhor rendimento pode resultar em maiores retornos.

Além disso, observe se as ações são exigíveis ou conversíveis. As ações preferenciais exigíveis podem ser recompradas pelo emissor em uma data e preço predefinidos, fazendo com que você perca dividendos futuros. Enquanto isso, as ações preferenciais conversíveis podem ser convertidas em ações ordinárias a critério da empresa, o que pode ser uma vantagem se o preço das ações ordinárias aumentar significativamente.


Como utilizo ações ordinárias para votar nas assembleias da empresa?

A maioria das ações ordinárias ordinárias vem com um voto por ação, concedendo aos acionistas o direito de votar em ações corporativas, muitas vezes realizadas na assembleia de acionistas da empresa. Caso não possa comparecer, você poderá votar por procuração, onde um terceiro votará em seu nome. As votações mais importantes são realizadas em questões como a empresa que se envolve em uma fusão ou aquisição, quem eleger para o conselho de administração ou se deve aprovar desdobramentos de ações ou dividendos.


Por que as ações ordinárias são chamadas de patrimônio?

As ações ordinárias representam uma participação acionária residual em uma empresa, o direito de reivindicar quaisquer outros ativos corporativos após todas as outras obrigações financeiras terem sido cumpridas. Uma empresa mantém um balanço composto por ativos e passivos. Os ativos incluem o que a empresa possui ou deve, como bens, equipamentos, reservas de caixa e contas a receber. Do outro lado do livro razão estão os passivos, que são as dívidas da empresa. Isso inclui contas a pagar, dívidas e outras obrigações. Se uma empresa for saudável, o total de ativos será maior que o total de passivos. O valor residual deixado aos proprietários é conhecido como patrimônio líquido e é representado pelas ações de uma empresa.


Por que as empresas emitem ações preferenciais?

A venda de ações preferenciais, como quaisquer outras ações, permite que uma empresa levante dinheiro com a venda de uma participação no negócio. Uma empresa pode fazer isso para levantar capital para expansão dos negócios, pagamento de dívidas ou para investir em novos projetos. As ações preferenciais diluim menos a propriedade da empresa, uma vez que não possuem direito a voto. Oferecem outros benefícios à empresa emissora, até porque, por serem menos voláteis, tornam-se atraentes para diferentes investidores. Os dividendos fixos também estabilizam o balanço da empresa, tornando-o mais atraente para investidores adicionais. Outra razão é que, para algumas empresas, o custo de emissão de ações preferenciais é inferior ao da emissão de títulos. Ao contrário dos pagamentos de juros sobre títulos, os dividendos sobre ações preferenciais não são obrigatórios e geralmente não são dedutíveis de impostos para a empresa. No entanto, poderão ainda ser menos dispendiosas do que as taxas de juro mais elevadas que uma empresa poderá ter de pagar para atrair investidores em obrigações.


As ações preferenciais ou ordinárias são um investimento melhor?

Cada tipo tem prós e contras. As ações ordinárias tendem a oferecer retornos potenciais mais elevados, mas mais volatilidade. As ações preferenciais podem ser menos voláteis, mas têm menor potencial de retorno. Isto sugere que os investidores de longo prazo que conseguem lidar com uma maior volatilidade preferirão ações ordinárias, enquanto aqueles que desejam evitar tais flutuações terão maior probabilidade de escolher ações preferenciais.


Existem outros tipos diferentes de ações?

Comum e Preferencial são os dois tipos principais. Algumas empresas emitem diferentes classes de ações ou mesmo tipos de ações ordinárias. Por exemplo, a Alphabet, controladora do Google, possui duas classes de ações ordinárias: GOOG e GOOGL.


As ações ordinárias, como o próprio nome indica, são um dos tipos de ações mais comuns. Dá aos acionistas uma participação no negócio subjacente, bem como direitos de voto para eleger um conselho de administração e reivindicar uma parte dos ativos e receitas futuras da empresa. No entanto, os acionistas ordinários têm uma posição inferior aos acionistas preferenciais, que têm prioridade no pagamento de dividendos e na recuperação do seu investimento em caso de liquidação da empresa.